Um olhar para o futuro.

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Alex está pasmo com o que viu, não acreditava que ainda existisse outro espirito ali. Taro então se aproxima do banheiro e faz menção de abrir a porta. O loiro se aproxima devagar, ele então a abre. Uma lágrima escorre no rosto de Alex que dá um passo para trás com a visão.

— Que merda... — Taro suspira, Danilo está no chão com um grande rasgo no peito que vai até a barriga, o sangue tomou conta do banheiro. Alex se senta como um menino indefeso, está chorando. O japonês se aproxima devagar.

— Alex... Eu sinto muito... — Foi a única coisa que conseguiu dizer, abaixando-se o abraçando.

— Porque isso aconteceu? Eu queimei o diário, eu vi que fez efeito...

— Não foi o Yan... — Debora está escorada na porta, de braços cruzados e expressão vazia.

— Porra... Por um momento eu pensei que tinha acabado, que nossos pesadelos poderiam ter tido um fim, mas... Cadê a minha irmã... Droga, Mel... — Alex para um pouco para pensar. Taro está com lágrimas nos olhos. — Deveríamos ter juntado as peças mais cedo, o fantasma que apareceu pra nós, não era o mesmo que atacou Danilo e Mel e não é o mesmo que matou a Domino... Fomos tão estúpidos!

— Hey! — Debora se separa da porta. — Pare de choramingar ai no chão, ainda temos muito o que fazer!

— Então tem mesmo mais um espírito pra destruirmos... — Taro comenta lançando o olha para a porta do banheiro, aberta.

— Como vamos encontrar a minha irmã? — Alex tenta pôr um fim no choro e se recompor. – Debora?

— Ela estava aqui nesse instante! — Taro se aproxima da porta e a mulher entra com rapidez o assustando, com um mapa e uma escova de pentear da Melissa na mão, ela se abaixa.

— Vou precisar da ajuda de vocês. — Ela diz arrumando o mapa no chão, pegando um fio de cabelo loiro da escova e entregando uma faca para Alex.

— O que está fazendo?

— Vou precisar de seu sangue. — Ela diz séria.

— O quê? — Taro se impõe. — Você por acaso está fazendo um feitiço vudu ou sei lá o quê?

— Se você quiser recuperar a sua irmã, terá que confiar em mim, Alex! — Ela diz o encarando firmemente, ignorando o que o japonês falou.

— Quer que eu me corte? — Ele questiona, apenas para ter a certeza.

— Qual é, Debora, se quer sangue, lá no banheiro tem ao monte.

— Estou fazendo um feitiço de localização, idiota, preciso do mesmo sangue que corre nas veias da Melissa! — Ela grita, fazendo-o recuar. O loiro não pensa mais, apenas abre um corte em sua mão, gemendo de dor, Debora dá o fio do cabelo para ele segurar enquanto repete algumas frases em sussurro.

Alex lança um olhar para o amigo que tem seu coração apertado pela cena. Era como se o loiro estivesse sem chão, a ponto de ser capaz de fazer qualquer coisa para recuperar a irmã. Debora posiciona a mão do loiro em cima do mapa, forçando o sangue cair e manchá-lo, ainda sussurrando, de olhos fechados. Os olhos dos rapazes se encontravam em uma confusão misturada com nervosismo e medo, Alex franze o cenho ao ver o sangue se movimentar pelo papel.

— Você está vendo isso? — Taro questiona se aproximando, tomado pela surpresa. O líquido vermelho então forma um círculo em volta de um lugar bem específico no mapa. O loiro, na mesma hora entendeu.

— Maldição. Eu já sei aonde Mel está. — Ele se levanta com pressa, Taro lhe entrega curativos pegos no banheiro. — Ele a levou para a casa onde mataram o Yan.

Mistério da Turma 101Onde histórias criam vida. Descubra agora