Capitulo 05.

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Alice

Minha cabeça balança algumas vezes tentando focar em algo dentro dessa tenda fechada e escura,meus olhos rodam o lugar procurando algo que me ajude com todo esse calor descomunal que cresce cada vez mais em meu ventre,minhas mãos e meus pés estão gelados enquanto até meu peito chega a queimar...(Viro meu corpo tentando me sentar enquanto os tremores percorrem cada parte do meu ser)..O suor mela minha pele a grudando contra minhas roupas..

-Droga..(Praguejo baixo me sentando enquanto o gosto amargo daquela bebida ainda coça minha garganta..)..Eu não aquento mais..(Abro varios botões feitos com sementes arredondadas e seguradas por uma fina tira,o vento gelado beija minha pele desnuda tentando a todo custo fazer o calor passar e me refrescar,mais de nada adianta)..

Como uma assombração Napay abre a tenda com velocidade,mesmo com todo o frio congelante la fora ainda posso ver claramente o suor a rolar pelo seu rosto levemente avermelhado..(Engulo em seco ao ver o mesmo arrancar suas roupas ficando totalmente nú a minha frente,viro meu rosto notando o que estás no meio da sua perna levemente engatilhado...)..Minhas bochechas queimam,tanto pela vergonha de encarar seu amigo quanto pelo calor que contínua a subir cada vez mais...(Napay respira rapidamente tentando se acalmar)..

-Napay,(O chamo notando seu olhar tentando a todo custo não me encarar),o que estás acontecendo??(Encosto minhas costas contra uma das vigas de madeira..Os tremores continuam cada vez mais e mais)..

-Os espíritos querem que consumamos nossa união..(Napay claramente não se importa de estar totalmente nu a minha frente e para piorar agora o mesmo se vira totalmente para me encarar)..

-Eles querem que..(Paro mais uma vez ao pensar que terei que dar minha primeira vez a esse cara a minha frente..)..Nem pense!!(Nego agarrando com força minhas roupas entreabertas contra meu corpo,em forma de proteção contra o homem consumindo pela luxúria..)..

Napay não responde,mais seus olhos não desgrudam dos meus,como uma águia a vigiar uma pobre topeira desavidada...(Em questão de um piscar de olhos Napay me ataca,sua mão segura as minhas juntas com força contra o chão de terra batida,enquanto a outra deslizava contra meu queixo me obrigando o encarar)..Sua respiração se torna cada vez mais alta comi se estivesse a se segurar para não deixar que uma fera escape..(Seus cabelos longos estão desalinhados,a única luz que sobra são brasas que queimam de leve e a pouca luz reflete seus olhos negros e famintos)..

-Me sol..!!(Seus lábios carnudos e macios atacam os meus entreabertos,sua língua pede passagem provando meu sabor a força)..

Nossas línguas travam uma dança,sem ritmo ou música ao fundo elas se movimentam em uma dança seduzente e cheia de desejo carnal..(Napay solta minhas mãos e não me seguro agarrando seu pescoço o proibindo de tirar seus lábios do meu)..O índio prensa seu corpo com mais força contra o meu,sinto algo roçar com força contra minhas coxas abertas..(Arregalo meus olhos ao sentir suas mãos tentarem levantarem meu vestido)...

-Não Napay..(Praguejo baixo ao notar minha fala não sair mais que um gemido fraco)..

-Por que não??(Ele para com os beijos a me encarar)..Você não fazer??(Nego e o vejo não se importar e voltar a todo custo arrancar minhas roupas de baixo,o paro mais uma vez o empurrando com a pouca força que me resta)..

-Por que,(Me levanto tentando ficar o mais longe do mesmo),por que,(Procuro uma desculpa lógica para que o homem sedento desista) se você me tocar não sera bom,vai ser ruim e além do mais hoje é lua minguante,(Agradeço mentalmente a facilidade de mentir como meu pai),se fizermos qualquer coisa irá sangrar muito e será muito mais muito dolorido mesmo!!!(Napay encara meu rosto como se tentasse decifrar se estou a falar a verdade mesmo ou o enganando)..

-Indias não tem isso..(Como um leopardo ele se aproxima,mostrando a difetença de altura...Mesmo sendo mais alta que a maioria das mulheres que conheço ele é muito maior...)..Estás tentando me enganar??(Nego enquanto seus olhos penetram os meus com mais força ainda)..

-Mais eu não sou índia...(Sorrio amarelo fugindo do seu aperto)..Nós somos diferentes e só podemos fazer algo assim quando não há lua ou quando não há estrelas no céu..(Napay se aproxima até a entrada checando o céu estrelado..)..

-É bom que não seja mentira,(Sua voz sai com tom de ameaça),ou irei te ter na frente de toda a tribo...(Engulo em seco concordando e rezando para que as estrelas voltem todas as noites e a lua seja minguante por um bom tempo)..

Deuses,sou eu denovo...

Boa leitura❤

Na sombra do índio..Onde histórias criam vida. Descubra agora