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Pov's S/n

Acordei com o brilho do sol entrando pela fresta da cortina. Me espreguiço ainda deitada e me sento.

Hoje eu teria aula, na verdade meu primeiro dia de aula nesse lugar até então desconhecido por mim.

Me esgueirei para fora da cama e caminhei até a porta, olhei pelo o corredor que estava silencioso, então considerei que minha mãe já estivesse de pé a horas e já teria tomado café. Mas me recusei a procurar um relógio, simples, deixei a preguiça me consumir.

Após fazer toda minha higiene matinal e tomar um banho, me vesti e finalmente fui para a cozinha.

Como ainda não conhecia totalmente o apartamento, segui para onde deduzi ser a cozinha e lá encontrei a minha mãe ainda tomando seu café com.. um balde do lado?

— Bom dia.. para que esse balde? — pergunto me sentando a mesa. — Espera, ia mesmo jogar água em mim?

— Um minuto, você acordou cedo? Acho que vai chover. — ela disse se levantando e levando o balde junto.

— Mãe! Você não me respondeu.

— Olha só a hora! Anda, pega suas coisas, a S/a logo vai chegar. — olho para ela com cara de paisagem — Tá esperando o que? — ela disse dando as costas e saindo da cozinha.

— Você quem manda. Espera.. quem? — pergunto a mim mesma e logo depois ouço a campainha tocar.

Minha mãe provavelmente foi atender a porta, então eu peguei uma maçã, subi para o meu quarto novamente, peguei meus materiais e logo desci, encontrando minha mãe conversando com alguém na sala.

— Ah, aí está você. Vamos logo, senão vamos nos atrasar. — ela deve ser minha melhor amiga, pelo que minha mãe disse, a S/a. Vi algumas fotos dela no meu telefone, não só delas como também de outras pessoas, provavelmente da escola.

— Ah.. sim, vamos.

Preciso agir de maneira natural. Pelo que eu entendi, estou no corpo de uma garota dos anos 2000, que gosta de Tokio Hotel e é bem social com a escola.

— Tchau tia, foi bom te ver. — S/a se despede e sai pela porta.

— Até mais tarde, mãe.

Saímos do prédio e andamos até o ponto de ônibus.

— Então, como foi o show? Você não me contou. Ainda estou puta dos meu pais não terem me deixado ir. — S/a perguntou após chegarmos no ponto.

Anda, haja de maneira natural.

— Se eu te contasse não acreditaria. — digo lhe lançando um sorriso.

— O quê?

— Me chamaram pra subir no palco.

Seus lábios se tornaram uma linha e logo ela desabou a gargalhar.

— Tá bom. — Continuou rindo — Tá, agora conta a verdade.

— Mas é a verdade.

— E eu sou a rainha da Inglaterra.

Mal sabe ela que a rainha Elizabeth foi a nova contratação do Vasco.

— Tá falando sério? — S/a cessa o riso, percebendo minha seriedade.

— Sim, ainda dei aulas para o Tom.

— Aí você já está fugindo da realidade, S/n. — ela diz fazendo sinal para o ônibus parar.

— Olha só, eu vou provar que estou falando a verdade. — digo cruzando os braços.

illusions | Tom kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora