capítulo 1

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                Laura Mancini

Acordo mais um dia com esse despertador , que me faz lembra que minha vida miserável ainda não acabou .

São exatos cinco e meia da manhã , levanto e vou pro banheiro pra fazer minhas higienes pessoais.

Ligo o chuveiro com a água fria e meu corpo dolorido protesta , aqui é frio e a água fria faz meu corpo doer ainda mais .

Termino o banho e me secar é outra tarefa difícil , já que meu corpo está todo machucado , visto a blusa do uniforme e uma calça jeans velha e manchada .

Chego na cozinha e começo a fazer o café , vocês devem está se perguntando do porque levantar tão cedo ?

Simples , porque tenho que fazer o café da manhã antes dos meus pais acordarem .

Se eles levantar e não tiver o café pronto e arrumado na mesa levarei uma surra igual ou pior que a de ontem.

Ontem meu pai me deu uma surra  porque simplesmente deixei um prato cair e quebrar .

Escuto passos no andar de cima e sei que são eles levantando , graças a deusa Selene ( deusa da lua e nossa criadora ) que já está tudo pronto .

Fiz café , suco de laranja , panquecas e um bolo pequeno , que ficava pronto mais rápido .

Eles descem acompanhados do meu irmão e se sentam , eu vou pro meu canto e fico em pé olhando pra baixo.

Não sou autorizada e sentar á mesa juntos com eles e isso é quando me deixam comer .

Vocês devem estar se perguntando o porque me tratam assim ?

Minha família me odeia, dona Camila ( minha mãe ) sempre diz que deveria ter me matado quando nasci e viram que eu nasci uma loba ômega .

Sim , sou odiada por ter nascido uma simples ômega , eles me tratam como empregada , não posso comer junto a eles , durmo no porão, mesmo tendo quarto sobrando no andar de cima .

Não posso chamo-los de pai , mãe e irmão , na casa só tem fotos dos três , minha mãe não tem nem foto de quando estava grávida de mim , ela diz que queimou todas , porque não queria ter lembranças que carregou por cinco meses uma loba tão inútil, nos lobas a nossa gestação é curta , são apenas cinco meses.

Todos terminam de comer e se levantam  , recolho e guardo tudo que sobrou , enquanto lavo a louça como um pedaço de bolo com suco de laranja.

Subo correndo e estico as roupas de cama do quartos dos meus pais e do quarto do meu irmão , dona Laura não gosta de nada sujo e nem bagunçado .

Desço para ir no porão que no caso é meu quarto e  pego minha mochila e saio de casa na minha bicicleta velha .

O porão é mofado , úmido , escuro e frio , minhas roupas que não são muitas fica em uma pequena caixa de papelão e no canto um fino colchonete usado como minha cama.

Pedalo o mais rápido possível pra chegar na escola , a alcatéia a uns dois anos atrás era cheio de alegria , mais depois da morte do filho do alfa ficou uma alcatéia sem vida.

A mudança nesses dois anos foram muita drástica , antes só meus pais me odiavam e algumas meninas implicavam comigo , depois tudo mudou , passei a ser xingada e odiada por todos.

Assim que chego na entrada da escola já estou uns cinco minutos atrasada , mesmo sabendo que ninguém entra na hora certa.

Quando vou colocar minha bicicleta no bicicletário meu irmão da a ré no carro me dando um susto que me faz cair de bunda no chão , fazendo assim sujar minha calça.

Ele saí do carro rindo junto com sua peguete a Suzana , filho do alfa da nossa alcatéia , enquanto me levanto e bato as mãos tentando limpar um pouco minhas roupas .

Prendo minha baike e quando viro de costas pra entrar na escola sinto meu cabelo ser puxado com força , prendo meus dentes no meu lábio inferior para segurar o gemido de dor e sinto meus olhos marejar .

- sua inútil, nunca mais vire as costas pra mim , você fez o trabalho de história que eu mandei? _ meu irmão Leonardo pergunta com raiva, e por ele está segurando meu cabelo respondo com um pequeno manear de cabeça .

Ele me solta e pego dentro da minha mochila velha o trabalho dele e lhe entrego , além de fazer comida , limpar a casa ainda tenho que fazer todos os trabalhos do imprestável do meu irmão .

Ele pega o trabalho e sai agarrado no pescoço da sua peguete , minha cabeça dói e deixo umas lágrimas cair .

Entro na escola e ando pelos corredores escutando todos os tipos de ofensas e alguns tentam me agredir mais apreso meus passos e entro na sala .

Sento no meu lugar e assisto as aulas  que por um milagre meus pais ainda me deixam vir na escola .

Bate o sinal para o intervalo , espero todos saírem para poder ir me esconder .

Na hora do intervalo para mim é um inferno , por isso fico trancada na última cabine do banheiro , por enquanto lá está sendo meu lugar seguro na escola.

Fico sentada lendo meu livro favorito, orgulho e preconceito de Jane Austen, escuto o sinal tocando pra avisar o final do intervalo , espero mais um pouco pra não ter que andar junto com todos e correr o risco de ser agredida .

Quando acaba as aulas saio correndo, e quando vou pegar minha bicicleta vejo os dois pneus rasgados.

- droga vou me atrasar pra chegar em casa . _ digo sozinha e começo a empurrar a baike pra ir pra casa .

Chego em casa mega atrasada , não posso me transformar .

Isso foi um pedido da minha loba Atenas , ela pediu pra não deixar meus pais e nem ninguém me ver transformada , já perguntei o motivo várias vezes mais ela disse que na hora certa saberei .

Eu sou uma lobisomem , tenho dezessete anos, minha loba e branca dos olhos azuis , moro na alcatéia lua crescente que se localiza na floresta de Mount Nemo Canadá.

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Primeiro capítulo postado , esperam que gostem .

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