Cidade de Seoul
10/12/1982As ruas da grande cidade de Seoul já estavam sendo decoradas para o tão falado Natal. Pais indo pra lá e pra cá, com sacolas nas mãos ou procurando uma loja que não esteja tão lotada. As crianças falavam sem parar sobre o Papai Noel e o que queriam de presente este ano.
Mas parece que essa loucura toda não chegou para Irene, que agora teria que passar a chegada do Natal "sozinha".
- Taehyung! Ajude o papai a escolher um grande Pinheiro para este ano!
Mesmo que o dia da festividade estivesse longe, a família Bae já estava se preparando, a casa seria a mais bem decorada daquele bairro!
- Querido, o que acha de comprarmos um carro novo para Taehyung? Ele merece tanto. - Sussurrou a mãe. O Sr. Bae assentiu com a cabeça e foi para mais perto de Taehyung, que se encontrava calçando seus tênis caros.
- Ei filhão! O que acha de jogar aquela BMW fora e comprar um carro novo? - Taehyung rapidamente se levantou com um sorriso enorme.
- Puta que pariu! Eu posso escolher qualquer um?! - o Bae mais velho assentiu - Então bora hoje!
- Certo, certo! - o homem ria da empolgação, enquanto sua mulher sorria olhando para seu filho que vestia o casaco.
Mas do outro canto do sofá estava Irene.
"Não importa, nada disso importa."
Ela repetia a si mesma diversas vezes, todos os dias, todos os minutos ou segundo que aqueles três estivessem junto. Era como se Irene não fizesse parte da família.
Mas não importa, esse não é seu foco do momento.
Seulgi estava linda naquela manhã, mesmo usando o uniforme padrão, ela não deixava de exalar sua beleza, não só interior, mas também exterior.
Sorrindo para todos, talvez até melhorando o dia de alguém só com seu lindo sorriso. Seulgi tinha esse poder sobre as pessoas, fazê-las ficarem alegres, esse é o tão chamado "efeito Seulgi".
Hoje ela não estava diferente. Alguns se perguntavam como ela ficava toda feliz assim ás seis e meia da manhã, já correram boatos de que a garota usava drogas, mas era apenas um boato. Seulgi era normalmente assim todos os dias, sorrindo e fazendo piadas bobas, alegrando o dia de alguém ou pelo menos tentando.
Ela olhava em volta e as pessoa cochichavam, pareciam com medo, mas era óbvio, um assassino à solta, quem não ficaria?
Seulgi se aproximou de sua amigas, que olhavam para um mural, junto de outro tumulto de pessoas. Sua amiga, Wendy, foi a primeira a perceber a presença da garota ali, rapidamente a abraçou e murmurou palavras que Seulgi já não ouvia mais.
"Yeri se foi, eles a encontraram morta ontem..."
"Você estava viajando, então não quis atrapalhar sua viagem dessa forma..."
"Eu sinto muito"
Sentiu seus olhos esquentarem e algo escorrer por suas bochechas. Não conseguia falar nada, mal conseguia processar a situação, Seulgi mal voltou de sua viagem dos sonhos e acaba recebendo uma notícia dessas.
Joy e Irene se aproximaram, mas algo estava estranho naquilo tudo. Irene não estava triste, não estava nem comovida com o assassinato de uma da suas amigas, e muito menos neutra.
"Foi como me livrar de um peso enorme, e Yerim era esse peso. Ela me atrapalhou por toda a minha trajetória, ela mudou tantas coisas naquela merda de grupo. Eu não estou triste, eu não estou com raiva de quem a matou, eu sou totalmente grata a essa pessoa tão inteligente quanto Einstein ou Leonardo da Vinci.
É errado dizer isso mas, ficará entre nós, certo?
Estou tão feliz de saber que Yerim morreu, isso é mais bonito que o canto dos pássaros e me deixou mais leve que uma pena. Senti seu sangue escorrer pela minha faca e ver seus olhos em puro desespero... foi como ouvir opera enquanto pinta a paisagem e saboreia o melhor vinho da prateleira. Seu gritar por socorro soava como o tranquilo mar e o som de minha faca cortando cada pedaço de seu corpo e atingindo seus órgãos, era como ouvir minha música favorita.
Ela tentou tanto fugir de mim, igual eu tentei fugir de minha loucura, foi como um déjà-vu.
Ela sentiu a dor igual a mim, quando tomou o que eu mais queria, e então ela sofreu as consequências, e agora eu estou sedenta por mais e mais.
Yerim não foi a primeira e também não será a última."
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Why She Kills (G!P)
Misterio / SuspensoPor que ela mata? Os policiais de toda Seoul se perguntavam o porquê ela estava matando tantas pessoas brutalmente, e porquê todas tinham ligação com a mesma pessoa. Kang Seulgi. Seria uma obsessão? Ou apenas coincidência? Esse é o maior mistério qu...