Mistério da Turma 101

Finalmente Livre.

Disclaimer:

O capítulo a seguir pode incluir temas sensíveis para algumas pessoas, como Abuso, Traumas, etc. Se algum desses tópicos lhe traz ansiedade ou gatilhos, considere interromper sua leitura por aqui, ou se preferir, leia em algum momento em que se sinta mais capaz de lidar com essas questões.

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"Ontem conheci o novato, um rapaz bonito transferido do lado sul da cidade, ele automaticamente entrou pra equipe de futebol, acredite, ele é muito bom. Ele entrou na sala e começou a puxar assunto, sobre a escola e coisas do tipo, quando dei por mim, já estávamos bem próximos. Íamos as aulas juntos, eu ia assistir os seus treinos, estranhamente o time tinha deixado de me chatear, enquanto estávamos juntos, eu me perdia naqueles olhos azuis, que contrastavam com o cabelo alaranjado e a pele alva com várias sardas no rosto eram as minhas fraquezas. Eu estava me apaixonando. Ele sorria e meu mundo sumia e eu era transportado para um lugar de êxtase. Cheguei a fazer duas pulseiras coloridas, a vermelha eu dei pra ele e fiquei com a azul, simbolizava a nossa amizade, por mais que eu quisesse muito mais que isso. O lance era que o seu jeito misterioso de ser acabou me fisgando de um jeito que eu nunca pensei que fosse acontecer. Estou aqui escrevendo com um sorriso bobo no rosto, pois constato agora que estou apaixonado por Joddy Truck."

Alex suspira folheando mais o diário, sobre olhares afoitos de Taro, com a lanterna em uma mão e o celular na outra, ligando para Melissa "Olá diário, descobri que tudo era uma tremenda piada do time. Jorddy apostou com eles que conseguia me expor e me humilhar na frente de toda a escola e bem, ele conseguiu. Sabe o que ele fez? Espalhou fotos minhas sem roupa, de quando fui na casa dele, era tudo um trote. Um maldito trote e agora todo mundo enche o meu saco."

Mais algumas páginas à frente: "hoje encontrei um lugar secreto na escola, acho que é algum tipo de quarto do pânico ou sei lá, foi um achado ótimo pra mim, pois agora posso ter meu momento só, sem nenhum desses seres humanos repulsivos que me rodeiam na escola, também posso me esconder da gangue do Jorddy, realmente não sei por que ele me odeia, Será porque eu sou... Diferente? É deve ser, ontem eles me deram outra surra, eu contei pro diretor, péssima ideia e ainda nada fizeram com aqueles idiotas... A partir de hoje, esse será meu lugar sagrado" "... hoje eles passaram do limite, eu explodi e dei um soco nele, ah, foi um soco bem dado, mas desde então eu vivo me escondendo deles, se me encontrarem, do jeito que Jorddy tá com raiva, ele pode até me matar." 

— Até que enfim! — O asiático ouve do outro lado da linha. — Vocês estão bem?

— Oi Mel, estamos aqui na escola, achamos o diário do Yan, o que devemos fazer?

— Isso é bom, de acordo com o que a Debora disse, vocês tem que queimar esse diário para que o espirito descanse.

— Queimar? — Taro lança um olhar para o loiro que ainda lia atentamente. — Isso funcionará?

— Esse é o diário dele, é pessoal e íntimo, fonte direta da ligação do Yan com esse plano. Temos que destruí-lo.

— Entendi...

— Assim que ele for destruído, as nossas tormentas terminam. — A voz da loira soa mais baixa e rouca.

— Entendi... — Ele diz se aproximando de Alex. — Mano, temos que queimar.

— Queimar? — O loiro fecha o objeto e suspira, pegando um isqueiro do bolso. — Mel na linha?

— Sim...

— Conta pra ela... — Ele diz, referindo-se ao que aconteceu com Yan. O outro se afasta enquanto Alex se encarrega de queimar o livro, ali mesmo, sem muita cerimônia.