VII

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Chiymerah

Minha marca em instantes começa a fazer uma espécie de descarga, meu corpo não aguenta muito e então eu acabo ficando paralisada, sentada no chão.

Meu campo de visão começa a distorcer, e do nada eu sinto algo perfurar a minha barriga.

Passo alguns minutos sem reação.

Com meu corpo dolorido, mas já anestesiado pela quantidade de sangue foi expelida, meu olhos se arregalam e busco ar em vão. Minhas pernas trêmulas finalmente sentem o toque do chão gélido e meus braços se flexionam na intenção de se sustentar, mas a única coisa que resta na grande arena é a tempestade aumentando gradativamente. Aos poucos minha cabeça tô tonteia sem der ideia de quanto tempo eu estou em pânico, e lentamente minha visão desaparece junto de meus reais pensamentos. Recapitulando o que poderia ter acontecido, livro minhas mãos já sensíveis até minhas pernas, nas quais parecem não aguentar meu peso. Sentindo mais e mais sangue, a enxurrada ativa instantáneamente o sentimento de frenesi. Minhas mãos percorrem até meu abdômen, sacando a faca que estava cravada ali. Neste momento, parece que minha alma sai do corpo e me observa do lado de fora.

Me sinto mais leve, mais resistente.

Respirando fundo, e a primeira coisa que faço é procurar ele. Eu ainda não terminei de quebrar a cara dele.

Ando até o centro da arena, olhando o redor e procuro cada local, ignorando qualquer tipo de dor que eu pudesse sentir.

Me segurando para não fazer essa floresta queimar como o inferno.

Depois de quase uma hora procurando, acho ele sentado em um pedra, quieto, sem reação, paria até mesmo estar morto.

Aos poucos seu rosto começa a mudar, começo a enxergar Amantia. Seus olhos marejados e seu sorriso puro, suja de sangue por toda a parte. Eu estendo meus braços, não sei o que queria, mas no mesmo momento seu pescoço é cortado. Se desmanchando.

Era mais uma ilusão.

Eu fui um pouco impulsiva.

Eu deveria ter calculado as coisas de uma forma melhor. Mas...

Chiymerah corre em direção ao palácio. Em desespero, vendo que Amantia podia estar em grave problema.

Chegando perto do portão, ela desmaia. Quase caindo no chão, e segurada novamente por Yakiha, pegando o corpo dela e levando até a parte de dentro.

O corpo dele parecia ter queimaduras por todo o lado, de cabeça baixa, roupa encharcada e calado leva ela até a parte de dentro.

Adazra corre até o filho, mas Ameriati segura o braço dela, impedindo que ela fosse até ele. Ele passa direto, desviando das pessoas no caminho e levando ela até seu quarto, deitando ela cuidadosamente.

Ela logo acorda... Com amnésia.

- O que aconteceu? - Entra em um curto desespero, levanta com rapidez, expressa dor e deita.

- Eu também não sei. E Não se esforça, por favor. - Desânimo nas palavras.
- Também não sei.

- Por que você está todo queimado?? - Questiona com uma expressão bem indignada.

Meu Devoto: A nova era do caos Onde histórias criam vida. Descubra agora