Cap 20 - Dê-me 15 minutos

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Olá!!! Como estão?

Vamos de mais um cap!
Boa leitura!!

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–Não faça isso olhos lindos.

–Por que não?

–O jato...precisamos estar lá em uma hora...

Marília lambeu os lábios sedutoramente.

–Em quanto tempo chegamos até lá?

–Vinte minutos eu creio.

Ela sorriu. Um semblante atrevido e insinuante o qual Maraisa nunca tinha visto igual.

–Fico satisfeita com quinze minutos do seu tempo.

Maraisa arregalou os olhos. Aquela era mesmo a Marília politicamente correta que conhecerá Carla Maraisa corrompera Marília Mendonça.

Considerava-se sem falsa modéstia uma boa amante. Era experiente, havia deixado a inocência cedo. Tinha orgulho de seu desempenho, não costumava transar com qualquer uma ou ser uma escrava do sexo, escolhia bem suas parceiras e tentava dar o melhor de si para elas. Tinha o costume de comandar o ato, podia dizer com certa certeza que sabia como enlouquecer as mulheres, mas nunca perdia o controle.

Nunca...

Até Marília Mendonça surgir em sua vida.

Maraisa a puxou pela nuca colando seus lábios nos dela. Não sabia explicar aquele poder que Marília tinha de tirá-la do eixo. Um simples ato de estar perto de seu corpo fazia ela perder o rumo e esquecer qualquer coisa a sua volta.

Maraisa segurou-a firme pela cintura e procurou com desespero algum lugar para se apoiar, quando visualizou a escrivaninha dela, não se importando com o que quer que fosse que estava em cima, simplesmente jogou tudo no chão. Teve certeza de ouvir duas ou três coisas se quebrando, mas não se importou.

Sentou-a em cima do móvel.

Maraisa estava vestida para ir ao clube. Um biquíni sexy preto e uma saída de praia azul estampada.

Facilitou e muito o contato.

Maraisa nunca havia se sentido daquela maneira. Tão necessitada de alguma coisa como necessitava dela.

Estar em contato com a pele dela era um vicio, como um drogado que usa sua droga. O alivio era ao mesmo tempo a salvação e a perdição.

Maraisa moveu seus dedos contra ela. A maneira como a possuía era intensa, e Marilia parecia estar tão imersa naquilo quanto ela.

Realmente não demorou, com breves e intensos movimentos e beijos calorosos ela chegou ao clímax. Marília se contorceu num orgasmo fabuloso gritando seu nome segundos antes de relaxar em seus braços.

Ao fim de tudo estavam suadas, ofegantes e maravilhadas.

Depois de alguns poucos segundos, quando Maraisa puxou o ar de volta aos pulmões, ela consultou o relógio e riu.

–Você me disse que precisava de quinze minutos do meu tempo, te dei o que você queria em dez.

Ela gargalhou.

–Fantástica Senhorita Pereira, como sempre.

–Podemos ir agora?

–Devemos ir agora - ela rebateu. Beijou-a com uma intensidade incrível e depois ajeitou as roupas enquanto Maraisa acompanhava cada movimento seu.

Marília perguntou à caminho do carro quando aprendera a ser sedutora. De onde tirara aquela coragem.

Riu sozinha. No fim não compartilhavam das mesmas idéias.

Maraisa diria que tinha corrompido ela, já ela achava diferente.

Maraisa a libertara.

–Dê-me cinco minutos para fazer uma mala.

Havia dito Marília antes de saírem do apartamento, mas Maraisa não deixou.

–Não será necessário. Tenho certeza de que se divertirá muito mais se comprar o que precisa na ilha, nos dará um bom motivo para explorarmos o local, ou então realmente não lhe deixaria sair do hotel. Quer dizer, não creio que precisará de muita coisa, já que realmente terá grandes dificuldades para deixar aquele quarto.

Ela sorriu e assentiu.

Era maravilhoso sentir-se daquela maneira. Estar apaixonada, sim ela já admitira a si mesma que estava, deixava-a leve, como se andasse nas nuvens. Mas ao mesmo tempo era desesperador, pois sabia que tudo aquilo tinha um momento para acabar.

Durante o trajeto, Marília permanecera calada, pensativa.

Poderia revelar a Maraisa que a amava? Que a queria por mais que meros dois meses? Que este tempo não seria suficiente?

E se ela não sentisse nada por ela? Nada alem do desejo irrefreável, pareceria então uma tola adolescente que doara muito em troca de nada. Isso lhe deixava em pânico.

Quando chegaram ao aeroporto, Marcos já estava esperando-as. Assim como Laura e o restante da equipe de defesa.

Maraisa segurou a mão dela e estampou o melhor sorriso quando abraçou o irmão, sob o olhar frio e invejoso de Laura.

–Minha advogada?

Perguntou Marcos com gracejos.

–Sim, sua advogada.

Marcos levou os braços na intenção de cumprimentar Marília com um abraço, mas ela foi puxada para trás com delicadeza.

–É sua advogada e minha mulher, tire as mãos dela.

Marcos gargalhou e abraçou Marília mesmo assim.

–Maninha, sempre ciumenta e possessiva, que coisa feia minha hein.

Maraisa riu.

Marília tinha um semblante incrivelmente feliz e satisfeito. Os olhos brilhavam e não era qualquer brilho, era o brilho da paixão.

Aquilo despertou um monstro dentro de Laura e ela resolveu que, pelo menos durante aquela semana, estaria segura o suficiente contra Maraisa.

Tomada por um impulso repentino Laura aproximou-se.

–Bom dia. - ela disse seca para Maraisa - Como vai Marília? - Ela já lhe dirigiu uma voz mais doce e tomou-lhe a mão sem que ela esperasse.

Maraisa estreitou os olhos, mas nada fez.

–Bom dia Laura.

Marilia disse educadamente retirando a mão.

–E ai Alexandra, não vai levar a Alexia?

Maraisa disse com um tom firme e cínico e Laura entendeu a indireta.

–Estou a trabalho Pereira e não de lua de mel.

Respondeu com superioridade, mas ao contrario de se ofender ou se irritar com a petulância dela, Maraisa riu.

–Então será a única.

Marcos gargalhou assim que compreendeu do que se tratava a tensão entre as duas.

Sabia que não precisaria se preocupar com a irmã. Além de Maraisa saber tirar aquilo de letra, estava estampado a palavra amor na face de Marília,não via quem não queria.

–A equipe está toda aqui Lila- disse Laura com intenção de provocar ao chamá-la pelo apelido - Poderíamos nos reunir durante a viagem e discutir...

–Creio que não vá ser necessário Laura - Marília adiantou quase cuspindo o nome dela - Estou aqui apenas para lhe supervisionar no julgamento. Podemos marcar um momento com a equipe quando chegarmos ao hotel. Isso caso você ainda não se sinta preparada para defender o nosso cliente.

Laura trincou os dentes.

–Estou preparada. Apenas gostaria de rever alguns pontos com você. Por mais que a raiva lhe subisse a cabeça, Laura não hesitaria em criar qualquer oportunidade para tirá-la de perto de Maraisa.

A PROFESSORA- MALILA. Onde histórias criam vida. Descubra agora