05; "oh shit"

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O garoto aranha, ou Homem Aranha de acordo com a maioria, estava no laboratório dele e de seu pai, preparando um modelo de traje. Porém, não era para ele, mas sim para seu tio favorito. Finalmente Loki aceitou a proposta do sobrinho de ter um feito pela tecnologia Stark. Provavelmente ele se gabaria para o irmão sobre isso e diria para Tony com seu tom de provocação de sempre. O interessante é como Peter tinha certeza de tudo isso e ainda queria ver o caos acontecendo.

Talvez passar muito tempo com o Laufeyson o causou isso.

Mas isso não significaria que iria parar. Tanto de falar com ele, como treinar com o tio. Finalmente estava dando resultado o ensino de magia e o adolescente conseguia mover alguns objetos pequenos com a força mental e fazê-los aparecer. Ou seja, criar. Aos poucos a magia dele aumentava, mas era em seu tempo e dependia o tempo que ele treinava sozinho ou com a companhia do astuto deus.

E era isso o que fazia agora. Movia sua xícara com o poder mental facilmente até ele. Movia seus dedos sutil e levemente, vendo o poder azul escuro sair de seus dedos ao redor do objeto que não demora muito para estar em sua mão. Tomou um gole do capuccino dali e voltou a modelar o traje novo do Deus da Trapaça, lembrando da explicação dos poderes.

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- Então, Peter, agora sobre os poderes... - ambos, tio e sobrinho, estavam em posição de lótus, discutindo sobre como funcionava tudo aquilo. - Não force nada. Faça como respirar, que virá fluentemente. Aos poucos vai fazer sem ao menos perceber. - sorri com superioridade, quase igual Tony sorria para a imprensa. - Tem diferentes cores e tons os poderes.

- Sério? Uau. E o que significa o seu verde esmeralda? E o vermelho sangue da Wanda? - ele ia falar mais, porém a mão erguida do Laufeyson o pausa. - Certo, relaxei. - um sorriso dessa vez orgulhoso de Loki o deixa melhor, relaxando mais ainda.

- São boas perguntas. - o brilho no olhar do adolescente o faz aumentar o sorriso. Não admitiria, mas aquele garoto era o melhor entre todos os outros heróis. - O meu representa liberdade, espiritualidade, plenitude, mas também arrogância, seriedade, superioridade e isolamento. O meu tom é mais escuro que o comum, o que me faz apresentar mais arrogância, superioridade, seriedade, isolamento... se fosse mais claro teria pontos mais positivos.

- Oh...

- Eu já vi o seu interior e a cor que você emana, apesar de você provavelmente querer negar por não saber, é bem escuro. Mas não quer dizer nada ruim, como você ser mau. Quanto mais escuro, mais dor alguém sofreu. - explicou, fazendo o menor apertar os lábios. - Sua cor é azul escuro. Significa nobreza, harmonia, serenidade, espiritualidade, frieza, infinidade mistério e medo. Mas, como é um tom bem escuro, mistério, medo, nobreza e infinidade é mais predominante. - conclui a explicação.

- Mas... eu não sou assim.

- A cor define seu interior, não você por inteiro.

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Havia sido uma boa aula. A melhor que já teve, talvez. Agora ele conhecia seu interior e compreendia que todos tinham seu lado ruim. Não do tipo vilão, mas triste e incompreensível para qualquer um. Então, com isso em mente, finalmente conclui o modelo. O que lhe faltava era os materiais, mas não seria difícil de achar.

Seu arrepio avisa que alguém está se aproximando ao longe. Outro ponto bom em aprender magia com o tio meio psicopata era como seus poderes aprofundaram.

Deixou de lado o modelo do traje novo e resolveu fazer a tarefa que ia ser corrigida amanhã. Pega seu caderno de matemática e um lápis, logo começando a fazer a questão 1. Quando estava na terceira, Nath chega na porta acenando para o sobrinho. Peter libera sua entrada e acena de volta, voltando a fazer as atividades.

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