Capitulo 2

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Pov Angelo

- Retiro do soldado todas as ataduras  e galhos que usei para ele ficar imóvel , vejo ele se recompor devagar.

- Como é seu nome ?

Rei - Porque quer saber ? Isso não lhe diz respeito

- O meu é Ângelo

Rei - Realmente eu não te perguntei

- ele fala com um olhar de desdém para mim , ele é realmente muito alto e bem forte

Rei - Pare de me encarar sua escória ! Sinto seu olhar de longe , nunca viu um homem não ?

- Somente meu pai e meus irmãos

Rei - Onde eles estão então ? Te abandonaram aqui nesse buraco ?

- Eles morreram , foram mortos por humanos como você . - Vejo que ele ficou sem reação

Rei - Entendi

- A porta é ali pode ir embora , eu tô triste quero ficar sem a sua presença ela não me trás boas lembranças.

Rei - tanto faz , tô vazando

- Ele então sai pela porta , eu me deito na cama e começo a lembrar da minha família , eu sentia tanta falta dos meus pais e dos meus irmãos , não tinha nenhuma pintura deles para me recordar já faz tanto tempo .

Pov Rei

- Sai daquela cabana o mais rápido que pude , fiquei atento ao caminho já que estava sem minha espada , quando chego onde estava acontecendo a batalha percebo que não há mais corpos espalhados pelo chão é muito menos uma saída daquele lugar ja que o lugar tinha um muro gigantesco de espinhos .
Sem sucesso em tentar escapar começo a andar pela floresta , minha perna e meu pé não doem tanto mais .
Esse lugar parece o mesmo por todos os lados ! Um verdadeiro labirinto , começo a ouvir uns barulhos na floresta e me deparo com vários híbridos diferentes todos estavam me encarando com olhar de medo e se afastam novamente.
Minha caminhada continua até eu realmente perder a noção do tempo quando percebi já era noite , vejo uma luz dentre todas aquelas árvores que me cercavam e então percebi que andei em círculos pois estava novamente na casa daquele ser nojento .
Ele estava do lado de fora se banhando pelo que parecia , seu corpo magro e pequeno refletia com a luz da lua , ele passava as mãos em seu corpo com tanta delicadeza que chegava a ser sexy .
- Droga ! Oque estou pensando ? Ele é só mais um híbrido nojento no qual tenho ódio até o final de minha vida .

Ângelo - Não conseguiu sair soldado ?

- Oque ? Como ele sabe que eu estou aqui ?

Ângelo - não é difícil de se escutar muito bem com orelhas de coelho não acha ? Oque ainda faz aqui ?

- Saio das sombras e vou em direção a ele que continuava normalmente a tomar banho como se minha presença ali não o incomodasse , parei em frente aquele ser baixinho de cabelos brancos e olhos azuis , seu rosto era muito lindo e seu corpo parecia esculpido na proporção certa .

Ângelo - Porque me olha tanto soldado ? Alguma coisa de errado ? Quer se banhar também ? O cheiro que sai de você não é muito bom , me desculpe se fui rude ! Não era minha intenção.

- Fico olhando aquela criatura sendo literalmente muito gentil comigo mesmo depois de todos os acontecimentos, ele está com uma caneca nas mãos e aponta para minha direção .

Ângelo - Se não quiser não tem problema também .

- Tomo a caneca de sua mão e começo a retirar minha armadura e logo depois minhas roupas , ele me encarava com estranheza .

Ângelo - Você tem tantas cicatrizes e também tem um olhar bem frio você sempre foi assim ?

- Passava as mãos delicadamente em meu corpo e eu já estava segurando pra não ficar de pau duro !  Mas ele tinha razão eu nunca tive tempo para pensar em outra coisa a não ser lutar e vencer a guerra que travávamos ! Fui criado desde sempre somente para isso.

Ângelo - como é seu nome ?

- De que isso importa ?

Ângelo - Não sei como te chamar sem um nome

- Já me chama de soldado não é o suficiente?

Ângelo - Ah tudo bem , não tem problema eu vou para dentro quando terminar pode entrar .

- Ângelo sai andando nu até sua cabana , acho que não tinha reparado mas além das orelhas de coelho ele também tem um rabo de pompom , e puta que pariu não acredito que fiquei de barraca armada pra um híbrido .

Pov Angelo

- Enquanto o soldado se banhava eu entrei e comecei a preparar uma sopa de legumes frescos que colhi da minha horta. Eu não sabia oque sentir com ele aqui ao mesmo tempo que me sentia segura não sabia se poderia confiar nele . Não sei quando ele vai conseguir ir embora os muros talvez desçam só daqui uns 100 anos .

Soldado - oque tanto pensa coelinho ?

- Não sei quando você conseguirá ir embora , talvez os muros nunca desçam

Soldado - Eu preciso voltar ! NÃO POSSO FICAR AQUI PRO RESTO DA MINHA VIDA COM ESSAS ABERRAÇOES ME RODEANDO !

- Seu grito faz com que abaixe minha orelhas e sinta uma dor terrível - começo a grunhir de dor .
Por favor não grite tanto

Soldado - Mas que merda ! Preciso achar uma saída daqui !

- Talvez tenha uma saída no final da floresta

Soldado - E porque não me disse antes ? Seu merda ! Queria me prender aqui pra sempre não é ?

- Ele segurava meus braços com agressividade e logo me jogou no chão , lágrimas já molhavam meu rosto - porque ele é tão agressivo ?

Soldado - Já está chorando de novo? Você é muito frouxo mesmo , estou indo deitar lá fora vê se não me enche o saco !

- Tá bom

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Meu Querido Soldado Onde histórias criam vida. Descubra agora