Meu Devoto: A nova era do caos

IV

O grito de Gallathea era agudo e foi rápido, algo repentino. Dessa vez era certeza, o braço de Gallathea ardeu muito, isso indica que Chiymerah estava realmente despertando Viggn, como costumam chamar esse tipo de marca.

Isso trata-se de algo quase hereditário. Quando as profetisas já enxergam o futuro hospedeiro, todos de Sellena ficam atentos na marca, pois a única e a mais fácil marca capaz de saber assim que nasce, é a dos caçadores, a de Chiymerah, que ainda está mantida em segredo. É normal a mãe da futura caçadora também ter sensibilidade à marca, pois tem o controle da filha. A criança já nasce com esse destino parcial, em busca de saber quem é o hospedeiro da maldição, isso sem se descontrolar.

Há anos que os exércitos de todos os impérios já estão sendo organizados, isso pois a Profetisa Linoe, de Sibilla já tinha visto para as próximas décadas.
As cidades andam em poucos comércios, mesmo nos maiores mercados de Gorat, de Norte a Sul.
Quando aparentam estar calmos quanto isso, apenas mantêm aparências. Afinal, é importante o seu povo não estar preocupado com isso... Né?

As muralhas de Ayrae são fechadas, os comércios fechados e, por sorte, Sibilla é tão farta, que sobre isso quase nunca falta, só desandando, como agora.

Era por conta disso que acreditavam que Chiymerah estava viva, no caso, seus pais. Pois é quase impossível nessas alturas.
Mas essa é a questão, sabem da caçadora, mas não sabem da presa...
Bom, apenas seus pais, e agora Ameriati e Yakiha, além de Nyhara.

Se resistindo, Gallathea decide não ir, não queria discutir com a filha. E nem poderia sair de Sibilla.

O centésimo ano desde a última era já está se aproximando, deixar algum império sem vigilância na base central é a maior burrice.

Nem comentam nada com Iozer e muito menos Saamei. Estavam fazendo algumas visitas à algumas plantações nas redondezas, está faltando água em algumas regiões. Então nem dava.

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Sentada no chão, cabeça apoiada na cama e de olhos fechados, Adazra segura a mão de sua filha enquanto dorme, sem sair do lado dela para nada.

Em outro quarto, Nyomu recupera as memórias que na hora não estavam nítidas. Observando da cabeça aos pés todos no quarto. Olhando meio torto e se perdendo em pensamentos inexistentes, capta novamente que meio que está apreensivo naquele quarto com uma energia pesada, muito pesada, 5 pessoas que o olha com um certo... Desprezo? Querendo entender onde estava, já que mencionou o nome de Yakiha, mas não o viu. Ele realmente não estava lembrando de nada mais.

Com Yakiha, vê que a pulsação e respiração dela está desbalanceada, uma hora muito lenta e na outra muito rápido. Poucos minutos depois vê a marca se alastrando novamente, agora com iluminação, dava para ver melhor.
Yakiha não está a pensar muito, mas talvez estivesse preocupado com ela. Estava preocupado com ela e com ele mesmo, a marca só apareceu quando ele está perto, já tinha percebido antes. De tanta tensão, a uma dor de cabeça vem novamente, doendo as vistas pois estava há dias sem dormir, faz com que a cabeça dele caia na cama e adormeça segurando a mão dela.

Não era o melhor momento para dormir. Se soubesse a surpresa que o esperava, talvez quisesse nunca mais dormir... Não perto dela. O que é bem improvável.
Mal sabe o risco que corre quando está com ela, sentido o sangue dela ferver e seus pensamentos se congelarem. Toda e qualquer emoção a ela, por mais inocente que pudesse ser, que com certeza não seria mais, viraria uma catástrofe.