CAPÍTULO 09

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Capítulo não revisado!



— Porra, Jeon Jungkook! — Yoongi berrou, jogando a sacolinha de doces no irmão que apenas afastou a cabeça para o lado, desviando.

— Sem gritaria, senta aí... os quatro.

Como crianças sendo repelidas pelos pais, os quatro ômegas se sentaram no sofá e aguardaram a bronca.

— Estão loucos! — Jungkook se levantou gritando.

— Você acabou de dizer "sem gritaria". — Yoongi resmungou.

— Cale-se, eu ainda nem comecei. — Jungkook rosnou.

— Você abaixe seu tom pra falar comigo, sou seu irmão mais velho. — Yoongi também se levantou, alterado.

— E eu o seu líder. Eu disse que nunca iria impor minha posição sobre você, mas você passou de todos os limites junto a esses dois, quebrando a única regra que eu já coloquei pra vocês. — A presença de Jungkook fez os ômegas se encolherem no sofá. — Seokjin?

Seokjin encarava os tênis brancos, mexendo os pés como de costume.

— Seokjin! — Jungkook gritou. Mera deu uma cotovelada no ômega que saltou assustado.

Seokjin ajeitou a postura e retirou os fones do ouvido. Jungkook e Taehyung lhe encararam desacreditados. O ômega não estava ouvido nada. Kim se levantou, arrumou o moletom em seu corpo e se virou para o líder.

— Eu tenho uma loba que não suporta gritaria. Quando você estiver mais calmo, a gente conversa. Você não pode berrar nos meus ouvidos por coisas que eu sequer entendo, já que eu sou o único perdido aqui em relação a vocês. Talvez minha madrasta queira minha cabeça em uma bandeja de prata e eu sou eternamente grato por toda a proteção que você me deu, mas isso não lhe dá o direito de me repelir como se eu fosse teu filho. Vamos Mera. — Seokjin saiu da sala, deixando o silêncio para trás.

A ruiva sem entender nada e assustada pelas revelações, se levantou e seguiu o amigo para o quarto. Mera dormiu rápido, mas Seokjin permaneceu acordado, ouvindo os gritos do pequeno grupo discutindo na sala.

Estava cansado, pela manhã daria um jeito de sair dali. Agradecia o cuidado dos Jeon's consigo, não queria parecer um ingrato, mas gostava de sua liberdade, de sua solidão, de sua vida independente, mesmo que isso significasse ser morto por Sandara a qualquer momento.

Seokjin sempre foi uma pessoa que nunca temeu a morte. Se um dia, ele estivesse cara a cara com ela, obviamente lutaria para viver, mas quando percebesse que aquele era o final daquela jornada curta pelo mundo dos vivos, ele aceitaria seu destino sem reclamar. Apesar de tudo, ele teve uma vida boa.

Tentando afastar aqueles pensamentos intrusivos sobre morte, Kim levantou, saiu do quarto e caminhou pelos corredores escuros da mansão para descer e beber água.

Após sair da cozinha, ele lembrou da biblioteca. Talvez os Jeon's não se importassem se ele se mudasse para aquele cômodo em específico.

Caminhando novamente pelo breu da mansão, ele chegou até seu destino. A porta estava entreaberta, ele entrou e tateou a parede até achar o interruptor. Ao ligar, uma fileira de lâmpadas de cor amarelada foi acesa. Seokjin caminhou pelos pequenos corredores repletos de livros. Gostava de como os contos eram divididos em ordem alfabética de acordo com a nacionalidade dos escritores.

Seu coração acelerou quando chegou em uma prateleira com livros de autores brasileiros. Seokjin gostava de acreditar que manter contato com qualquer coisa relacionada a aquele país, lhe deixava mais próximo de sua mãe.

FENGÁRI - TaeJinKook (ABO) Onde histórias criam vida. Descubra agora