ʙᴀʙʏ ᴏɴ ʙᴏᴀʀᴅ - ᴄʜᴏɴɪ

Unconditionally.

CAPÍTULO 15

Alguns anos depois...

— Toni você tirou as roupas da secadora? Eu liguei de manhã avisando. — Cheryl parou de falar ao se deparar com sua esposa sentada no chão de boca aberta com o olhar fixo na televisão onde passava um desenho de dinossauros, Natan e Melanie estavam sentados em seu colo, com as mesmas expressões que sua Toni. Cheryl negou com a cabeça, tirando a bolsa de seu ombro e jogando-a em cima da mesa junto das chaves do carro. Nem mesmo o barulho atraiu a atenção dos três.  — Ás vezes tenho quase certeza que sou mãe de trigêmeos.

Resmungou enquanto retirava seus sapatos. Colocou-os no canto próximo a porta e caminhou em direção a sala onde sua esposa e filhos estavam. Prendeu os cabelos num coque mal feito no topo de sua cabeça e sentou-se ao lado de Toni.

— Mama!

Os pequenos gritaram juntos ao enfim notarem a presença de Cheryl, Toni saltou com o susto e a forma agitada que seus pequenos ficaram em seus braços. Cheryl soltou uma gargalhada gostosa e abriu os braços, Toni soltou os dois e em segundos os pequenos corpinhos colidiram com Cheryl.

— Ai que abraço gostoso. – murmurou contra os pequenos braços de Natan que estavam em seu pescoço, enquanto os de Melanie envolviam parte de seu tronco. — Estão cheirosos. Mamãe deu banho em vocês?

Melanie acenou um sim com a cabeça contra o peito de Cheryl, já Natan apenas levantou o polegar fazendo sinal de positivo assim como Toni havia lhe ensinado. Cheryl sorriu, depositou um beijo no topo da cabeça de cada um de seus pequenos.

— Deixem a mãe de vocês respirar, ela está cansada. – Toni chamou a atenção dos pequenos, que muito a contra gosto soltaram Cheryl. — Oi, vida.

Toni sorria tão largamente por finalmente ter sua esposa em casa, que Cheryl ficou ainda mais feliz por ver sua esposa alegre. Era sempre bom voltar para casa e ser recebida por aquele sorriso.

— Oi, meu amor.

Arrastou-se para perto dela e inclinou-se para beija-la, fecharam os olhos esperando contato, esse que não aconteceu graças a uma pequena mãozinha entre elas. Toni abriu os olhos e olhou para baixo, Natan sorria sapeca enquanto tapava a boca de Cheryl.

— Ciumento.

Toni resmungou, tentando parecer chateada, embora seus olhos entregassem a diversão. O pequeno sempre foi mais apegado a Cheryl, e seu ciúme com ela era enorme, principalmente com relação a Toni. Não que ele não amasse a outra mãe, ele só gostava de ter 100% da atenção de Cheryl para si mesmo.

— Eu sou toda sua, não é meu príncipe? – Cheryl afinou a voz, olhando para o pequenino em seu colo, que abriu um enorme sorriso. Os olhos brilhando em felicidade. — Cadê o príncipe da mamãe? Cadê?

— Vem cá, Mel. Quando esses dois entram na bolha deles ninguém tira.

Toni murmurou risonha para sua pequena filha, que já estava com os bracinhos esticados em sua direção. Apesar de pequena, Melanie já sabia que Natan e Cheryl entravam em uma bolha de isolamento e não saiam mais.

Ninguém sabia explicar aquela conexão, mas Toni entendia, era a mesma coisa que acontecia com ela e Melanie.

Toni voltou a olhar para a televisão onde o desenho de dinossauros ainda passava, Melanie se aconchegou nos braços de sua mãe e também fixou o olhar na televisão. Ao fundo era possível ouvir as risadas de Cheryl e Natan, minutos depois eles também se juntaram a elas e então a família Blossom-Topaz passou o resto das horas assistindo desenhos. Um pouco mais tarde, os pequenos estavam exaustos, após jantarem voltaram a assistir desenhos até que Toni iniciou uma guerrinha de cócegas que segundos depois tinha virado pega pega. Os quatro ficaram exaustos, pois até Cheryl entrou na brincadeira.