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★★★
22/02 ~ QUARTA-FEIRA
FINALMENTE conheci ela pessoalmente, e me amaldiçoei por não ter vindo antes. Com certeza houve outros garotos a sua volta e já sinto meu sangue ferver por imaginar ela com outro.
Minha borboletinha.
Uma semana passou ao seu lado e já me sinto um bobo, por ela eu aceito virar um bobo apaixonado. Meu vô sempre falou de Melissa, no começo achei que fosse por eu ser tão insensível e por isso ele querer colocar uma mulher pra eu sossegar, mas comecei a me interessar quando percebi a admiração quando ele falava dela.
E não tem como não se admirar com os cabelos loiros, olhos verdes e covinhas dela, a garota parece um anjo, e com certeza eu aceito ser levado ao céu depois de ter conhecido ela.
Estou apaixonado, o que seria hilário se não fosse verdade. O cara que pode ficar com todas está apaixonado por alguém que ainda nunca ficou.
Não sou de ficar com muitas garotas mas eu até ficava com algumas quando a garota tinha um papo bom e não ligava para as minhas grosserias, não que eu seja arrogante ou algo do tipo, só não confio facilmente nas pessoas, principalmente os que já chegam como se vocês fossem íntimos ou melhores amigos.
Vovô sempre comentou o quão bondosa e atenciosa Melissa é, foram anos ouvindo sobre ela antes mesmo dele ter a ideia de juntar nós dois. Sabia quase tudo sobre a garota antes mesmo de conhecê-la, e mesmo ela ainda não sabendo ela vai casar comigo.
Essa semana que fiquei ajudando aqui na biblioteca confirmei que o seu jeito tímido e educado faz o meu tipo. Sou incapaz de achar alguém tão perfeita assim, ela é o tipo de todo mundo e isso me deixaria puto se eu não tivesse a certeza de que ela é minha.
-Você se desculpa bastante.
Hoje ela chegou se desculpando por ter demorado para devolver o moletom, não me agrada ver seu rosto triste e sempre parecendo culpada ou inferior. Eu poderia deixar o moletom com ela mas sinceramente queria de volta, ter uma roupa minha com seu cheiro e pensar em dormir agarrado com o moletom todas as noites me deixa satisfeito. Isto só até eu dormir agarrado com ela, e seu cheiro não ficar só na minhas roupas mas também impregnado pelo meu quarto.
Ela está de costas para mim atrás do balcão abrindo uma caixa que deve ser livros recém chegados. Desço meu olhar para sua bunda e me seguro totalmente para não ir até ela e abaixar sua saia o suficiente para cobrir sua bunda redonda que está marcando.
Minha vontade é bater na sua bunda pra ela aprender a não usar roupas tão apertadas e curtas, pelo menos não usá-las em público onde outros além de mim estão vendo. Ela logo se vira me obrigando a focar o olhar no seu rosto.
-Me desc... - Ela se reprime quando percebe o que ia dizer e se abraça tímida sorrindo fraco. - Eu vou parar, eu acho.
Me concentro no seu sorriso e me sinto fraco e incapacitado de viver sem ela. Como ainda pode existir alguém tão pura e verdadeira?
