Sabe quando você começa a ter sentimentos extraordinários? Tipo quando você gosta de alguém e começa a ter aqueles sentimentos como nervosismo, ansiedade, borboletas gigantes fazendo cambalhotas no seu estômago, ou como a mão da gente fica suando se...
Eu não sei o que está acontecendo com a Keels, mas sinto que ela não está bem, e percebi isso apenas com as mensagens dela, por esse motivo inventei que estava entediada, na realidade já tinha aceitado que talvez não faríamos nada hoje, mas quando percebi a forma como ela estava me respondendo senti que precisava tirar ela de casa, e talvez tentar anima-la ou caso ela queira, ouvi-la também.
Ela ainda não chegou aqui, mas estou nervosa, não sei o que pode ter acontecido, mas tenho quase certeza que foi por conta da "reunião" com a mãe dela, ou seja, pode ser algo seríssimo, e agradeço muito por mesmo assim ela querer me ver.
- Oi, está esperando por muito tempo?- Keelsey me assusta chegando por trás, é nítido que algo aconteceu pois geralmente ela já chega me abraçando, e agora não fez isso.
- Não, cheguei tem alguns minutos apenas.- digo enquanto me levando para comprimenta-la direito, quando nos sentamos eu pergunto: - Qual o seu sabor favorito?- apenas por que ainda não sei como devo agir agora que ela pode estar sensível.
- Morango, mas sempre estou aberta a novas opções, então vamos lá ver o que eles tem?- diz apontando para dentro da sorveteria.
Apesar do clima tenso inicial o restante do encontro segue normal, e a nuvem que ela tinha no inicio foi se dissipando.
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- O próximo show vai ser essa quinta-feira, você vai conseguir ir?- pergunta Keelsey olhando para mim, estou levando ela em casa, já que esta um pouco tarde. A pergunta é meio sem sentido no inicio, já que é obvio que eu vou de qualquer jeito, ela é muito linda no palco, não perderia a oportunidade de vê-la, mas depois eu entendo a pergunta, na quinta eu tenho um jogo.
- Vou, mesmo que alguém quebre a minha canela no jogo. - digo vendo ela rir, por que é verdade e também não tem por que mais eu ficar tentando esconder o quão gada eu sou por essa garota.
- Você é muito linda cara, ainda fico de boca aberta com isso. - diz olhando para todo meu rosto e me sinto corar, ao mesmo tempo em que meu coração acelera.
- Dá licença? Para que fazer isso comigo agora? Como vou me controlar e não te encher de beijinho aqui no meio da rua? - eu sei, bem gay, mas é o que eu sinto toda vez em que ela é fofa assim, não dá para controlar.
- Que tal, ao invés de você ir embora direto, você subir comigo, e jantar na minha casa?- pergunta eu sei que deveria ir embora, mas não quero, então decido aceitar.
- Tudo bem, só tenho que avisar a minha mãe.
Não quero deixar ela sozinha, as poucas vezes que sai do lado dela, ou que ficamos um tempinho sem falar nada eu percebi que a mente dela viajou para locais que aparentemente não são bons. E não suporto ve-la assim, já que sempre foi uma garota incrivelmente alto astral, engraçada, e não que eu não queira ver ela assim, mas enquanto ela que pelo visto ainda não quer conversar sobre o que aconteceu, eu quero que ela fique bem, e quando ela quiser conversar eu com certeza estarei aqui, mesmo se ela quiser chorar, e olha que eu sempre entro em desespero quando alguém começa a chorar..
