- Somos que nem fogo e gasolina, baby... Nosso jogo é perigoso. Nosso lance é perigoso! Mas nós nos amarramos um ao outro e não conseguimos viver sem um ao outro, e tu sabes disso. Não tem como negar... Fala pro teu preto que eu tô certo.
Bella👀: Tô chegando em casa agora. O que foi? 14:54. Bella👀: Pode ser. Vai vim me buscar?
Respondi ela dizendo que ia. Bella desceu pro asfalto ver sei lá o que da loja. Me levantei da cadeira.
L7: Vai onde?
Cabelinho: Na pista.
L7: Fazer?
Cabelinho: Merda. - Ele revirou os olhos e eu sair da sala depois de fazer toque com o mesmo. Piei com minha moto até a barreira e vi a mandada da Bella saindo de um carro.
Parei do lado dela que se assuntou.
Bella: Tá maluco é?! Mata outro! - Eu ri e puxei ela pelo o braço.
Cabelinho: Qual foi, cara. Assim que tu me trata? Covardia...
Bella: Me solta, porra! - soltando ela - Me estressa não que eu já tô estressada.
Cabelinho: Ih, qual foi? Aconteceu algo?
Bella: Nada demias, só alguns problemas na loja. - Ela arrumou o cabelo e eu percebi que tava natural.
Cabelinho: Sobe aí. Vamos da um pião.
Bella: Vamos em casa primeiro. Preciso toma um banho urgentemente.
Cabelinho: Sobe aí. - Ela não perdeu tempo. Subiu e eu piei pra casa da garota. Fiquei ali do lado de fora mesmo esperando ela. Muntos depois ela aparaceu toda arrumada. - Tá gatona.
Bella: Isso não é novidade. - Ela riu subindo na garupa.
Bella: Onde vamos? - Entreguei o capacete.
Cabelinho: Lancha na pista, topa?
Bella: Ok.
(...)
Bella optou por comer salgado. Nem reclamei, pedi logo um pastel e caldo de cana.
Ficamos conversando altos bagulhos nada ave. Até eu chega onde eu queria.
Bella: Meus pais morreram. Em um acidente de carro... - Ela mexeu o creme de maracujá com o canudo. - Isso faz muito tempo.
Cabelinho: Sabia não... Foi mal aí. Sinto muito...
Bella: Tudo bem! Isso é passado.
Cabelinho: Mas aí, tu nasceu aqui mesmo?
Bella: Sim. Nascida e criada no rio. Mas tive um tempinho fora do Brasil.
Cabelinho: Fora? - Isso eu não sabia.
Bella: É. Londres, foi onde consegui a Rayane. Eu tinha dezenove anos, herdei a loja da minha mãe. Quando meus pais morreram, eu era muito nova. Então meus tios me levaram pra Londres. Terminei meus estudos, e quando percebei que estava pronta pra administra a loja, eu voltei.
Cabelinho: Não sabia disso.
Bella: E por que iria? - Ela me olhou séria - Tá pedido pra alguém investigar minha vida, Victor?- Engoli em seco e cocei a nuca.
Cabelinho: Óbvio que não, Bella.
Ela riu.
Bella: É brincadeira, cara. Sei que você não faria isso. Tem boca, pode muito bem me perguntar. Não escondo nada de ninguém.
Cabelinho: Certo...
Bella: E você? Nunca falou da sua família.
Cabelinho: eles morreram também. Invasão que teve... Clichê, né? - Ela continuou me encarando - Faz mó tempão, não lembro direito. Mas deixou a cria pra eu cuidar. Valéria, pô. Sou minha vida pro ela, mas a menina da trabalho pra caralho.
Ela riu.
Bella: Não sei o que dizer. Nunca cuidei de adolescente, mas tem a Rayane. Aquela ali me dá trabalho por mil.
Cabelinho: Falando sobre a Rayane... Aquele dia lá, pô. A menina se descontrolou, por que?
Bella desviou o olhar e ficou em silêncio por alguns segundos.
Bella: TEI. Dês de nova ela tem esse transtorno, e sempre foi difícil de lidar. Principalmente pra ela que sempre lidou sozinha. - Concordei.
Cabelinho: Bora mudar de assunto.
Bella: Por favor...
Cabelinho: vai te jogo na próxima semana, topa?
Bella: No morro?
Cabelinho: sim. Vai se contra o morro aliado. Acho que tu vai curti.
Bella: Ok.
Logo terminamos de comer e piei pra casa da praia. Depois de transar pra caralho, Bella resolveu pedi um Ifood.
Bella: Que foi? - ela limpou a boca.
Cabelinho: Nada... Só pensando em uns trens aqui.
Bella: O que está pensando?
Cabelinho: Nada demais. Coisa do morro...
Ela deu de ombros e voltou a comer.
Story de @bellacampox:
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