CAPÍTULO OITO

16 1 0
                                    

No dia do aniversário de Sakura, ela sai à compra de itens para fazer um bolo e chamar seus amigos, quando no caminho, se depara com um carro que não conhecia a seguindo.

SAKURA

Dei duas voltas no quarteirão para despistar. Esse carro tá me seguindo. 

Entro em uma loja em uma rua e fico 10 minutos, saio e nada do carro. Não tem mais ninguém na rua? Viro na esquina quando alguém me puxa, tapa meus olhos e minha boca.

Fodeu. 

—Não grita que vai ser pior.

Uma arma? Eu vou morrer? Tento me soltar, já estremecendo e perdendo as forças da perna.

—Me solta!! Por favor!!
—Não reaja. Bota ela no carro! Bota ela no carro!!

Tenho medo, mas mais do que o medo, tenho raiva. Puta que pariu, no meu aniversário?
Na primeira oportunidade eu soco a cara deles. Acho que vou morrer.

•••

O tempo passa e a Sakura no carro. Os meninos pegam ela e a amarram na cadeira já dentro do salão de festas. A Haruno mantém a calma, até que o que cobria seu rosto é tirado.

—Surpresa!-É dito em conjunto por todos na sala.
—Porra!!! Vou matar vocês!

Sakura começa a chorar em meio a uma mistura de emoções. Se sente feliz, mas entristecida porque todos os seus amigos então ali com ela, menos a única pessoa que ela realmente fazia questão de estar lá.

—Cadê o Sasuke, gente?
—Ele nem visualizou nossas mensagens gata. -Diz Temari.
—Ah.. Okay...

Poucas horas passam e Sakura não esquece da ausência do Sasuke, e ao chegar em casa, Haruno desaba em lágrimas.

Aos poucos que se recompõe, a rosada percebe um bilhete de sua mãe na geladeira.

"Filha, eu e seu pai vamos viajar e deixar a casa para você por uma semana. Não deixe a Tenten brincar com facas, a Temari tacar fogo na casa. Falei com a mãe de Ino e ela pode vir quando você quiser. Feliz aniversário!
                                                                  Ass.: Mebuki"

Andando até seu quarto, vê uma caixa de presente quase no tamanho de sua cama, e a caixa guardava um vestido vinho, decotado e veludo, um par de saltos pretos, uma bolsa preta da gucci e jóias. Muitas jóias, além de uma cartinha anônima.

"Minha doce cerejeira,
Vista-se adequadamente à uma roupa tanto quanto formal, digna de eventos (não citarei qual), com tais acessórios dentro do presente. Venha até o endereço Rua Avenida Dr. José Marcelo Cortes Martins, 1029 às 21:30, venha sozinha!
ass: Admirador Secreto"

Sakura se arruma e sai de casa, com a última esperança de ser o Sasuke, e não mais um de seus amigos. Chegando lá, sobe na ponte já escura enfeitada de pétalas, e alguém toca seu ombro.

—Sasuke??
—Cerejeira... Está exuberante. 
—Sasuke...-A rosada olha com um olhar entristecido, mas com um sorriso leve no rosto. Sasuke entende o recado.
—Desculpa, Sakura. Eu não quis ir, preferi preparar seus presentes pra sairmos hoje. Feliz aniversário... Minha cerejeira... -Sasuke fala com uma voz baixa e tímida.
—Tudo bem senhor Admirador Secreto.
—Vem, quero te levar em um lugar.

Quando Sakura se dá conta de que está no restaurante mais caro de Konoha, começa a lacrimejar. Sasuke puxa a cadeira da mesa à luz de velas.

—Para mim? Tudo isso?
—Eu não sou tão babaca assim... E consigo ser romântico também.
—Eu vou chorar!!
—Não chore... Disse algo errado? Eu só queria que tivesse uma comemoração mais ou menos...
—Sasuke. Está tudo perfeito. Eu...

Sakura quase fala a frase que começa com E e termina com O.

Momentos de emoções se passam conforme o tempo, Sasuke se mostra para Sakura como uma pessoa gentil, mesmo sabendo o que todos dizem sobre ele. No momento, o Uchiha duvidava de seus próprios sentimentos, pensava: 

"Por que eu fiz tudo isso pra ela? Por que estou sendo gentil com ela?
Por que eu confessei meus sentimentos para ela? E se for momentâneo?
Eu poderia ter fodido ela e largado como sempre fiz. Mas não."

Sasuke duvidava, mas gostava de ser sua melhor versão com ela.

-

—Madamme... A sobremesa. -Diz o garçom servindo um bolinho com chantilly e cereja por cima.
—E se eu comer cereja?-Brinca Sasuke.
—Eita... Qual?-Haruno responde corada.

Brincadeiras vão e vem.

Após o restaurante, ambos caminham lado a lado pelas ruas frescas da noite, e Sasuke começa a notar o decote da rosada enquanto acaba com um pacote de halls preta.

Sakura percebe olhares vindo de Sasuke e começa a provocar.

—Me dá uma... Ei! Tá olhando pra onde, safado?
—Pros seus peitos. E porra! Que peitos.
—Sasuke, eu sou uma tábua.
—Eles cabem na minha boca.

Sakura para de andar, ela não esperava tal resposta vindo do Uchiha e se encontrava corada, enquanto o próprio perde a paciência e puxa-a para um beco.

—Vou te dar a sua bala.
—Mas você pegou a última...-

Sasuke a beija lentamente, passando com a língua a bala da boca dele para a dela, enquanto a pressiona contra a parede. O beco estava com pouca iluminação, e no silêncio da noite só se ouvia os gemidos abafados de Sakura como resposta dos estímulos de Sasuke, que tinha posto sua perna entre as da rosada e uma mão por dentro do decote. 

—Que tal... Continuarmos outro dia? -Diz Sakura ofegante.
—Está marcado. Vou te deixar em casa.

Eles começam a caminhar em direção ao carro de Sasuke enquanto jogam conversa fora. Quem os vê, pensam que namoram. 

Mal sabem eles que estão sendo seguidos.

Mal sabem eles que estão sendo seguidos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Realmente apenas melhores amigos?Onde histórias criam vida. Descubra agora