- O pedido que você fez não foi mal intencionado. A única pessoa que me dá azar sou eu mesmo. Eu me machuquei sozinho e eu escolhi a namorada que tenho, ou tinha... - pausou afastando-a segurando pelos ombros - O que o seu pedido fez foi te deixar perto de mim. E até agora você só tem cuidado de mim. Em contrapartida, eu causei essas feridas em você ao te fazer um alvo. - segurou seu rosto com a mão direita e acariciou os machucados levemente com o dedão. - Eu deveria ter previsto isso e cuidado de você como um príncipe de verdade deve fazer.- Ele fechou o outros punho e amassou o lençol.
-Não fica assim, ficar nervoso não muda nada. - ela tenta consolá-lo. Tocou em sua mão e ele a relaxou.
-O que mais me dói é ainda gostar da Maria… Sou ruim em tantas coisas... Fracassei como príncipe: me tornei um fracote que não consegue se defender e defender pessoas como você e perdi minha princesa.
- Não acho que você seja tão mau.
- Não minta. Você mais do que ninguém tem o direito de me odiar. Minha namorada fez isso com você.
-Você mesmo observou que gaguejo quando minto. E você não é culpado por gostar da Maria, é muito menos os erros dela ou decisões dizem a seu respeito tanto quanto você pensa.
-É… - respondeu seco. - Talvez você só seja ingênua mesmo.
-Mais um dos meus defeitos… - ela comentou desanimada.
-Não é um defeito. - Eles se olharam por alguns segundos e os olhos dela brilharam de um jeito mágico que ele não sabia descrever. Parecia aquele momento do sonho que precedeu o beijo ao pôr do sol. Ele logo olhou para os lábios da garota. Ele engoliu em seco e sentiu o rosto quente por pensar no que poderia acontecer se o sonho mais recente fosse real.
- Então obrigada. - pausou e ajeitou a postura se levantando.
- Vai pra aula desse jeito?
-Deplorável, né? - ela forçou um sorriso, mas ele continuou sério.
- Fica aqui por algum tempo. Posso falar com o diretor que 3 horas não tem sido o suficiente e que temos desmaiado mesmo assim.
- Não sei se ele cai nessa... Mas por outro lado, acha que eu melhoro desses hematomas rápido? Você sabe mais do que eu de brigas. Seria uma boa esperar ficar menos pior mesmo.
- Vai melhorar mais rápido do que eu. - ele sorri fraco e aponta para seu curativo novo. De repente Hermione volta a olhar seus músculos. Ele estava sem camisa apenas com uma faixa tapando o abdômen e o tórax. Se lembrou por um segundo que o abraçou nesse estado.
- A curandeira te disse algo? - ela tentou sair do transe.
- Que estou Melhorando milagrosamente rápido esse mês. Ontem ela disse que está começando a cicatrizar. Depois daquele incidente da convulsão eu tive uma melhora enorme. E pra falar a verdade hoje estou muito melhor do que ontem.
- Que bom. - ela fala pensativa analisando o rapaz - uma pergunta: se você ficar bom rápido… a Maria…?
- Não vou voltar com ela. Nunca vou perdoá-la pela humilhação que me fez passar... E também pelo que ela te fez e faz desde sempre. - ele diz com um grande rancor.
(...)
Naquela semana Tedros e Hermione conversaram todos os dias. Comiam juntos, estudavam juntos e assistiam TV juntos graças ao diretor que permitiu que ela faltasse as aulas. Ela nunca tiveram um amigo antes e estava animada. Não esperava que ele se apaixonasse por ela, mas o meio termo entre amor e ódio era um destino como sua amiga. E isso parecia perfeito.
- Pode aumentar o volume da tv? - Tedros pede e Hermione usa o controle.
Estava passando uma reportagem onde aparecia Maria junto ao noivo Daniel.
-Então? - Hermione fala assim que tedros termina de assistir.
-Estou digerindo… - ela suspira preocupada.
No dia seguinte, Hermione apareceu no quarto de tedros no horário de costume, mas não o encontrou na cama dormindo. Ele estava sentado no sofá tomando o café da manhã.
-A curandeira liberou ficar andando sozinho? - Ele sorriu.
-Virou minha enfermeira? - ela sorriu.
-Hoje é sábado. - ela iniciou outro assunto. - Segunda-feira acabam minhas "férias"... Mas ainda estou com medo, tenho que admitir.
-Pede mais uma semana para o diretor. Você deixa esse lugar menos chato... E não queria ficar preocupado com você. - disse ele.
-Não posso faltar às aulas assim.
-Eu estou faltando e está tudo bem. Pensei em certo momento: Sim, me machuquei... mas todo conteúdo que estão dando não passa de revisão. Sabemos etiqueta, política, línguas, etc… estamos prontos para ser reis e rainhas, não acha? Tudo que estamos vendo são coisas que sabemos desde crianças.
Ela pensou antes de responder....
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Fada do banheiro e a maldição do felizes para sempre
RomanceA Fada lançou uma maldição e agora o príncipe mais bonito da escola real está fadado à amar a princesa zoada. Sobre o livro: História curta sem "voltas" e com clichê leve. Começa com "era uma vez" e termina comportado no "felizes para sempre".