Flashback II

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!!! AVISO DE GATILHO (AGRESSÃO, VIOLÊNCIA, PALAVRAS DE ÓDIO, ATOS DE ÓDIO PENSAMENTOS DE ÓDIO E TENTATIVA DE HOMICÍDIO)!!!

Tradução da capa: Ela não é uma vilã, é só uma garotinha.

Hera estava grávida de poucos meses de Cecília, e desde o início não foi nada fácil, teve muitos sangramentos durante a gestação, dores e vivia por hospitais com o marido.

Esses acontecimentos permaneceram durante até o nascimento da menina. Os dias que a mãe passava eram como pesadelos, ficava dopada de remédios e quando não estava com organismo dopado, estava gritando e amaldiçoando a pobre criança. Palavras como; "ela vai me matar, e depois todos vocês", "ela será a nossa destruição" "tirem esse demônio de dentro de mim", "me ajudem".

Foi assim toda a gestação, seu marido por mais que tentasse, não conseguia mudar a cabeça da esposa.

Hera não queria ter filhos, mas como ela sabia que era o sonho do marido, decidiu ter apenas um, mas depois se arrependeu de não ter seguido a sua própria vontade.

A mulher não estava mais suportando aguentar isso, tentou de tudo para o bebê não nascer.

Após o nascimento da pequena, no mesmo dia. A enfermeira levou a bebê para se alimentar na mãe, ao dar privacidade a mãe o que ela não deveria ter feito, pelo histórico de gravidez de Hera.

Ela viu um pequeno sinal no pescoço da menina, um sinal tanto quando curioso e esquisito, se perguntou se era uma cicatriz de quando ela se jogou da escada da mansão e quase teve um aborto.

Hera passou o dedo pelo rosto da filha e parou no nariz.

- Uma coisinha como você me fez querer morrer todos os dias, tão frágil... - a mulher começou a apertar o nariz da filha, quando ela já estava ficando roxa a porta se abriu revelando o marido com algumas malas e travesseiros.

-Me desculpa, sei que estou atrasado, sua mãe resolveu desfazer a mala que eu fiz para Cecília. Segundo ela eu não sei o que a neta dela gostaria de vestir. - Ele colocou as coisas em cima de um sofá e se aproximou das duas.

-Como você está se sentindo? E a bebê? O que o médico disse? - ele olhou para a esposa e seu olhar se prendeu no pequeno ser humano no colo da mulher.

Ele sorriu e seus olhos estavam marejados... Hera nunca o tinha visto assim com ninguém, nem com ela.

-Posso pegá-la? - ele se aproximou mais.

Ela apenas elevou um pouco e o pai segurou a filha pela primeira vez. Ele não parava de sorrir.

Ele era um homem jovem, loiro com a barba já um pouco grande. Sua expressão de cansada por acompanhar a esposa todos os dias e todas as noites. Sempre ao lado dela.

Hera nunca disse para ela que não queria ter filhos. Era o sonho dele e ela decidiu realizá-lo. Mas ela sentia que depois de ter dado o que ele tanto queria, talvez ele não precisasse tanto dela, não como antes.

- Você já a amamentou?

Negou com a cabeça.

-Ótimo, eu queria te ajudar, aprece ser difícil no começo. - Ele colocou a bebê no colo da esposa.

- Você deve estar bem cansada, mas depois de a alimentar você já poderá descansar. Irei ficar aqui até vocês terem alta.

Vocês... Essa palavra ecoava na cabeça de Hera, ela não gostou.

David chamou a enfermeira e alimentaram a pequena com sucesso, Hera se mostrava desajeitada com a filha, não queria tocá-la e queria que a menina a tocasse.

Tudo que ela queria dizer era que não queria que a primogênita nunca tivesse nascido e voltar no passado tal qual nunca ter deixado essa gravidez prosseguir.

Mas ao ver a felicidade de David, ela se sentia realizada por realizar o desejo dele, mas o amor era muito, era demais. O amor dela era demais para ser só amor. E ele já tinha percebido isso, mas como estavam apaixonados loucamente não se importaram. E se afundaram juntos com a passar do tempo.

Como o tempo foi passando e Cecília foi crescendo, as coisas mudaram. David se dedicava de corpo e alma a filha enquanto Hera desejava que ela desaparece. Em sua cabeça a menina estava tomando o seu lugar, a atenção do marido e da família.

David havia percebido o comportamento de Hera com a filha e decidiu perguntar, mas não obteve a resposta sincera e ele havia percebido. Pensou que era algo que pudesse ter acontecido depois do parto, como a depressão pós-parto.

Mas estava totalmente errado, era algo que havia começado desde o início da gravidez.

Quando ela engravidou de Ícaro o processo foi tranquilo, e o não foi parto normal, ela se senti bem com Ícaro, tinha um pressentimento bom nele.

Quando o mais novo nasceu, Hera ficou mais atenta a filha mais velha, achava que Cecília era uma criança maligna e a punia por isso, quando ninguém estava por perto.

Algo como se Cecília fosse machucar o irmão e o conduzir o menino para o mal caminho. David disse que o menino precisava ficar mais tempo com a irmã, mas Hera discordava totalmente "o diabo está nos detalhes" disse para si mesma.

A mulher foi ficando paranoica ao longo dos anos, mandava a filha estudar longe e que só voltasse nas férias, não a queria ver perto do preferido.

Quando a menina ficava perto do irmão a mais velha faltava a arrancar pelos cabelos de perto do garoto. Principalmente perto do lago ela tinha medo de que a filha tentasse fazer uma atrocidade com o mais novo.

A garotinha não entendia o porquê a mãe a tratava assim, a machucava e dizia coisas horríveis para ela. Quando ia dormir olhava as luzes em forma de animais e ficava pensando em maneiras de fazer a própria mãe a amar e a tratar igual o irmão.

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Olá, pessoal! Quero deixar uma coisa bem clara, eu não escrevi esse capítulo para romantizar o "amor" da Hera e nem apoiar isso. Só para mostrar o porquê a personagem tem esse conflito com a filha e vocês entenderem como isso aconteceu. Espero o cap tenha ficado bem claro para vocês, não direi mais por que isso seria spoiler. Vocês vão descobrir ao decorrer dos capítulos.

Obrigada por lerem. Até mais!

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⏰ Última atualização: Apr 20, 2023 ⏰

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