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EMILLY

Acordei cedo, tomei um banho rápido e me arrumei para o dia. Enquanto terminava, ouvi batidas na porta.

Quando abri, encontrei uma caixa. Peguei-a, curiosa, e voltei para o quarto. Assim que abri, vi uma camisa do Brasil com o número 9 e o nome Richarlison estampado. Havia também um bilhete:

“Para a garota mais gata desse hotel.
Ass: Pombo”

Sorri involuntariamente. Ele sabia como me deixar sem palavras. Decidi na hora: ia usar a camisa hoje no jogo.

Depois de me arrumar, desci para tomar café. Assim que cheguei, ouvi aquela voz inconfundível.

— Olha como tá gatinha... Recebeu meu presente? — perguntou Richarlison, surgindo ao meu lado com um sorriso maroto.

— Recebi, e vou usar hoje no jogo — respondi, tentando esconder o quanto meu coração estava acelerado.

De repente, ele me prendeu contra a parede, colocando as mãos na minha cintura.

— Prometo fazer um gol pra você — disse ele, antes de deixar um beijo leve no meu pescoço.

Minhas pernas ficaram bambas, mas consegui responder:

— Tá bom, e eu vou estar lá torcendo pelo jogador mais gatinho.

Ele sorriu e, antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, me puxou para um beijo. Foi calmo, delicado e cheio de significado. Quando nos afastamos, ainda trocamos alguns selinhos, como se fosse difícil nos separar.

— Acho bom mesmo. Agora eu preciso ir, morena. Vou pegar minha mochila para o treino. Se os meninos nos verem assim, já era — disse ele, ainda com as mãos na minha cintura.

— Tá bom. Tchau, Richa. Boa sorte. Te vejo lá — respondi, dando um selinho rápido antes dele sair.

Assim que ele foi embora, fiquei parada por um momento, tentando processar o que tinha acabado de acontecer.

No corredor, vi Pedro saindo do elevador.

— Olha só a flamenguista mais linda de todas! Que foi? Tá com essa cara por quê? — perguntou ele, com aquele jeito brincalhão de sempre.

— Nada, só tive um sonho bom... — menti, mas não consegui segurar o sorriso.

Passei a manhã com Duda, Lia, Luiza e Elly. Ficamos conversando até que Lia, sempre direta, soltou:

— Então, Emi, a gente já sabe que você gosta do Pombo. Como estão as coisas? — perguntou, rindo.

— Ele me beijou hoje — confessei, fazendo todas gritarem de alegria. — E me deu uma camisa dele pra usar no jogo.

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À tarde, me arrumei: calça jeans e a camisa que Richarlison me deu. Chegamos ao estádio um pouco atrasadas, e o jogo já tinha começado. O primeiro tempo terminou 0x0.

Pelo jeito do Richarlison, dava para ver que ele estava nervoso. Então, peguei meu crachá e fui até a área dos jogadores. O segurança me deixou entrar.

— Richa, se você fizer um gol, eu faço a dança do pombo no meio do hotel e... passo a noite com você — provoquei, dando um selinho nele.

Ele sorriu daquele jeito que só ele tem.

— Pode deixar, morena. Vou fazer esse gol por você.

ELLY

Eu estava assistindo o jogo com Neymar. Ele parecia concentrado em algo no pé, mas também prestava atenção no jogo.

Quando o segundo tempo começou, finalmente veio o primeiro gol... e foi do Richarlison. Ele fez sua famosa dança do pombo, depois formou um E com as mãos e mandou um coração.

— EITA PORRA! O CASAL VEM AÍ! — gritei, empolgada. Neymar riu da minha reação.

— Esse Pombo é fera — comentou ele, com um sorriso.

Não muito depois, Richarlison marcou outro gol.

EMILLY

— Puta que pariu! — gritei de emoção.

— Quero saber pra quem foi aquele “E” — provocou Duda, rindo e me cutucando.

Depois do jogo, voltamos para o hotel. Assim que cheguei, vi Neymar e Elly conversando no lounge.

— Oi, meus amores! — cumprimentei, abraçando os dois.

— Oi, gatinha — disse Neymar, me abraçando e dando um beijo na testa.

— Oi, mermaid — respondeu Elly com um sorriso.

Sentei com eles, ainda sentindo a adrenalina do jogo.

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No dia seguinte, acordei cedo e desci para tomar café. Logo vi os meninos chegando com música alta e, claro, Richarlison liderando o grupo.

— E aí, gatinha, preparada? — perguntou ele com um sorriso provocador.

— Não, mas vamos logo com isso — respondi, nervosa.

Ele ligou a música e me deu um joinha. Lá fui eu: fiz a dança do pombo no meio do hotel, enquanto todos riam, inclusive eu.

— Ixi Maria, que pombinha linda — disse Richarlison, me abraçando e colocando meu rosto em seu peito. — Agora você me deve uma noite comigo.

— Pode ser hoje — sussurrei, rindo.

Enquanto subia para o elevador, vi uma cena inesperada: Neymar e Elly estavam se beijando.

— Gatinha, não fala nada, por favor — pediu Neymar assim que me viu.

— Tá bom, mas assim fica difícil... podia ser qualquer um vendo isso! — respondi, rindo.

— E eu tô sabendo de você e o Pombo — disse ele, passando a mão no meu cabelo, com aquele olhar cúmplice.

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Meu Hexa (Richarlison) Onde histórias criam vida. Descubra agora