PERSONAL CASE

Cap. 1 - Primeiro confronto

– Você precisa ir Eddie, isso não é uma pergunta - Insistia Hen incessantemente, enquanto esperava junto á Eddie na fila do refeitório

– Prefiro guardar minhas energias pro Show no Bar do Johny dessa noite, do que ver esse palhaços pra lá e pra cá. E acredito que você também irá preferir - Eddie tenta negociar da forma mais sugestiva possível. Johny era o "cara que tem um motoclube disfarçado de bar", os show de Rock lá eram irados, e aconteciam todas as quartas. As mesmas desgraçadas quarta feiras, segundo Eddie, em que aconteciam os jogos de Basquete entre os Colégios.

– Olha, Eddie... entendo plenamente que esportes não seja a sua praia, mas se você não participar dos Eventos do Colégio, como espera conseguir se enturmar?

– Este é ponto, Henrietta: eu não espero - enfatiza, vendo-a revirar os olhos - Se quer mesmo ser minha conselheira aqui, vai ter que aprender que os meus desejos e os da Ditadora Morgan são ambíguos. - Hen revira os olhos para afirmação, mas logo sua feição tranquila muda para um incomodo repentino.

– Eu não quero ser sua "conselheira" - gesticula com os dedos, suas voz estava ácida como limão. - Quero ser sua amiga, e por isso desejo que se sinta bem e familiarizado aqui. Foi por isso que aceitei participar do programa. Agora se essa relação é unilateral, Eddie, eu só sinto muito.

O tom magoado na voz da colega faz o jovem de cabelos escuros sentir um nó na garganta.

– Tem razão... eu sinto muito Hen. Você é maravilhosa e por mais que eu não tenha escolhido estar no programa fico muito feliz que você seja minha dupla nisso. - Hen sorri abertamente com as palavras de Eddie.

– Viu? Às vezes até mesmo você é capaz de ser um pouco humano.

Eddie estava pronto para recrutar, quando o burburinho no centro do refeitório toma a atenção de ambos.

– Pessoal, eu, em plena carne, venho anunciar que hoje será o dia em que o futuro dessa escola irá muda! - o vice capitão do OnFire, Thommas, anunciava animadamente, em pé sobre a mesa no centro do refeitório. Eddie já revirava os olhos, não suportava a síndrome de Deus que os caras do time tinham. - Capitão? SUBA! - logo após seu anuncio uma boia parte dos alunos vibraram. Todos adoravam o capitão, Evan Buckley, como um rei dirador. E o garoto não demonstrava nada a não ser vangloria sobre a "admiração" que recebia.

– Amigos! Hoje faremos história! Ganhamos todos os últimos jogos de primeira e chegamos em primeiro lugar nas quartas de finais. Esse colégio precisa dessa vitória, e eu, como capitão, estou disposto a dar o meu máximo para que isso aconteça. E todos estão no jogo hoje a noite para poder presenciar, certo? PUT THEM ONFIRE! - ele grita e logo a multidão segue urrando e repetindo o "Jingle" mal feito de time.

Eddie tem uma ideia que passa pela sua cabeça e logo se vê em cima da mesa fazendo um contra anúncio.

– ISSO MESMO GALERINHA - todos os olhares se voltam para o rockeiro, para a maioria só mais um aluno desconhecido, exceto pelo fato de que todos sabiam que ele passava a maior parte do tempo na detenção. - Larguem todas as suas atividades, não importa o que tenham para fazer, apenas para admirar o "DEUS EVAN", ele será sua salvação - o tom irônico e teatral faz uma veia pulsar na testa do outro. O refeitório todo fica em silêncio, aguardando a reação do seu "astro".

– Que tal não se meter nisso, Esquisito? Você não está convidado, inclusive. - Tommy, o vice se pronuncia, vendo que seu capitão não iria retrucar as provocações.

– O capitão perdeu a língua?

– Desculpa, é que eu ainda não falo espantalhês. - diz Buck, enquanto descia da mesa e caminhava em direção a Eddie, que faz o mesmo.