Pequenos sorrisos, mas, seus...
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Fitou aquele cabo de madeira rompido na base e sorriu, puxando levemente seu piercing com o dente. Era de fato difícil, encontrar amigos como os seus: pessoas que estão dispostas a passar seu tempo recolhendo folhas e as colocando em um saco, sem benefício algum, no final.
Pode ver por sua visão periférica, enquanto atravessava o corredor, a imagem borrada de um salto refletindo no piso bem encerado.
Manejou a maçaneta, dando acesso à salinha onde havia pegado os rastelos, anteriormente, não se preocupou com o quebrado, sua família iria repor uma doação antes do baile de qualquer forma. Poderiam comprar centenas daqueles, se desejassem.
Os colocou junto a alguns rodinhos sem ao menos acender a luz, saindo logo em seguida e enfim, trancando a porta. Dirigiu-se até o banheiro, higienizando suas mãos e então traçou seu caminho até a diretoria, já sabia o que estava por vir.
Abriu a porta após dar um leve toque e ouvir a voz de Sr. Lee o dando permissão para entrar: — Aqui, suas chaves. Oi!? mamãe.
Poderia ser grosseiro algumas vezes, mas não era um garoto mal-educado, ou ouviria sua mãe chorar a noite toda e aquilo não o agradava, certamente.
— Meu amor — a mulher levantou-se, caminhando até ele, abraçando seu braço.
Os olhos do diretor transbordavam em um brilho estranho, Jungkook achou melhor arranhar sua garganta, para que ambos adultos se recompusessem.
— Yah, a diferença de altura entre mãe e filho é fofa — disse o homem, apanhando suas chaves — Sua mãe não mudou muito desde sua época do colégio — sorriu para mulher que corou pelo comentário
Desnecessário, pensou Jungkook, revirando os olhos. Enfiou a mão no bolso e direcionou seus lumes ao rosto bonito da mais velha.
— Não diga essas coisas Sr. Lee, sabemos que o tempo também o conservou — O mais velho sorriu, mostrando que entre seus dentes havia um pedacinho de o que se podia dizer que já havia sido uma alface ou algo verde.
— O tempo também conservou muito bem o papai, talvez seja genética da nossa linda e sólida família — rebateu, Jungkook, sua ira era perceptível no tom de sua voz.
Uma das únicas situações que se dá para saber ao certo o sentimento do rapaz é quando, este, sente ciúmes de sua mãe. Como ocorreu em seu aniversário de doze anos, quando um dos garotos convidados a abraçou na altura da cintura, o herdeiro Jeon ficou possesso e acabou se trancando no quarto.
Todos riram e no final da festa ele voltou ao salão, segurando a mão de sua bela mãe, ainda jovem.
Ela o fitou por alguns segundos com a boca entreaberta e logo em seguida sorriu, sem mostrar os dentes. Com toda certeza o gênio de Jungkook era criação de seu marido.
— Bom, o mocinho está encrencado — encarou o rapaz — você quebrou a mão do seu colega? — A mulher agora tinha as sobrancelhas juntas e um bico nos lábios, as mãos se encontravam em frente ao seu corpo, juntas, como se implorasse que o filho desmentisse aquilo.
— É o que estão dizendo — disse, simples.
— Ai, meu Deus, Jungkook! — Jeon Seunmin, vociferou.
— Ainda é um rapaz que tem muito a aprender, não seja dura com ele — Sr. Lee tentou interferir ao lado do aluno de sua escola, demonstrando compreensão e sabedoria a Senhora Jeon, que admirou a atitude do homem. — Mas sabemos que após esse ato se eu não o der no mínimo uma suspensão… — a menor assentiu, com um sorriso fraco.
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Sr. urso
Fanfiction「 EM ANDAMENTO 」 Nada era de fato tão simples como Jeon pensou quando teve a ideia de se disfarçar para conquistar o representante de Classe. Jeon Jungkook é um adolescente, julgado por muitos como apenas mais um playboy. Contudo, assim que ele pou...