Parte Dois: I

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O cheiro do perfume de Minho ainda era forte, especialmente considerando que eles estavam colados. Os olhos do jovem não conseguiam deixar Chan de quando eles começaram a fazer sexo até agora, deitado na cama no depois. Seus braços e pernas estavam entrelaçados, quentes com os fortes abraços um do outro.

Até o silêncio era um trunfo perfeito para aquele momento. Era um personagem em seu devaneio. Peito subindo e descendo e ainda se recuperando da adrenalina, tudo parecia irreal. Talvez seja por isso que eles ficaram deitados em silêncio por tanto tempo. Ambos pensaram que, se fizessem algum som ou se movessem muito rapidamente, poderiam acordar desse sonho.

No entanto, a realidade estava voltando a cada segundo precioso. Minho desenhava figuras na pele de Chan com a ponta dos dedos, acariciando-o suavemente. Tudo o que o homem mais velho podia fazer era encará-lo, o sorriso mais bobo pintando seu rosto. Isso era real, isso era tudo.

A voz de Chan estava rouca quando ele finalmente falou de novo. — Você tem algum lugar que precisa estar?

— Hoje não — Minho suspirou, concentrando-se em traçar uma linha imaginária no peito de Chan.

O mais velho se sentia leve como uma pluma, mas a preocupação com Minho ainda poderia facilmente dominá-lo.

— Você tá dizendo isso porque quer ficar ou realmente não tem nada?

— Eu realmente não tenho — Minho encolheu os ombros, aconchegando-se ainda mais perto. — Eu tive um compromisso bem cedo de manhã, mas não tenho nada agora pelo resto da tarde.

Chan assentiu, entendendo a informação. Ele não queria atrapalhar o trabalho de Minho de forma alguma. Muita gente dependia muito do jovem e Chan não queria ser quem iria estragar tudo para essas pessoas e para a carreira de Minho.

Cedendo, Chan estendeu a própria mão em direção ao outro homem, acariciando-lhe os cabelos com ternura. Ele questionou em um sussurro: — Você tá cansado?

Os olhos pensativos de Minho eram tão fofos que Chan riu sozinho, encantado com sua existência.

— Um pouco, mas não estou com vontade de dormir — informou o jovem.

O cantor esfregou a cabeça no peito de Chan, acariciando sua bochecha corada contra a pele quente. Estava toda suada, mas ainda parecia tão macia. Minho nem questionou esse pensamento, tão fascinado pelo homem ao seu lado quanto o mesmo homem estava por ele.

— Se você quiser, podemos sentar no sofá e assistir alguma coisa — Chan sugeriu casualmente.

A essa altura, os olhos de Minho estavam fechados, inclinando-se ainda mais para o abraço, mas nunca perdendo a consciência. Ele realmente não estava com sono. Na verdade, Minho aprendeu rapidamente na fama como nunca sentir sono. Às vezes era inevitável, claro, já que ele ainda era humano. Mas ele aprendeu a segurá-lo e jogá-lo fora sempre que o sentimento o dominasse. E olhar para Chan não poderia deixá-lo com mais energia, olhar para Chan o fazia sentir como se pudesse passar dias e dias sem dormir, fosse esse pensamento saudável ou não.

— Eu adoraria isso — ele soltou, dando um beijo na pele de Chan.

Por alguns segundos, eles não fizeram nenhum esforço para se mover, presos nos braços um do outro. Nenhum deles estava com medo de deixar ir, eles estavam extremamente confortáveis. Cada segundo e cada minuto que eles ajudavam a formar não significava nada. Ali, e somente ali naquele quarto chafurdando naquela adorável neblina no ar, o tempo não tinha sentido. Se estivessem juntos, teriam todo o tempo do mundo.

— Acho melhor a gente tomar um banho primeiro — comentou Chan, começando a puxar lentamente seu corpo para cima.

Minho não ficou para trás, começando a se sentar e se desvencilhando do aperto suave de Chan. — Ah, sim.

Wildest Dreams - MinchanOnde histórias criam vida. Descubra agora