Operação Cupido #VegasPete

10. Operação Cupido

Pete despertou realmente antes de Vegas. A enfermeira estava no quarto vendo a medicação do Theerapanyakul quando Saengtam despertou. Ele olhou confuso sem ver os galhos sobre sua cabeça, como lembra ter visto antes. Sobre sua cabeça estava a laje branca e ele soube que tinha sido resgatado. A sensação de voar voltou e a voz distante de Vegas também.

Ao virar-se levemente na cama, avistou a mulher de costas, cuidando de um paciente. Olhou para a cabeceira de seu companheiro de quarto e viu que era Vegas. Tentou gritar ou chamar alto, mas sentiu sua garganta fechada e gemeu o nome dele. O marido não se moveu. A mulher, treinada, o ouviu.

- Olá, senhor Saengtam. Como se sente?

Falou enquanto terminava de inserir a medicação no acesso do outro paciente. Findo o trabalho, colocou a seringa na bandeja e virou para Pete.

- Ele... o que há com ele? - A mulher viu as lágrimas e sorriu, para acalmá-lo:

- Seu marido está exausto apenas. Não dormiu a noite toda.

- ... remédio, eu vi... - A garganta ainda ferida atrapalhando a fala.

- Sim. Ele está sendo medicado porque andou na água por um tempo e resfriou.

- Como...

Ele voltou para salvá-lo, depois que o nível da água subiu. Ele é seu herói.

- Bem.. mesmo...

- Sim. Até ligou para... (olhou na prancheta) o Venice, filho de vocês.

- Hum... obrigado...

Fechou os olhos, tentando buscar forças para se erguer e sair da cama. A mulher notou.

- Precisa de ajuda para ir ao banheiro?

- Não... quero... vê-lo.

- Pelo visto vocês dividem a teimosia, além do amor! Mas vai ter que esperar um pouco. Ainda tem parte do sedativo em seu corpo e você pode não conseguir ficar de pé.

- Sedativo...

- Sim. Como você estava delirando e perdendo a consciência pelo cansaço, o médico preferiu lhe sedar com uma medicação leve.. E isso também acalmou seu esposo.

- Obrigado... por ele...

- É meu dever, khun. Descanse um pouco. Já já vou chamá-lo para o remédio oral e vocês conversam.

- ... hum

A enfermeira saiu sabendo que ele tentaria se erguer e foi o que ele fez, mas só teve uma tontura passageira. Tentou pôr o pé no chão, mas ainda doía. A cadeira de rodas estava a certa distância e ele não a alcançava. Gemeu sua frustração e sentou-se direito na cama.

Algum tempo depois a enfermeira voltou e ele dormia, deitado de lado, virado para a cama do marido.

Despertou Vegas para o remédio e ele perguntou por Pete.

- Despertou há pouco. O sono dele agora é normal. Veja: ele adormeceu olhando para cá.

Vegas agradeceu o cuidado com eles. Queria reclamar por ela não o chamar, mas entendeu que precisava daquele sono.

- O senhor precisa comer. Seus amigos trouxeram algo leve, como o médico indicou.

- Vou comer. Obrigado. (Fez um wai.) Ele vai despertar logo? Ele comeu?