Em que Adrien Agreste é apaixonado por Marinette e seus olhos azuis como um oceano.
"No fair
You really know how to make me cry when you give me those ocean eyes."
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"No fair You really know how to make me cry when you give me those ocean eyes."
Pelo que pareceu ser a vigésima vez (porém havia sido a quarta), Marinette encarou a tela do celular. Nenhuma notificação havia chegado, não aquela que ela queria. Debruçada na grade da sacada do hotel, ela respirou fundo.
Ele não iria.
Ela sabia disso.
Assim como sabia que não poderia cobrar a presença dele. Como cobraria? Não tinham nada, não eram nada além de ficantes, ou nem mesmo ficantes. Claro, talvez fossem amigos, mas nada que fosse para uma esfera romântica.
E por isso, Marinette desconsiderou ligar para ele.
Ligar pareceu, de certa forma, uma pequena humilhação. Seu pedido de pelo menos uma resposta pareceria estar buscando satisfações que ele não havia dado a ela. Ele nunca havia aceitado acompanhá-la e perguntar (ou dizer que estava o esperando) parecia intrusivo demais, parecia pedir demais, pedir migalhas de uma atenção ou um compromisso que não tinham.
Dessa forma, ela somente respirou fundo. Desviou o olhar do celular para a copa da árvore próxima à pequena varanda e meneou a cabeça. Ela não sabia, ao certo, o que ainda a estava mantendo ali. Ela poderia ir embora para sua casa.
Mas a resposta para sua pergunta veio em forma de um perfume masculino que ela conhecia. O frescor do perfume a fez suspirar baixinho antes de virar o corpo e encará-lo.
Afinal, Adrien Agreste estava parado perto da porta, encostado no vidro com todo seu jeito calmo e um pouco sério. A seriedade, porém, abandonou-o quando ele a olhou, encarando-a de maneira amiga.
— Ele não vem?
A pergunta dele a fez desviar o olhar por um momento. O que deveria dizer? Deveria ser grosseira e dizer que era algo que definitivamente não o interessava? Deveria somente sair andando sem dizer qualquer coisa?
Não, ela sabia que não, pois Adrien perguntava sem qualquer soberba no tom de voz, sem qualquer arrogância ou forma de querer diminuí-la. Ele perguntava de um modo singelo, de um modo que um amigo perguntaria.
— Bem capaz que não. — Marinette respondeu, lançando o celular dentro da bolsa. — Ele deve estar ocupado.
Com outra. Completou em pensamento. Queria sentir ciúmes ou traída, mas não. Estava indiferente. Ela não sentia nada romântico que a pudesse sentir ciúmes de Luka. Talvez estivesse chateada, mas com o fato dele não ter a avisado que não iria, mas novamente ele não havia dado certeza.
