Capitulo 4

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Madalena

Já fazia quase uma hora que eu estava sentada no sofá com um homem sentado diante de mim, deveria confessar que ele devia ser o homem mais bonito que eu já havia conhecido, porém seus olhos azuis carregavam algo que eu não sabia descrever, era intenso demais e seu semblante não era dos mais amigáveis

Já fazia quase uma hora que eu estava sentada no sofá com um homem sentado diante de mim, deveria confessar que ele devia ser o homem mais bonito que eu já havia conhecido, porém seus olhos azuis carregavam algo que eu não sabia descrever, era int...

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Ryder: Quem é você ?

Madá: Eu já disse, me chamo Madalena ..

Ryder: Isso é impossível ..

Madá: Oque é impossível ?

Ryder: Se você não é ela, é idêntica a ela

Olhei pra ele de um jeito confuso, afinal de contas onde é que eu estava ?! Me levantei ajeitando minhas roupas e vi seu olhar me varrer de cima abaixo como se procurasse por algo que eu não sabia distinguir

Maitê: Agradeço pela ajuda, mais já está na hora de ir

Passo por ele indo em direção a porta, na minha cabeça apenas surgia a possibilidade de eu ter caído em mãos erradas, congelei quando sua voz autoritária ecoou pelo cômodo

Ryder: Pare !

Não me virei mais fiquei congelada no lugar, sentia seu olhar queimar minhas costas e com muita dificuldade me virei vendo o já em pé e com as mãos no bolso da calça

Ryder: Onde mora ?!

Tá aí uma ótima pergunta, eu também gostaria de responder e de preferência algo como "eu moro em uma casa ou um apartamento" e não um " em um hotel ou não me lembro", analisei ele novamente com cautela quando ele deu um passo em minha direção mais eu não recuei como achei que faria

Ryder: E então ? Não vai me responder ?

Madá: Que eu saiba eu não devo satisfações a você e a propósito porque eu estou aqui ? Estava de frente a um hospital, vocês poderiam muito bem ter me deixado lá

Ele me encarou com mais atenção e merda ele de alguma forma sabia que eu estava escondendo algo e sim eu estava, na verdade estava me privando de ter que explicar novamente a alguém que meu cérebro tá ferrado demais e eu sequer consigo me lembrar dos meus últimos anos.
Ele novamente deu um passo em minha direção e se abaixou ficando na altura do meu rosto e me encarou com aqueles olhos azuis que eu poderia dizer ser capaz de afogar quantas pessoas quisesse

Ryder: Está com medo de que ?

Madá: Pra ser sincera, eu estou em um lugar desconhecido com pessoas desconhecidas então se eu estiver com medo estou completamente com razão, não acha ?

Ele deu um meio sorriso que me pegou de surpresa e aí sim eu dei um passo para trás me afastando dele.

Madá: Posso ir embora agora ?!

Ele apenas acenou e me virei me retirando dali.

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Entrei no quarto do hotel e a primeira coisa que reparei era o quão espaçoso era o lugar, eu não me lembrava de toda essa amplitude, na verdade estava mais focada em tentar descobrir oque estava acontecendo do que observar o local com mais afinco, com cuidado caminhei até o enorme closet que tinha no quarto e fiquei observando as inúmeras peças de roupas que deveriam custar uma fortuna, eu queria entender de onde eu consegui tanto dinheiro assim sendo que minha família sempre foi de baixa renda, caminhei até o banheiro e foi quando vi a banheira e sorri, eu nunca havia entrado em uma e queria muito experimentar, corri até ela mais desisti no instante que vi inúmeras torneiras e inúmeros frascos que eu sequer sabia pra que serviam, soltei um gemido frustrado e caminhei até o chuveiro onde fiquei por um longo tempo, eu esforçava minha mente ao máximo para me lembrar do que estava em oculto mais não funcionava, após sair do banho apenas me enrolei em um roupão e cai na cama deixando o cansaço me consumir.

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Vesti uma calça correndo e em seguida uma blusa de manga longa e coloquei minha bota, não estava igual uma grã fina mais até dava pro gasto, puxei minha bolsa procurando meu celular dentro mais não encontrei nada, sai o procurando pelo quarto até pegar o telefone do quarto e tentar ligar pra ele mais uma voz desconhecida atendeu me pegando de surpresa ao dizer no meio da conversa que está com esta linha há mais de dois anos

Madá: Aaaaah que ódio !

Peguei o cartão do banco e sai do hotel procurando por uma loja por perto onde pudesse comprar um telefone novo, comecei a caminhar pelas ruas e parei em frente a vitrine de uma cafeteria analisando os doces expostos quando os barulhos dos carros me tiraram dos meus devaneios, havia uma fileira de carros pretos todos com vidros escuros, senti uma pontada na cabeça me fazendo escorar na vitrine

Flashback on

Comecei a rir quando a mocinha do filme entrou em desespero ao ver um reflexo atrás de si no espelho, filmes de terror eram sempre um clássicos, eu ria na hora oque era incrivelmente esquisito mais quando a escuridão dava as caras eu sentia um medo infernal, a chuva lá fora poderia acabar com qualquer ser humano e os relâmpagos então nem poderia comentar, assim que me levantei do sofá um relâmpago iluminou toda a casa e em seguida as luzes se apagaram

Madá: Ótimo, meu momento de chorar feito uma condenada por ver filme que não deveria

Procurei meu celular o achando jogado no meio das almofadas e liguei a lanterna em seguida, mais oque chamou minha atenção foi ver várias luzes como reflexo na minha janela, me aproximei vendo uma fileira fora do comum de carros pretos começando a parar diante da minha casa mais oque me fez cambalear foi ver em uma sincronia que eu diria ensaiada demais todas as portas dos carros se abrirem e ao mesmo tempo inúmeros homens descerem com armas maiores que eles, meu coração acelerou quando um estrondo forte me fez virar vendo minha porta da frente em pedaços e em seguida inúmeros homens entrarem armados.

Flashback off

Minhas mãos agarravam meus cabelos com força devido a dor que me consumia, minha mente parecia pegar fogo e essa era uma sensação nova de se sentir e não era nada prazeroso, um grito sôfrego escapou de mim e senti meus joelhos baterem com força no chão, no instante seguinte senti braços me rodearem e ao erguer minha cabeça pude ver as tatuagens em tons fortes e os olhos verdes água me olhando de um jeito que eu não saberia explicar, eu me lembrava dele, ele era um dos homens que estava na casa em que acordei depois de desmaiar

Axel: Qual o problema ?

Madá: Faz parar !! Faz parar por favor!!

Axel: Do que está falando ?

Sua voz estava carregada em preocupação e uma nova onda de dor me invadiu, minhas unhas cravaram em seu braço mais ele não reclamou e sequer se afastou

Madá: Essa dor !!

Agarrei minha cabeça novamente sentindo o ar me abandonar, mais antes que eu desmaiasse novamente senti meu corpo ser retirado do chão.

RYDER DEBORTOLLIOnde histórias criam vida. Descubra agora