CAPÍTULO 002
Toni estava concentrada em terminar de escrever mais uma de suas músicas. Apesar de ela amar cantar, sua maior paixão mesmo era compor, e por isso ela era uma das compositoras mais procuradas por cantores, tanto nacionais quanto internacionais.
Ela batia a ponta do lápis contra a madeira da mesa, seu olhar estava perdido na bela visão que tinha da enorme janela do escritório. Ali era seu segundo lugar preferido em sua casa, o primeiro era a pequena sala de jogos. Cheryl odeia aquela sala, sempre diz que sua esposa esquece de sua existência quando entra lá, o que de fato não é uma mentira.
- Mon amour...
A porta do escritório foi aberta e por ela passou uma certa ruiva sonolenta e enrolada no cobertor, Toni girou a cadeira do computador e olhou em direção a sua esposa. Sorriu empurrando a cadeira para trás, deixando seu colo livre para que Cheryl pudesse sentar ali.
- O que houve, meu amor? Está sentindo alguma coisa? - Toni questionou preocupada endireitando o corpo de Cheryl em seu colo. A ruiva se aconchegou no peito da esposa e negou com a cabeça. - Perdeu o sono?
- Eu estou com fome. - Contou e levantou o rosto para olhar sua esposa, que lhe olhava de volta com admiração. - Na verdade eu estou com alguns desejos.
Revelou e Toni levantou as sobrancelhas, abrindo um sorriso animado. Ela ama realizar os desejos de Cheryl, por mais estranhos que sejam.
- Sério? E quais seriam dessa vez?
Cheryl ajeitou-se no colo de Toni e sentou de frente para ela, com as pernas ao lado de suas coxas.
- Eu quero sorvete com macarrão e gelatina de uva. - Toni fez uma rápida careta e Cheryl riu. - E também nutella com bacon e sardinha.
A boca de Cheryl encheu d'água, seu estômago ronronou só de imaginar. Enquanto Toni quase botou o almoço para fora, os desejos de Cheryl são um mais estranho que o outro.
- Nutella com bacon e sardinha? - Cheryl assentiu freneticamente. Toni fez cara de nojo. - Eca, como vai pode conseguir comer isso?
Soltou uma risadinha nasal, porém a expressão de Cheryl mudou de alegre para carrancuda em segundos.
- Com a boca, quem vai comer sou eu e não você. Você só tem que levantar daqui e comprar, não se meta nas coisas que eu como.
Sua voz soou rude e ditadora, Toni arqueou as sobrancelhas e fez sinal de rendição. Em outra ocasião ela se sentiria magoada com a frieza de sua esposa, mas já estava se acostumando com esses "coices" que ela dava.
- Quer ir comigo?
Ela nem precisou perguntar duas vezes, o grito feliz que Cheryl deu já dizia tudo.
•••
O que era pra ter sido uma rápida ida ao mercado acabou se tornando quase as compras do mês, mas na verdade dentro do carrinho tinha apenas besteiras que Cheryl ia pegando e colocando ali. Toni apenas observava a esposa, mesmo a ruiva parecendo uma criança indo a primeira vez no mercado, Toni não poderia se sentir menos apaixonada por ela. Estava amando ver o enorme sorriso nos lábios delicados de sua esposa.
- Meu bem, por que pegou esse saco de gelo?
Toni questionou confusa ao ver sua esposa com o saco médio de gelo na mão, a latina ignorou-a e pós o saco de gelo no canto do carrinho onde tinha algum espaço. Segurou na ponta do saco e o rasgou, enfiou a mão lá dentro e tirou uma pedra de gelo, quase do tamanho de sua mão. Toni olhava para aquilo sem entender e um tanto assustada, Cheryl parecia uma louca com aquele sorriso meio psicótico.
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ʙᴀʙʏ ᴏɴ ʙᴏᴀʀᴅ - ᴄʜᴏɴɪ
Romanceᴏ ᴍᴀɪᴏʀ sᴏɴʜᴏ ᴅᴇ ᴄʜᴇʀʏʟ ᴇ ᴛᴏɴɪ ᴇʀᴀ ғɪɴᴀʟᴍᴇɴᴛᴇ ᴄᴏᴍᴇᴄ̧ᴀʀᴇᴍ sᴜᴀ ғᴀᴍɪ́ʟɪᴀ, ᴇʟᴀs sᴏ́ ɴᴀ̃ᴏ ғᴀᴢɪᴀᴍ ɪᴅᴇɪᴀ ᴅᴇ ǫᴜᴇ sᴇʀɪᴀ ᴛᴀ̃ᴏ ᴅɪғɪ́ᴄɪʟ, ᴀɪɴᴅᴀ ᴍᴀɪs ᴘᴀʀᴀ ᴇʟᴀs ǫᴜᴇ ᴛᴇʀɪᴀᴍ ᴅᴏɪs ғɪʟʜᴏs. ᴛᴏɴɪ ᴘʀᴇᴄɪsᴀᴠᴀ sᴇɢᴜɪʀ ᴀᴘᴇɴᴀs ᴛʀᴇ̀s ᴘᴀssᴏs. 1 - sᴇʀ ᴜᴍᴀ ʙᴏᴀ ᴍᴀ̃ᴇ. 2 - ᴄᴏɴᴛɪɴᴜᴀ...