capítulo 16

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                         Victor

Após afirmar que o tal Leonardo não é o companheiro da filha do alfa Ricardo , sinto o vento vindo de trás de mim e um cheiro delicioso de rosas vermelhas chega até meu nariz.

Conheço esse cheiro, é o mesmo cheiro que senti da loba branca na floresta, viro rápido não vendo ela, mais sei que ela está por perto.

Varejo o ar e pulo do palco no sentido que estou sentindo o cheiro, caminho devagar pra não assusta-lá, mais um vento é sentido e vejo as pontas do seu cabelo loiro, ando um pouco mais rápido com medo dela fugir como da outra vez, escuto seu coração batendo rápido e sua respiração acelerada.

-Oi, não precisa ter medo, quem é você? _pergunto parando alguns centímetros da árvore.

-Por favor vai embora, ninguém pode me ver. _ela responde e sinto desespero na sua voz.

-Por que ninguém pode te ver? _pergunto curioso e sentindo meu corpo todo se arrepiar com sua doce voz.

-Porque ... meu pai vai me bater denovo se ele ver eu conversando com o senhor. _ela diz e seu tom de voz fica cada vez mais desesperado.

-Por que ele te esconde? _pergunto já senti do a raiva me consumir e não sei o motivo.

-Todos da alcatéia me conhecem e não gostam de mim, inclusive minha família. _diz e escuto ela fungar e me dá  uma vontade enorme de abraçar ela.

-Você ainda não me disse seu nome e porque ninguém gosta de você? _pergunto tentando me controlar e não ir até ela e puxar pro meu lado e abraça-lá.

-Me.meu nome é...... Laura e todos não gostam de mim por eu ser uma ômega. _diz gaguejando e dando uma breve pausa antes de falar seu nome.

-Prazer te conhecer Laura, meu nome é Victor eu sou o alfa supremo,  isso é inaceitável, te tratarem mal só por ser uma ômega, eu não aceito isso acontecer em nenhuma alcatéia._digo tentando me manter calmo por saber que aqui eles a tratam tão mal por ser ômega isso é inaceitável.

-Infelizmente aqui eles não pensam como o senhor._diz e escuto seu suspiro.

-Laura, saia de trás da árvore e se vire pra mim por favor. _peço a ela.

Ela não responde nada por uns segundos e depois vai virando pra mim e quando nossos olhos se cruzam.

-MINHA. _digo

-MEU. Escuto ela respondendo.

Vejo ela me olhar assustada e sair correndo, quando eu ia correr atrás dela sinto alguém me segurando.

Viro e solto um rosnado soltando minha dominância e ele abaixa a cabeça, olho bem pra ele e vejo se tratar do Leandro pai do Leonardo.

-Quem te deu autorização para me segurar. _digo ainda usando minha dominância e também com raiva por ter me segurado e me atrapalhado a ir atrás da minha companheira.

-Desculpe supremo, mais aquela inútil é a minha filha e ela não tinha autorizado pra ter chegado tão perto de ninguém, eu disse pra ela não ser vista por ninguém._diz a última parte trincando os dentes.

_Nunca mais fale assim da minha mulher._ digo com raiva e vejo ele arregalar os olhos com as minhas palavras.

- Ma-ma-mais como?_pergunta assustado.

-Ela é a minha companheira e você não tem nada a ver com isso._digo olhando bem dentro de seus olhos.

-É aí que o senhor se engana, eu tenho todo o direito por ela ser minha filha._diz de forma petulante e isso me faz lembrar do que ela me disse agora a pouco que se o pai dela visse ela conversando comigo ele iria bater nela.

O ódio toma conta de mim quando lembro disso e dessa vez não me controlo e o empurro fazendo ele parar longe, a força foi tanta que fez ele ir foi parar do outro lado batendo as costas em uma árvore.

Vejo ele levantar com pouco de dificuldade, ele caminha devagar na minha direção e quando menos espero seu filho tenta me atacar, mais meu beta Fernando ataca ele antes de chegar em mim.

Uma luta começa e o Leonardo já se encontra apagado no chão com sua mãe tentando fazer ele acordar, olho para o Fernando e ele está em posição de guarda olhando para todos os lados e sei que ele está vigiando pra ninguém se meter na minha luta contra o Leandro.

Vou pra cima do homem que ousou me desfiar, a luta dura a uns dez minutos, vejo seu rosto já com alguns hematomas e sangue em sua roupa, nos lutamos como humanos normais, se tivéssemos nos transformado em nossos lobos eu o teria matado.

Ele abaixa e tira de dentro da calça uma arma calibre trinta e oito, ele devia estar usando um coldre de perna, estava tão focado na luta que não reparei e nem sentir nada de ferro me atingir.

As balas devem ser de prata, porque ele sabe que balas normais nós conseguimos nos curar, mais as balas de prata não nos deixa curar enquanto ela estiver na pele e podem nós matar dependendo de onde acertar e não recebermos o atendimento rápido.

A bala normal também pode nos manter dependendo de onde acertar, mais se não for em um lugar fatal nós mesmo conseguimos expulsar elas do nosso corpo e nos curar.

Olho bem dentro dos seus olhos e dou uma gargalhada e ele me olha sem entender nada e continua com a arma em punho apontada pra mim.

Poucos sabem mais um dos dons que eu tenho é a velocidade, não se compara com a velocidade dos vampiros, mais eu sou rápido e antes que o tiro acerte em mim ele já estaria no chão.

Fico parado olhando pra ele, quero ver qual atitude ele vai tomar, como viu que eu não me abalei pela arma apontada pra minha cabeça, ele deu uma recuada, fazendo eu sentir o cheiro do seu medo.

De repente uma nevoa branca paira sobre ele e depois que a nevoa some eu não o vejo mais, me causando muita surpresa pelo ocorrido, olho pra Ravena que está olhando para um ponto fixo sem piscar.

-Ravena._a chamo mais ela não escuta. -RAVENA._chamo um pouco mais alto por ela não me escutar quando chamei pela primeira vez.

Ela me olha confusa e depois olha denovo para aonde estava olhando antes, me deixando confuso.

-Me... desculpe supremo, achei ter visto uma pessoa que já morreu a muito tempo, devo estar ficando louca, o que o senhor falou comigo?_pergunta ainda um pouco atordoada.

-Ainda não falei nada, só estava lhe chamando, você viu que ele sumiu do nada para onde ele foi?_pergunto ainda tentando entender o que aconteceu diante dos meus olhos.

-Ele foi para casa. _ela diz ainda meio aérea.

-Supremo eu ainda não entendi o que está acontecendo aqui, vocês poderiam me explicar por favor?_o alfa Ricardo pede, seu olhar é sério e perdido.

-Muitas coisas aconteceram e está acontecendo que o senhor precisa ser atualizado, mais só uma pessoa pode te contar o que aconteceu antes dessa semana que estou aqui. _digo e vejo seus olhos se arregalar em em surpresa.

-O senhor já está aqui a uma semana e como não me lembro de nada?minha última lembrança é da morte do meu filho_pergunta perdido.

-Quando formos conversar o senhor irá entender tudo e saberá também o motivo por não se lembrar de nada desda morte do seu filho. _digo sério.

-Supremo voce tem que correr ela precisa da sua ajuda. _escuta Ravena dizer e meu corpo todo entra em alerta, porque sei de quem ela está falando.

-Salvar quem? _ele pergunta e eu me preparo pra correr até a casa que se encontra a mulher que vai alegrar minha vida.

-MINHA mulher._respondo e já me transformo e saio correndo.

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