Ombros são mais bonitos que joelhos.

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CAPÍTULO 006

Toni terminou de ajeitar sua roupa e olhou-se no espelho mais uma vez, analisando milimetricamente cada parte de seu corpo. Sorriu satisfeita, Cheryl tinha escolhido sua roupa, ela sempre acertava nas coisas. Era uma roupa simples, blusa preta de mangas curtas, um short jeans claro, o casaco de botões quadriculado amarrada em sua cintura – para o caso de esfriar (palavras de Cheryl) – e nos pés calçava seu par de vans também pretos. Os cabelos estavam soltos os cachos caindo em cascatas sobre seus ombros, o rosto quase não tinha maquiagem, apenas o essencial. Cheryl estava a poucos metros dali a observando encantada, depois de tanto tempo juntas ainda assim era surpreendente para ela que aquela bela mulher é a sua mulher, amor de sua vida e futura mãe de seus filhos.

- Como estou?

Toni deu uma voltinha para que Cheryl pudesse conferir, a latina sorriu e pôs uma mão no queixo como se estivesse realmente analisando o look da esposa.

- Mmm... – murmurou virando a cabeça para um lado e para o outro. Toni a olhava em expectativa. – Perfeita – disse por fim antes de descruzar os braços e caminhar até sua esposa. – Como sempre.

Jogou os braços pelos ombros de Toni, abraçando seu pescoço. As mãos da morena automaticamente foram para a cintura de Cheryl, ela queria colar seu corpo ao dela, mas era impossível tendo uma barriga, agora maior ainda, entre elas.  esticou-se como deu e beijou os lábios de Cheryl, que suspirou e enfiou a língua na boca de sua esposa, aprofundando o beijo.

- Tem certeza que vai ficar bem? Se você quiser eu posso desmarcar com a Fenz e ficou o dia todo com você.

E lá estava a Toni preocupada ao extremo de sempre, ela sempre teve um instinto protetor com Cheryl, e agora com a gravidez era maior ainda.

- Você não vai fazer isso, ficou falando a semana inteira sobre hoje e agora não quer ir?

E era verdade, desde o domingo em que Verônica ligou para Toni avisando que iria passar o dia de hoje (sexta-feira) com ela, como nos velhos tempos, a morena não falava de outra coisa. Cheryl até poderia ter ficado enjoada de tanto ouvir a esposa repetir as mesmas coisas, mas a felicidade dela em passar o dia com sua melhor amiga era tão contagiante que ela nem se importou da repetição de Toni.

– Vá lá, se divirta bastante. E não se preocupe, Tabitha e Betty estão vindo para cá.

- Sendo assim tudo bem, até porque é capaz da Verônica me matar se eu furar com ela.

- É verdade.

Cheryl concordou rindo e ficou na ponta do pé para selar os lábios de sua esposa, Toni sorriu para ela e deu um beijo em sua testa antes de solta-la.

- Qualquer coisa você me liga, ok? Te amo.

Cheryl sentiu vontade de revirar os olhos, mas ela ama todo o cuidado que Toni tem com ela.

- Pode deixar, mamãe. Também te amo.

Toni lhe mostrou a língua e segurou em sua mão, as duas saíram do quarto de mãos dadas e foram em direção a sala esperar a chegada de Verônica.

- O que houve?

Toni perguntou confusa quando Cheryl parou bruscamente e ficou olhando-a fixamente. A latina ficou alguns segundos sem expressão, depois seu olhar começou a brilhar de uma forma travessa, Toni juntou as sobrancelhas prestes a perguntar quando...

- Agora estamos quites.

Cheryl falou rindo e Toni acabou por rir também negando com a cabeça, a latina havia revidado mostrando a língua assim como Toni fizera no quarto. Vez ou outra as duas voltavam a agir como adolescentes, coisas desse tipo mantinha o casamento delas feliz e alegre.

ʙᴀʙʏ ᴏɴ ʙᴏᴀʀᴅ - ᴄʜᴏɴɪOnde histórias criam vida. Descubra agora