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Xangai, 22 de julho de 2020

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Xangai, 22 de julho de 2020

De dentro da BMW preta, junto com mais alguns homens de rostos nada amigáveis, um homem velho e de rosto marcado por uma cicatriz observa todo o movimento no galpão abandonado. Homens entravam e saíam, carregando caixas e pacotes, enquanto outros homens armados e bem vestidos vigiavam o descarregamento do que quer que fosse o conteúdo daqueles pacotes.

Um segurança em frente à porta do galpão falava no comunicador com outro; dois homens carregavam cada um uma caixa enquanto outro operava uma empilhadeira com um caixote grande e pesado. Trabalhavam sem pressa, porém com todo o cuidado para não derrubarem nenhum caixote. O que havia ali devia ser bem valioso, a julgar pela expressão desesperada que o homem na BMW fez quando um dos carregadores quase deixou escapar um caixote de suas mãos.

- Tenha cuidado, seu bastardo! - gritou, porém não era possível ser ouvido da distância em que estava.

- Mas que merda, Xiao! Você não disse que eles eram profissionais? - disse a um dos homens dentro do carro.

- Não se preocupe, senhor Qiang, eu prometo que sua carga não sofrerá nenhum dano, veja - aponta para o carregador - não aconteceu nada. Amanhã mesmo o navio partirá do porto de Yangshan com o "ouro". - tenta acalmar o homem.

- É bom que esteja certo de que seus homens não irão danificar minha mercadoria, ou você será o responsável por isso. Vamos.

Longe dali, em um luxuoso prédio em Xangai, especialmente o Shanghai Tower , pai e filha chegam após algumas horas de viagem. Apesar de o prédio ser comercial, Gregory Darun havia reservado seu próprio apartamento no décimo primeiro andar, para a temporada que passaria em Xangai a trabalho.

- Gostou, filha? - disse o pai, entrando com a mala-carrinho.

- Uau! A vista é incrível mesmo. - Layla se aproximou da vidraça. -

A luz suave do entardecer banhava o apartamento, refletindo-se nos arranha-céus de Xangai e enchendo o espaço com um brilho dourado. Gregory observava a cidade, pensativo, enquanto sua filha, explorava cada canto do luxuoso apartamento.

- Pai, você sempre escolhe os melhores lugares para ficar, não é? - perguntou ela, admirando uma obra de arte na parede.

- Bem, quando se trata de negócios, o conforto é uma necessidade, não um luxo. - respondeu Gregory, sem tirar os olhos da vista.

- Conforto e luxo nunca fizeram mal a ninguém. - a filha brincou.

- Você não está errada. Mas não se esqueça que também estou aqui a trabalho, então não fique chateada se não conseguirmos cumprir r nosso roteiro de passeio. - o pai lembrou.

A garota sorriu, aproximando-se do pai e abraçando-o de lado.
- Eu sei, pai. Eu só espero que você não trabalhe muito. Sabe... sinto falta de quando passávamos mais tempo juntos.

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