Belle, youtuber!

amigos novos e o fim da tarde!

Para o meu vídeo decidimos gravar o "Duas mentiras, uma verdade". Basicamente, cada pessoa tem que contar três coisas, duas são falsas e uma é verdade, e é a outra pessoa que tem que descobrir isso.

Na minha vez, uma das coisas que falei foi que morei nos Estados Unidos por dois anos, o que é mentira, já que só foi um ano. Isso foi algo que eu disse em uma de nossas primeiras conversas, mas queria ver se ele lembraria. E ele lembrou! Na hora já falou que era mentira, o que apesar de ter feito ele ganhar, me deixou feliz.

Tínhamos acabado de terminar o vídeo quando a campainha toca e enquanto Dylan vai atender, fiquei sentada no sofá. Escutei algumas vozes e depois vi um grupo de meninos entrando.

— Quem é essa? — perguntou um garoto de cabelos bem escuros.

— Sou a Belle. —falei, me levantando do sofá e acenando.

— Ah, você veio gravar com o Dylan né? Ele tinha comentado. — disse um menino que se parecia com Dylan. — Sou o Rodrigo, primo dele.

— Miguel, o amigo de infância oficial. — apresentou-se o que tinha falado primeiro, fazendo com que eu desse risada.

Ao ouvir o barulho, a irmã de Dylan saiu de seu quarto e eu fiquei chocada com a semelhança familiar. Tanto ela, como Dylan e Rodrigo tinham os mesmos cabelos loiros e olhos claros, a única diferença era que ela era bem mais baixa.

— Belle, certo? Sou a Vitória. — falou com um sorriso.

— E eu sou o Dylan!

— Acho que eu já sabia dessa. — falei, com uma risada.

— Ótimo, ótimo. Todo mundo já se conhece, agora vamos jogar alguma coisa? — perguntou Rodrigo.

— Eu topo. Vai dar tempo de você jogar, Belle? — perguntou Dylan e eu olhei as horas no meu celular.

— Ainda tem tempo até minha mãe me buscar. Vai dar sim.

— E que jogo vamos jogar, esperto? — perguntou Miguel, olhando para Rodrigo, que ficou pensando.

— FIFA! E aproveitamos para fazer mais um vídeo. — sugeriu Dylan, já animado.

Os meninos se sentaram no sofá e ligam o vídeo game, jogaram duas partidas enquanto eu assistia, até que Miguel falou:

— Sua vez Belle, você contra o Rodrigo!

— Eu? Por que eu tenho que jogar? — perguntei, já me desesperando, se tinha algo em que eu era um desastre, além de cozinhar, era jogar vídeo game.

— Todos tem que jogar, até a Vitória jogou. Aqui seu controle. — disse Miguel, me entregando o controle.

— Mas eu não sei jogar! — protestei novamente, e Dylan veio me mostrar para que servia cada botão, o que não adiantou muito.

Começou a partida e eu não apenas não conseguia fazer nenhum gol, mas nem consegui tocar na bola. De acordo com minhas previsões, acabaria perdendo de cem a zero se não tivesse alguma ideia. Foi aí que me lembrei de um vídeo que assisti e pensei em um plano.

— Dylan, vem cá! — chamei, enquanto estávamos fazendo uma pausa.

Ele veio até mim e expliquei meu plano. O jogo começou novamente, mas naquela vez passei o controle para Dylan, que começou a jogar por mim. Dessa vez, eu já comecei fazendo um gol, e quando acabou a partida, eu tinha vencido! Bem, eu e Dylan.

— Como isso aconteceu? — perguntou Rodrigo, que era o único que não tinha reparado que Dylan que jogou por mim.

— Eu sou muito sortuda! — menti, dando rindo.

O garoto ainda estava inconformado e ia falar mais alguma coisa quando Vitória chegou comendo brigadeiro de colher.

— Onde você achou isso? — perguntou Rodrigo. com os olhos brilhando.

—Acabei de fazer!

Resultado: quase derrubamos ela e saímos correndo para a cozinha. Fizemos uma filinha para pegar o brigadeiro, mas bem na hora que minha vez chegou, recebi uma mensagem da minha mãe avisando que estava me esperando na portaria. Sério mãe, justo na hora do brigadeiro?

Como não tinha muito tempo, peguei uma colher cheia de brigadeiro e enfiei na boca, sem nem pensar em como estava quente. Fiz uma careta e corri pegar um copo de água, enquanto os meninos davam risada.

Meu celular começou a tocar, era melhor eu descer antes que minha mãe decidisse subir. Me despedi de todos eles e agradeci muito por Dylan ter me chamado para gravar junto com ele. Quando fui para o elevador, sorri ainda sem acreditar no dia que eu tinha tido.