𖦹 My Dear... LIFE 𖦹 | Minha querida... vida
"Seja sempre otimista, pois já há pessimismo demais no mundo em que vivemos"
A voz do pai ecoava na cabeça de Akane todas as noites levando-a decidir se tornar membro da divisão de reconhecimen...
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-- Aia, está acordada? – perguntou uma voz feminina a porta do quarto – oras, não me diga que ainda está dormindo?! – a porta da biblioteca foi destrancada a revelando por completo
Um vestido largo e posto de qualquer forma caia desengonçadamente, o cabelo cacheado escuro preso em alto coque completamente bagunçado, nos pés duas sandálias colocadas de maneira errada, as pequenas olheiras ficaram evidentes em sua pele morena e olhos roxos, os óculos colocados de qualquer jeito, como se não importasse a forma que estivessem, o importante era estar enxergando, parecia ter recém acordado e ter vindo de qualquer jeito para aquele quarto. A mulher cerrou os olhos furiosa ao ver o corpo da menina adormecido no meio das cobertas.
Aia estava esparramada em seus lençóis com um pouco de saliva escorrendo de sua boca entreaberta, não havia, mas nenhuma coberta a aquecendo, quase todos os travesseiros no chão, o cabelo completamente embaraçado, dormindo tranquilamente como se não houvesse compromissos a tarde.
-- Aia! – a mulher deu um berro cerrando os punhos estressada – quantas vezes vou ter que te dizer que quando vai ir ao seu pai não pode dormir o dia inteiro!? – ela foi até o corpo da criança e se aproximou do seu ouvido dando uma leve risada – como é possível alguém ter um sono tão pesado como o seu? – então respirou fundo e bateu palma na orelha dela – acorda! – berrou e a menina caiu no chão assustada
-- Aí... você me assustou oba-san... – disse Aia fazendo biquinho – poxa, eu estava tendo um sonho tão bom – a mulher sorriu e colocou a mão na testa
-- Você é mesmo uma figura, vá se arrumar, já vou trazer o seu café da manhã – ela saiu do quarto, Aia olhou em volta e subiu novamente na cama deitando-se de barriga para cima olhando o teto por alguns longos minutos perdida nos seus pensamentos
-- Que horas será que é? – perguntou virando a cabeça para ver o relógio – caramba... 12:00 – a menina virou-se outa vez para o teto – ainda tenho cinco minutos antes do café da manhã
Ela finalmente saiu da cama e abriu um baú que ficava escondido no fundo da biblioteca, Aia mexeu nele por alguns segundos até tirar algumas roupas, o fechando logo em seguida e indo para o banheiro da biblioteca escovar os dentes e se trocar, substituindo sua camisola cinzenta por uma blusa branca com mangas curtas, colocando uma jardineira em cima das roupas, e por fim, nos pés, uma rasteira.
Assim que saiu do banheiro, Aia dobrou seu pijama e os lençóis em que dormiu os guardando dentro do baú. Ela então juntou alguns livros e um grande caderno os colocando dentro de uma mochila, junto de um casaco preto com alguns brilhantes espalhados nele, um estojo com lápis, borracha e caneta e por fim uma garrafa de água. Assim que arrumou isso, a mesma mulher que a foi acordar entrou na biblioteca, mas agora bem arrumada, como se tivesse se ajeitado antes de vir trazer o café dela.
