Imagine Deidara - Rainha do Inferno

Cap.12 - Rainha do Inferno

Chegamos em casa por volta de 9 horas. Banho e janta, e fui para o quarto. Deidara foi comigo. Contei da luta para ele, cada detalhe dividido em pequenas partes explicadas minuciosamente.

Eu dormi bem. Dormi até tarde, e no outro dia, levantei disposta.

-Bom dia!

Entrei na cozinha e cumprimentei os poucos que acordavam cedo: Itachi, Zetsu, Pain e Kisame. Tomei café e fui até o quarto de Deidara, que ainda dormia em plena paz. Pulei na cama dele e comecei a saltar.

-Hmmmm. Aaaah Kiraaa. -Ele resmungou quando me joguei ao seu lado, se sentou e esfregou os olhos.

-Bom diaaa!!! O dia está nublado, o outono está começandoooo!!! -Cantarolei, levantando e circulando pelo quarto, abrindo as cortinas e dobrando roupas.

-Aham- Ele se jogou de cara no travesseiro.

Arranquei as cobertas, as dobrei e o puxei pelos pés, atirando um moletom e tênis para ele. Deidara suspirou, sentou e vestiu o que eu jogara em sua direção. Levantou e bocejou. Corri, abracei e levantei ele do chão, fazendo-o murmurar e se segurar em meus ombros. O coloquei no chão.

-Seus olhos estão muito prateados- Ele disse, com um sorriso.

-É! Dias nublados deixam eles assim. Não tem sol para eles absorverem a luz.

-Eu sei. Seu clã todo é assim. Vamos comer?

-Já comi. -Saltitei mais. -Acordei disposta.

-A vá - Respondeu Deidara, esfregando o rosto.

-Estou me sentindo linda. -comentei, passando os dedos entre os fios castanho escuro do meu cabelo, outrora gigante, agora acima dos ombros.

-Você é linda - Ele disse.

O olhei com cara de desprezo falso.

-Eu sei!

-Aaai meu deus -Ele riu e me levantou pela cintura, me pegando no colo e me carregando até a sala, que é junto da cozinha, me largou no sofá e disse:

-Entrega de narcisista por aqui.

-Fazer o que se eu só falo a verdade?- Me levantei em um pulo e saltei ao redor da mesa.

Forcei-o a comer logo. Eu tinha tantos planos e estava tão feliz com o clima suave, aconchegante e gentil que era o outono que não conseguia ficar parada. Depois de alguns minutos, ele acabou de comer, se arrumou, e o informei que ele iria comigo dar uma volta até Konoha. Konan e Indra se juntaram a nós.

-É muito bom quando temos opções - Ele comentou, sorrindo. -Vamos então?

-Sim! -Abri a porta, saltei sobre o tapete, fazendo as armas tilintarem sob a calça larga e gritei uma despedida aos outros seres humanos que habitavam a casa.

-Por que vamos para lá? -Konan indagou, chutando uma pedrinha.

-Vamos brincar um pouco com eles. Estão tão desesperados agora que notaram minha ascendência Ōtsutsuki, e a sua linhagem Shibuki, que vão fazer de tudo pra nós capturar. Quanto mais desespero tiverem, mais alegria e mais distração até o Plano da Lua.

Ao contrário do que se pensa, todos sabiam do Plano da Lua. O teatro montado a partir disso era incrível. O plano fora todo montado por Zetsu, o principal entusiasta do Olho da Lua.

-Certo. Tem sentido.

-Acha que suspeitam da sua realeza? -Indra perguntou.

Os olhos Prata. Eles simbolizaram a paz. Os olhos dos ancestrais de Kaguya. Indra também tinha os olhos cinzentos. Qualquer um com olhos prateados era levado como divindade, como um rei ou uma rainha. Quanto mais pavorosos, mais a divindade era poderosa. Itachi era a esperança. Itachi tinha os olhos prateados. Escuros, brilhantes e suaves. Sasuke também tinha. Mais claros e mais cruéis. Mas minha ascendência já divina, no deus da morte, fazia o poder dos olhos tão místicos se potencializar. O círculo dourado que circundava minhas pupilas era herança do Deus, meu pai, e era o responsável por marcar a minha genética pura. Konoha supostamente sabia de tudo isso. Mas haviam percebido o tom dos meus olhos? Sabiam o poder que eles simbolizavam? Lembravam das lendas e regras por trás da linhagem?