01. ➨ ❝o menino e a menina que sobreviveram

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LIVRO UM. CAPÍTULO UM.
Emily Potter e a Pedra Filosofal

Emily Potter e a Pedra Filosofal

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O SR. E A SRA. DURSLEY da Rua do Alfeneiros, N°4, se orgulhavam em dizer que eram perfeitamente normais, muito bem, obrigado.

Eram as últimas pessoas no mundo que se esperaria que se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa, porque simplesmente não compactuavam com esse tipo de bobagem.

O Sr. Dursley era diretor de uma firma chamada Grunnings, que fazia perfurações.

Era um homem alto e corpulento quase sem pescoço, embora tivesse enormes bigodes.

A Sra. Dursley era magra e morena e tinha um pescoço quase duas vezes mais comprido que o normal, o que era muito útil porque ela passava grande parte do tempo espichando-o por cima da cerca do jardim para espiar os vizinhos.

Dursley's tinham um filhinho chamado Dudley, e em sua opinião não havia garoto melhor em nenhum lugar do mundo.

Os Dursley's tinham tudo que queriam, mas tinham também um segredo, e seu maior receio era que alguém o descobrisse.

Achavam que não iriam aguentar se alguém descobrisse a existência do Potter.

A Sra. Potter era irmã da Sra. Dursley, mas não se viam havia muitos anos; na realidade a Sra. Dursley fingia que não tinha irmã, porque esta e o marido imprestável eram o que havia de menos parecido possível com os Dursley.

Eles estremeciam só de pensar o que os vizinhos iriam dizer se os Potter aparecessem na rua.

Os Dursley sabiam que os Potter tinham um filhinho, também, mas nunca o tinha visto. As crianças eram mais uma razão para manter os Potter a distância; eles não queriam que Dudley se misturasse com uma criança daquela.

Quando o Sr. e a Sra. Dursley acordaram na terça-feira monótona e cinzenta em que a nossa história começa, não havia nada no céu nublado lá fora sugerindo as coisas estranhas e misteriosas que não tardariam a acontecer por todo o país.

O Sr. Dursley cantarolava ao escolher a gravata mais sem graça do mundo para ir trabalhar e a Sra. Dursley fofocava alegremente enquanto lutava para encaixar um Dudley aos berros na cadeirinha alta.

Nenhum deles reparou em uma coruja parda que passou, batendo as asas, pela janela.

Às oito e meia, o Sr. Dursley apanhou a pasta, deu um beijinho no rosto da Sra. Dursley e tentou dar um beijo de despedida em Dudley mas não conseguiu, porque na hora Dudley estava tendo um acesso de raiva e atirava o cereal nas paredes.

𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐎𝐘 𝐀𝐍𝐃 𝐓𝐇𝐄 𝐆𝐈𝐑𝐋 𝐖𝐇𝐎 𝐋𝐈𝐕𝐄𝐃Onde histórias criam vida. Descubra agora