01. O bardo

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n/a: este capítulo ficou grande demais, eu tentei seguir um pouco o filme, porque foi necessário nessa etapa, por isso essa extensão toda, mas espero que gostem mesmo assim 

" — O estado entre a vida e a morte"

Scott olha para o quadro branco onde costuma marcar as mensagens que recebe e onde dias atrás havia escrito bardo em letras grandes e desajeitadas; ignorando os corações agitados de Chris e Deaton esperando que ele começasse a fazer as ligações, contudo, ele não havia se movido, enquanto encarava a maldita palavra. Uma respiração brusca saiu por sua boca, quando o celular vibrou em seu bolso, seu estômago afundou, e ele pensou que não havia tomado o café da manhã aquele dia.

Já é meia noite, ele pensa ao ver o horário brilhar no ecrã do celular, antes de uma sequência interminável de mensagens ocupar a tela inteira e fazer com que a mão de Scott tremesse com a vibração. Olhou para o nome do contato, e a saliva que engoliu machucou sua garganta, não podia dizer que não esperava uma ligação dela, só não imaginou que tudo aconteceria tão imediatamente.

Há alguns momentos atrás ele conversava com Deaton, eles falavam sobre tempo, sobre filhos, sobre estar compelido. Scott estava longe de Beacon Hills já fazia alguns anos, ele se formou na escola e depois em veterinária, e agora estava ali, longe o suficiente para conseguir respirar, mas perto o suficiente para voltar. Ele iria conversar com Deaton sobre aquele sentimento ansioso que o estava dominando e também sobre os sonhos e visões que vinha tendo, contudo quando ele foi fechar a porta do abrigo, ele teve outra visão.

Allison estava molhada e batia na porta, cabelos longos e escorridos, expressão dolorosamente frustrada, ela estava tão chateada, falando tão rápido. E os cachorros latiam muito alto.

Tão rápido quanto a visão veio, ela se foi. Poucos minutos depois Chris Argent estava lá, parado a sua frente falando sobre o mesmo estar acontecendo com ele, e agora Lydia Martin o estava ligando.

Scott!

— Lydia...

— O que está acontecendo? — Questionou, Scott conseguia ouvir a preocupação genuína e agitação da mulher, ele controlou o sentimento saudoso e respirou ruidosamente — Scott, eu sinto que alguém vai morrer, alguém de casa.

Scott segurou o telefone com força, encarando Deaton e depois Chris com uma preocupação assustadora. Morrer... acabamos de descobrir que Allison pode estar viva, era o que ele queria dizer, mas sua voz estava presa e seu coração acelerado. Não conseguia pensar ou falar e foi preciso se escorar no balcão pra se manter em pé.

E não é só isso, Scott... — ela sussurrou, o tremor escapando em sua voz, oh aí está, Scott suspirou, Lydia também estava tendo essas visões — Allison, de alguma forma eu a sinto, mas não completamente.

— L-Lydia — Scott suspirou quando sua voz saiu rouca e travada, escutando o mesmo suspiro pela linha — Vou reunir o bando, a gente se encontra em casa. Chris tem um plano.

Quando você diz bando, você quer dizer todos? — Lydia tentava controlar o tom, mas Scott a conhecia tempo o suficiente para entender suas preocupações — Você vai chamá-lo também?

— Ele nunca atendeu nenhuma ligação minha ou respondeu a alguma de minhas mensagens, Lyds — Scott resmungou, a ansiedade colando em suas entranhas, e ele não conseguia parar de pensar que a qualquer momento o lobo em seu peito rasgaria seu tórax e pularia pra fora — Ele foi embora por algum motivo e talvez é melhor deixar ele onde está.

OLIVIA ─── SCILESOnde histórias criam vida. Descubra agora