Monstro Das Sombras

Força

Estávamos a caminho da localização que estava no papel, mas eu não podia deixar de ficar preocupada com o Alex. E se ele se machucasse? Meus pensamentos não pararam, até eu fechar os olhos, e pegar no sono.

- Lucy...

Eu abri meus olhos ao ouvir meu nome, mas não tinha ninguém, então fechei eles de novo.

- Lucy...

- Droga, me deixa dormir. *Reclamei ainda com os olhos fechados*

- Lucy...

Eu finalmente abri os olhos de novo, o pequeno livro "mágico" agora estava na minha frente, mas aparentemente era só na minha cabeça pois eu não conseguia pega-lo. Eu me surpreendi quando uma voz um tanto grave ressoou pelo lugar, que agora prestando atenção não era mais o carro do Jack, eu não consigo descrever, só sei que eu não estava mais no carro.

- Você precisa de mim.

- O que? *Perguntei confusa*

- Eu vou ser útil. Eu te pertenço.

- Quem é você?

- Eu sou eu. A pergunta certa seria, quem é você?

- Eu sou a Lucy.

- Não. Não é isso que você é.

- Isso? *Perguntei*

- Escute bem Lucy. Você está em perigo, todo lugar que você for vai estar em perigo, mas esse é maior.

- Eu sei, a Ema.

...

A voz parou, como se não entendesse do que eu estava falando. Então eu acordei.

- Bom dia. *Falou o Jack*

- Bom... dia?! *Olhei surpresa para fora*

- Sim. Já está de manhã.

- E como ainda não chegamos? *Perguntei*

- É que é um lugar bem longe.

Assim que disse isso, ele me entregou um pacote de biscoitos com um suquinho.

- Café da manhã.

- Obrigado.

Eu comi tudo. E encostei no assento do carro cansada, mais mentalmente do que fisicamente.

- Chegamos. *Falou o Jack encostando o carro*

Eu olhei para fora e agora sim o lugar dava uma vibe assustadora. Era um lugar murado com placas de ferro, e só possuía uma porta (também de ferro). Saímos do carro e fomos até a porta, assim que câmera nos viu, a porta se abriu, e nós dois entramos. Estava meio escuro, e só tinha um corredor longo a nossa frente, mas quando eu ia ir em frente, meu tio me parou.

- Isso é uma ilusão, esse corredor não é assim de verdade.

- Como assim? *Perguntei*

- Alguém usou poder para fazer isso.

- E como nós vamos...

- Eu vou achar uma porta de verdade.

O Jack começou a tocar pelas paredes, até que ele achou uma porta e a abriu. Toda a ilusão sumiu, revelando todo o lugar de verdade. Não estava mais escuro, na verdade agora era um casa normal. Entramos pela porta, que levava a uma sala de música, ela era normal, mas tinha uma porta no canto dela, e ao abri-la pude ver uma escadaria que ia até em baixo. Eu olhei para o Jack e ele assentiu com a cabeça descendo na frente, e eu bem atrás. Lá embaixo era um lugar sujo, e com o cheiro muito ruim, mas não de lixo, era cheiro de sangue, tinham muitas portas de madeira quase podres com janelinhas de grade de ferro, parecia literalmente uma masmorra. Eu fui andando olhando para cada porta. Uma em especial, estava com a janelinha fechada, eu fui até ela e tentei abri-la, mas estava trancada.