𝑪𝒖𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒂 𝒚 𝑺𝒆𝒊𝒔

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𝑺𝒏|𝑶𝒏 𝑽𝒐𝒊𝒄𝒆

Eu só queria que ele me ouvisse, ou me abraçasse enquanto eu chorava, mas Pedri ultimamente só gritava, e tudo bem eu o intendo, nem eu consigo lidar comigo mesma.

Eu apenas precisava de sua calma e de seu carinho de sempre!

Não nos víamos a alguns dias, e eu estava com muita saudades de Pedri, eu só preciso o ver e se ele perguntar se estou bem eu irei chorar.

Talvez podemos conversar sem nos alterarmos, nos últimos dias não estava me sentindo bem, mas hoje eu estava disposta a conversar com ele.

Pedri fez o gol da vitória, eu o vi jogar pela TV, parecia feliz e calmo eu sinto muito orgulho do meu namorado, ele não tem noção.

─Mas o que você está fazendo andando sozinha uma hora dessas na rua?─ Fer pergunta assim que eu passo pela porta.

─Não estou sozinha.─ Dou de ombros. ─Estou com Deus!─ Pisco para ele e então me aproximo indo até a cozinha onde ele estava sentado na mesa.

─Vai ficar doente andando na chuva garota.─ Diz se levantando, ele anda até o outro lado da mesa e então um beijo no topo da minha cabeça é deixado.

─Cheguei a tempo, nem me molhei quase.─ Estava apenas com algumas gotas de chuva pelo meu corpo. ─Onde está o Pedri?─ A expressão de Fer muda, podia jurar que ele estava pálido.

─Ele saiu.─ Meu coração acelera ao ouvir.

─Tá.─ olho para um ponto fixo antes de olhar novamente para meu cunhado. ─Sabe pra onde?─ Fer se apoia na cadeira ao meu lado.

─Sendo sincero com você cunha, ele não falou onde ia.─ Sintia sinceridade em sua voz, acho que vou ter que esperar.

─Ok.─ Me levanto voltando para a sala, me sento no sofá e Fernando faz o mesmo.

─Assiste comigo? Eu não queria ver sozinho.─ Um filme de terror, e que por incrível que pareça eu não tinha assistido ainda.

─Medroso.─ Falo vendo sua expressão mudar, sorrio enquanto ele fazia uma careta.

Ele dá o play e então nos concentramos no filme, Fer grita me assustando, me viro dando um tapa em sua cabeça, era apenas os vinte minutos de filme.

Fernando dormiu aos trinta minutos do filme e ainda babou no meu ombro.

Rolava o Instagram e variava no twitter, eu estava ansiosa e com um pressentimento não muito bom.

meus olhos estavam fixos no tento, estava em outro mundo, a porta é aberta lentamente e a luz fraca da sala se acende, Pedri passa por ela devagar, meu coração acelera ao o ver, me levanto com um sorriso estampando em meu rosto, eu queria o abraçar, mas meu sorriso se desfaz assim que me aproximo lentamente de Pedri.

Ele cheirava a álcool, seu cabelo estava bagunçado, sua calça estava aberta, suas bochechas vermelhas e...

─É um chupão?─ Ele me olha assustado como se não tivesse reparado em mim ainda, seu pescoço tinha marca de batom e literalmente uma roda roxa no local.

─O que você está fazendo aqui?─ Ele diz tentando se aproximar mas eu dou um passo para trás.

─Não, não, não, não, diz que não, por favor você não fez isso comigo.─ Tampo meus ouvidos repetindo as palavras, eu rezava para que não fosse isso em que eu estava pensando.

─Sn?!─ Pedri tenta me tocar mas eu me desvío dando um passo para trás.

─Não chega perto de mim!─ Foi como se o mundo estivesse desabando, meu coração estava acelerado e a minha respiração falhava e então meus olhos marejam.

─Olha, me escuta...─ Sua expressão era de desespero totalmente horrorizado mas eu o corto.

─Te escutar? Olha o que você fez seu filho da puta nojento!─ Seus olhos brilharam, meu peito aperta, eu estava sentindo nojo, nojo dele, nojo de mim e decepção! ─Enquanto eu estava chorando, pensando em como conversar com você sobre tudo, sobre o que eu estou sentindo, sobre porque você não fala comigo direto! você estava me traindo?!─ Seu olhar desce para o chão e eu epenas fecho os meu olhos fortemente deixando as lágrimas descerem.

─Eu sinto muito.─ Sua voz sai alterada, seu olhar encontra os meus e pude ver que eles estavam brilhando. ─Eu sou um idiota!─ Pedri estava perdido, suas mãos passam entre seus cabelos e um soluço escapa de seus lábios.

Não consigo me segurar, poderia imaginar tudo de ruim, mas menos uma traição. Deixo um soluço escapar e logo em seguida as lágrimas saírem, eu não conseguia respirar.

─Eu poderia ter desconfiado quando aquela garota enfiou o papel em seu bolso.─ Seus olhos se arregalam ao eu mencionar. ─Mas eu decidi confiar em você!─ O choro já estava tomando conta de mim. ─Tudo o que nós tinhamos, se foi agora! A nossa história acaba por aqui! Por sua culpa! E minha!─ Soluço entre as palavras, passo minha mão sobre meu rosto molhado pelas lágrimas, caminho lentamente pelo seu lado indo até a porta.

Sua mão toca o meu pulso me puxando e me impedindo de sair.

─Amor espera!─ O ódio me toma ao escutar a palavra "amor".

Me viro bruscamente em sua direção, seus olhos se fecham ao ele receber o tapa em que eu deixei em seu rosto.

─VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE ME CHAMAR DE AMOR!─ Aponto meu dedo em seu rosto enquanto ele me observava atentamente. ─Ouça bem o que eu te direi! EU-NUNCA-MAIS VOU-SE-QUER FALAR-COM-VOCÊ!─ Cuspo as palavras nele. ─Você morreu pra mim!...─ Minha voz sai trêmula.

Me solto bruscamente de sua mão que segurava meu pulso, passo pela porta como se eu estivesse tomado vários tiros. A chuva estava terrivelmente forte, mas nada poderia me abalar depois de eu descobrir uma "traição".

A chuva sempre me fez companhia e não eria ser hoje que ela iria me deixar na mão.

Caminho em paços largos sem direção alguma, os meus soluços se fundia com os trovão junto com a chuva forte.

O vento contra meu corpo molhado, eu apenas queria seu corpo em volta do meu em um abraço apertado, mas eu estava me sentindo a pior garota do mundo.

Meu peito apertado, minha garganta fecha, minhas pernas sem forças tremiam, talvez pelo frio ou minhas forças indo embora. Apenas os soluços altos pela rua e eu... Sozinha como todas as outras vezes.

─Eu estava feliz... E agora meu coração está partido
novamente!─ Grito comigo mesma. ─Todas as minhas cicatrizes estão abertas.─ Atravesso para o outro lado da rua  sem ao menos ver se passaria carro ou não, não me importaria de morrer, não tenho nada a perder!

Nada importa agora, eu estou destruída.

Fim.

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Autora:

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Perdoem os erros

Bjs

•𝑵𝒖𝒆𝒔𝒕𝒓𝒐 𝑨𝒎𝒐𝒓• | 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒊 𝑮𝒐𝒏𝒛𝒂́𝒍𝒆𝒛Onde histórias criam vida. Descubra agora