•𝑵𝒖𝒆𝒔𝒕𝒓𝒐 𝑨𝒎𝒐𝒓• | 𝑷𝒆𝒅𝒓𝒊 𝑮𝒐𝒏𝒛𝒂́𝒍𝒆𝒛

𝑪𝒖𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒂 𝒚 𝑺𝒊𝒆𝒕𝒆

𝑺𝒏|𝑶𝒏 𝑽𝒐𝒊𝒄𝒆

Completamente destruida, consumindo todo o ar dos meus pulmões eu olhava para o céu em busca de respostas.

─O amor é uma mentira.─ Eu devia ter acreditado quando me disseram, mas eu resolvi dar uma chance a chance.

Outra onda de angustia me toma e novamente eu não consigo conter minha lágrimas inúteis.

Com a cabeça a mil, chuto uma cadeira de plástico provavelmente quebrada mandando ela para longe.

Com os cabelos molhados e grudados em meu rosto, pude ver um carro se aproximando de mim, ele para ao meu lado e então eu me viro olhando e me afastando aos poucos.

Era Gavi juntamente de Koundé.

Gavi saí do carro apressado sem se importar com a chuva agressiva molhando seu corpo.

Suas roupas encharcaram rápidamente e minha respiração falhou novamente quando ele se aproximou de mim.

─Não chega perto de mim...─ Ele parou com seus olhos arregalados com desespero, dou um passo para trás. ─Por favor.─ Sinalizo com as mãos para que ele não encostasse em mim, mas Gavi simplesmente me ignorou.

Seus braços rodeiam minha cintura e onde sem aguentar eu desabo em seus braços descendo para o chão sendo acompanhado por ele.

─Por que?... Por que ele fez isso?─ Soluço entre as palavras trêmulas.

─Porquê ele é um idiota!─ Ele diz depois de alguns segundos.

─Eu não consigo...─ Ergo minha cabeça, os olhos de Gavi estavam brilhando.

─Shiiiu, vai ficar tudo bem.─ Suas mãos seguram em cada lado de meu rosto me fixando para olhar em seus olhos.

─Não vai!─ Minha voz sai baixa.

─Vai, eu estou aqui com você!─ Tombo minha cabeça em seu peito escutando as batidas do seu coração ecoar em meu ouvido, ele estava meio termo, nem rápido e nem devagar, o suficiente para me tranquilizar.

Demoro para perceber a presença de Koundé, ele estava ensopado pela chuva também mas nos observava ao nosso lado agachado.

Mas ai, outro carro para ao nosso lado revelando a presença de Fer ao passar pela porta do carro.

─Puta merda!─ Ele parecia nervoso, suas mãos em sua cabeça sem saber o que fazer.

Então ele se agacha se juntando a Gavi, eu e Koundé ao nosso lado.

─Eu o odeio por fazer você passar por isso!─ E então os braços de Fer me rodeiam também.

Ele me ajuda a levantar me guiando até o carro, Gavi se senta ao banco de trás ao meu lado e então automaticamente apoio minha cabeça ao seu ombro para poder respirar fundo.

Podia ver Koundé me observar pelo retrovisor, sua expressão era de preocupação e desespero.

Não queria que ninguém me visse assim, sempre me viro sozinha mas nesse momento tinham três homens ao meu lado e decepcionados com o famoso "Pedri".

Koundé me deixa em frente a minha casa onde estava tudo apagado, ele sai do carro e anda até mim, com um olhar de confuso eu o permito me abraçar.

Com cautela ele rodeia seus braços grandes por cima de mim, me senti em um conforto, apenas amor a dar, um beijo é deixado no topo de minha cabeça e então eu sorrio simples com o sei gesto.

─Eu vou ficar bem!─ Eu não iria ficar bem, eu iria chorar litros e me sentir a piorar mulher do mundo, não é para todas carregar o peso de ser traída, ainda mais do seu primeiro amor!

─Eu sei quê vai! Você não está sozinha niña.─ Koundé diz deslizando suas mãos pelo meu rosto em um leve carinho, um grande amigo!

Ele dá um meio sorriso antes de se separar de mim e dar a volta sobre o carro entrando no mesmo.

Gavi estava ao meu lado observando cada movimiento meu, então ele se aproxima.

─Vai ficar bem?─ Seu olhar me fita.

─Sendo sincera... Eu não vou!─ Dou um passo a frente e então eu o abraço, mas o abraço bem forte fazendo ele suspirar, Gavi é meu melhor amigo, nunca foi minha intenção mexer com os seus sentimentos, mas eu só estava precisando de alguém onde eu podia confiar e não sentir ser traída e sei que ele não me deixaria.

Gavi retribuí o abraço, ainda mais forte e então ele deixa um beijo em minha cabeça onde fez minhas lágrimas descerem.

─Não me deixa sozinha Pablo, por favor!─ Peço quase que implorando, ele passa suas mãos sobre meus cabelos e pude ver ele sinalizando algo para Koundé que da a partida em seu carro e sai deixando nós a sós.

─Vamos, vou cuidar de você nena!─ Pablo abre a porta da frente acendendo as luzes da sala, estava um silêncio total apenas o miado agudo de Mia ao nos ver.

Eu estava encolhida com meu próprio corpo enquanto andava lentamente ate a sala sendo seguida por Gavi. Eu estava perdida me sentindo no fundo do poço e então Gavi me olha de cima a baixo.

─Você vai tomar um banho... Não quero que fique doente.─ Ele passa suas mãos pelo seus cabelos molhados da chuva.

─Tá... Mas eu não quero que você fique doente também!─ Minha voz trêmula faz ele suspirar.

─Tudo bem, eu tomo banho.─ Ele sorri fraco como se fosse um incentivo.

Gavi foi para o banheiro do corredor enquanto eu fui para o banheiro do meu quarto.

Meu corpo apenas desliza pela parede assim que a água quente cai sobre mim, minha cabeça latejava e eu não estava mais aguentando isso.

Fecho meus olhos marejados.

"─Promete não me deixar?─"

"─Eu prometo!─"

Porra!

Você prometeu não me deixar...

E você infelizmente não cumpriu Pedro.

Agora eu estou destruída!

Após me sentir preparada, abro a porta do banheiro, Gavi estava sentado na ponta da cama, já com roupas secas. Suas mãos estavam entre suas pernas como se estivesse ansioso.

Apenas ando até a porta e a fecho, Gavi me olha confuso mas eu o ignoro apagando as luzes.

─Eu poço dormir no sofá sem proble...─ Pude ver seu corpo se levantar, ele diz com a voz suave mas com um tom de desespero e então eu o corto.

─Eu estou me sentindo a PIOR pessoa do mundo...─ Minha voz falha por mais que eu tente ser firme. ─Eu só preciso de companhia.─ Olho para o teto por mais que a luz estivesse apagada, só não queria que as lágrimas voltasse novamente.

E então pude ver seu volto se posicionando na cama, ele se deita de lado e então eu me deito ao seu lado ficando frente a frente com ele.

Me aproximo mais apoiando minha cabeça em seu peito e então eu me encolho. Fraca e sem forças eu deixo um soluço escapar com que faz Gavi deslizar seus braços lentamente pelo meu corpo, se formando em um escudo protetor, e ali eu deixo as lágrimas escorrerem.

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Autora:

Que dor em...

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Até o próximo

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