Eu quero ele

65 12 3
                                    

O salão principal da família Mercer era imponente, com altas colunas que se estendiam do chão ao teto, dando a impressão de que o teto estava flutuando no ar. O chão de mármore preto e branco estava perfeitamente polido, refletindo a luz que entrava pelas janelas altas. Atrás do trono, dois vórtices se encontravam em um símbolo brilhante, representando a união das forças da natureza.

Ao longo das paredes, havia tapeçarias com imagens de batalhas lendárias e conquistas passadas da família Mercer. Os móveis eram luxuosos, feitos de madeiras nobres com estofamento de veludo vermelho escuro. Grandes candelabros de cristal pendiam do teto e emitiam uma luz suave, criando uma atmosfera de sofisticação e elegância.

Darya estava sentada em uma das poltronas, próxima ao trono, com as pernas cruzadas. Ela olhava ao redor do salão com um pouco de apreensão. mesmo ela, que cresceu neste ambiente luxuoso, não conseguia se acostumar com toda aquela pompa e circunstância.

O pai de Darya entrou na sala com passos pesados, sua aura assustadora fazia com que todos ficassem em silêncio e abaixassem a cabeça em sinal de respeito. Ele encarou Darya em silêncio por alguns segundos, como se estivesse procurando algo nela. Na perspectiva de Darya, ela sentiu como se ele estivesse analisando sua força, mas na realidade, ele estava preocupado com o bem-estar dela, observando se ela parecia bem e saudável.

Ele era majestoso e cruel, com cabelos longos e brancos que desciam até a cintura, e pele negra como todos os membros da família Mercer. Seus olhos eram frios e calculistas, e sua postura era imponente, como a de um rei que governa com punho de ferro. Ele caminhou até o trono e se sentou, sem dizer uma palavra.

Darya o encarou, tentando ler a expressão em seu rosto, mas como sempre, ele mantinha uma máscara de indiferença. Ela se levantou e se aproximou dele com uma reverência, como era esperado de sua posição como filha do líder da família Mercer.

"Meu pai", disse ela, com um tom respeitoso. "Fico feliz em vê-lo novamente."

Ele simplesmente acenou com a cabeça, sem dizer nada. Darya sentiu um arrepio percorrer sua espinha, como se estivesse diante de um monstro imprevisível.

"Quem ousou atacar minha filha?" A voz do demônio branco ecoou pelo salão, agora repleto de anciãos da família Mercer que se escondiam atrás do trono. Um silêncio mortal seguiu-se ao seu grito, enquanto todos olhavam um para o outro, com medo de falar.

O demônio branco começou a exalar sua energia, em uma exibição de poder avassaladora, sua presença parecia aumentar em cada instante. Ainda assim, o povo continuava em silêncio, temendo as consequências de responder.

"Nenhum de vocês sabem!?" O pai de Darya soltou um rosnado baixo e ameaçador que ecoou pelo salão, deixando todos os presentes tensos. Era evidente que algo muito grave estava acontecendo.

Darya levantou o olhar e olhou diretamente para o pai. "Não é que eles não saibam, é que não podem falar", disse ela em um tom firme e determinado. Todos os anciãos presentes pareciam segurar a respiração.

O pai de Darya pareceu notar algo na expressão da filha e decidiu dar a ela a chance de continuar. Ele afrouxou o punho e fez um sinal para que ela prosseguisse.

"Foi meu irmão, Vlad, quem tentou me matar", disse Darya em voz baixa, mas clara.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, a expressão em seu rosto tensa enquanto tentava processar o que a filha havia acabado de dizer.

"Qual o erro você acha que ele cometeu?" Ele perguntou, sua voz baixa e perigosa, como um sinal de alerta.

Darya sentiu um calafrio percorrer sua espinha, mas manteve sua compostura. Ela sabia que precisava responder honestamente se quisesse manter a confiança de seu pai.

Transmigrado no Romance RivalOnde histórias criam vida. Descubra agora