6 | Jimin precisa descansar, mas tem coisa melhor a fazer

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se você acha que pode me salvar, me derrubar e me domar, aqui está sua chance de fazer algum dano

Junseo já deixou a casa e antes de ir, disse que deveríamos usar camisinha caso fôssemos fazer alguma coisa fora do quarto, pois mesmo limpando, o olfato de um ômega é apurado demais e ele não queria sentir o cheiro quando voltasse para casa.

Como pode gostar de me tirar do sério assim? Sim, vou deixá-lo na porta de Soyeon. Mas tem um ponto, o olfato de um ômega é fora de série.

E fiquei roxo de vergonha quando explanou que havia dito o mesmo para Jungkook, e que a reação dele foi quase cair no chão de tanto rir, após deixar um peteleco na testa da criatura mais para a frente do mundo, vulgo, meu filho. Também me contou que ameaçou o pobre amigo, afirmando que arrancaria as bolas dele com um alicate de unha, caso me fizesse sofrer.

Falando em Jungkook, quando o chamei para sair, usando o ramal de casa, sim, existem telefones espalhados por aí para conversas internas; morar em uma mansão é isso, prontamente aceitou, mas avisou que iriamos comer antes e que cozinharia para mim. Expôs que perguntou ao Jun qual era meu prato favorito e me deu um horário para chegar, deixando bem claro que eu não devia aparecer antes, visando não estragar a surpresa.

Quando apareci, seu cheiro de banho recém-tomado estava bem forte, e o analisando de costas, não soube o que queria comer primeiro... Enfim, cá estamos comendo cachorro-quente, o melhor que já experimentei, diga-se de passagem.

— Está gostoso, senhor Park? — pergunta, após me ver revirar os olhos.

Acionando o senhor Park, sabendo o que isso faz comigo, enquanto me olha cheio de fome. Não dá um ponto sem nó. Um exímio canalha usando e abusando desse tom de voz, que atiça tanto a mim, quanto a meu lobo, e que me faz querer desprender feromônios o suficiente para vê-lo sufocando, para fazê-lo choramingar ao implorar para ter meu corpo junto ao dele.

Oh, sim! Quero esse rosto lindo bem próximo ao meu enquanto ele, rebolando em meu colo, chama meu nome baixinho e pergunta se está gostoso, se referindo a outra coisa.

Oh, como eu quero!

— Acabei de ter um orgasmo culinário, garoto! Estou extasiado com a junção de sabores, eu poderia comer isso diariamente — confesso, e chupo meu dedão que se sujou com o molho. É, meus modos foram para os ares na primeira mordida.

— Poderia repetir o elogio? Quero gravar para poder ouvir todos os dias antes de dormir — pede com a voz baixa e aveludada.

Sinto que está armando um cerco, sinto não, meu lobo está sinalizando que é isso.

Céus, chega a ser errado o quanto adoro quando ele come pelas beiradas, arma acampamento ao redor da minha existência, marca território sutilmente. Um ser humano ardiloso e perigoso, que me faz esfregar as pernas tamanha vontade de tê-lo para mim, aqui e agora, sobre essa mesa.

Tudo é sempre demasiadamente intenso, mas hoje a sensação é quase sufocante. Se continuarmos nesse ritmo, tudo o que estiver sobre esse móvel vai ao encontro do chão em poucos segundos.

Afasto o prato, meus braços cruzados sobre a mesa, o corpo se projetando gradualmente para frente.

— O que preciso fazer para você cozinhar todos os dias para mim? Para me dar o prazer de sentir sobre a minha língua, o gosto do quão incrível você pode ser com as mãos?

Descompassado. Seu coração se embolou e o ar não atingiu as narinas corretamente. Por um nanosegundo pude sentir que iria liberar feromônios, mas conseguiu controlar seu lobo, que está agitado e agitando o meu.

ALPHA  • pjm + jjk • aboOnde histórias criam vida. Descubra agora