CAPÍTULO 02

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Capítulo não revisado!

Seokjin, depois de longos minutos lutando com o corpo cada vez mais pesado do alfa, conseguiu deitá-lo no sofá da sala. Seu pulso estava dolorido e começando a inchar. Provavelmente, havia lesionado. Ele ignorou a dor e correu até seu quarto, retornando com gaze e bandagens para conter o sangramento. Ele retirou o capacete o alfa e por um segundo admirou a beleza daquele homem. Os cabelos lisos, extremamente pretos eram um encaixe perfeito na pele amorenada.

— Não faço ideia de quem seja você.

Depois de avaliar os ferimentos, constatou que poderia retirar as balas. O infeliz não tinha sido atingido em locais com riscos de serem fatais. Naquele momento, o que poderia lhe matar, seria uma perda excessiva de sangue, então tratou de estancar o sangramento. Depois de fazer a assepsia do local, ele aplicou a anestesia local e retirou as balas, ouvindo os resmungos de dor do alfa. Depois de suturar os ferimentos, ele injetou o soro e cobriu o alfa, torcendo para que ele não morresse em seu sofá. Não fazia ideia de como esconder um cadáver.

Após enfaixar o pulso machucado, ele se deitou no outro sofá e bufou irritado. Seu fim de semana dormindo acaba de ir para o brejo. Ele adormeceu minutos depois, mesmo que temesse ficar tão vulnerável na presença de um estranho.

Taehyung acordou, mas não abriu os olhos. Seu ombro doía como o inferno e não conseguia sentir o braço esquerdo. Ele abriu os olhos, notando o soro injetado em sua mão e o sangue no equipo evidenciando que a medicação havia acabado a algum tempo. Sua cabeça pendeu para o lado e o cheiro de lavanda com um leve toque de chocolate alcançou seu olfato, lhe fazendo puxar o ar com força. O aroma estava impregnado em cada pedacinho daquela casa. Seus olhos passearam pelo lugar, a sala totalmente branca com móveis cinzas e alguns detalhes e pequenos objetos na cor preta lhe fazia questionar quem morava ali e como mantia aquilo limpo.

Ele continuou sua inspeção até seus olhos se fixarem na figura encolhida do ômega no sofá menor a sua frente. Ele estava coberto por um edredom grosso, os cabelos rebeldes e um pouco compridos caiam sob seu rosto. As bochechas gordinhas eram amassadas pela mão que permanecia debaixo de seu rosto, formando um bico adorável nos lábios fartos. Taehyung riu, pois aquele não parecia o ômega que quase lhe tacou em uma lixeira na noite anterior.

Ele notou o pulso enfaixado do ômega e lembrou da queda antes de apagar. Provavelmente machucou o garoto. Ele continuou olhando para ele até perder a batalha para o sono.

Horas depois, ele acordou com dedos macios cutucando sua bochecha.

— Vamos... acorde! Você não pode morrer no meu sofá novo.

Taehyung abriu os olhos, assustando o garoto que levantou apressado, recuando alguns passos. O cheiro tão receptivo de lavanda se tornou denso, evidenciando que o ômega lhe temia. Aquilo incomodou seu lobo.

— Perdão... não quis te assustar. — Taehyung tentou se levantar, mas a dor o impediu.

Seokjin ouvindo o resmungo sôfrego, tentou se aproximar, recuando novamente quando notou o que fazia.

— Você precisa se alimentar e partir. Não pode ficar aqui, eu não te conheço e não quero problemas. — Seokjin se afastou para pegar a bandeja com a tigela de sopa e um copo de água junto a alguns analgésicos. — Consegue sentar?

— Acho que sim. — Taehyung sentou com dificuldade e o ômega depositou a bandeja ao lado dele com receio.

Ele tomou um pouco da sopa, notando como o ômega fugia de seus olhares e passava as mãos no joelho, ansioso. Ele colocou a tigela na bandeja e tomou os remédios, levantando-se de uma vez. Seu corpo queria ceder, contava com seu gene lupino para que conseguisse chegar em casa.

FENGÁRI - TaeJinKook (ABO) Onde histórias criam vida. Descubra agora