O livro

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- Alex, o que houve?!

- Esse livro é perigoso.

- Perigoso como?

- É difícil explicar, mas só fica longe dele.

Eu olhei para o gramado, mas o livro havia sumido.

- Ele sumiu!

- Acontece as vezes. *Disse o Alex*

- Sobre antes...

- Não tudo bem. Eu sei exatamente o que aconteceu.

- Está bem então.

- Lucy, eu vou precisar sair. Por favor, não saia daqui.

- Ok, ok. Entendi.

O Alex saiu, com uma cara um tanto estranha, mas eu preferi deixar isso de lado, ele provavelmente só estava cansado, por ficar cuidando de mim. Eu entrei em casa, e liguei a televisão, mas eu fiquei pensando no que o Alex tinha dito.

- ... (qual será minha classificação? Se eu realmente tiver controlado o Alex, significaria, que eu sou de B para baixo.) *pensei*

O pensamento não saiu da minha cabeça de jeito nenhum, mas eu me convenci de que era só coisa da minha cabeça.

- Não, isso é ridículo. Não tem como... eu acho.

- O que é ridículo?

- Alex?!

- Você estava falando sozinha de novo. Isso é um hábito seu por acaso?

- Eu tenho essa mania, acho que eu não bato muito bem da cabeça.

- Enfim... você já almoçou?

- Não.

- Então se arruma, e depois vai para garagem.

Ele saiu da sala, e fiz o que ele disse. Assim que cheguei na garagem, o Alex me olhou de cima a baixo, de um jeito diferente, e entramos no carro. Logo estávamos nas estradas, indo para algum lugar. Paramos em frente a um restaurante muito bonito, então saímos do carro, e entramos nele, sentando nas mesas, e fazendo nosso pedido logo em seguida.

- Caso esteja se perguntando, é porque eu não cozinho. *Falou antes que eu perguntasse*

- Eu imaginei que fosse isso. Mas, isso quer dizer que você come em restaurantes todo dia?!

- Sim.

Fiquei surpresa com sua forma de responder minha pergunta tão naturalmente. Bem, mas esse é o Alex.

- Nossa. Eu normalmente sempre cozinho minha comida, minha mãe me acostumou assim.

- Você não acha cansativo?

- Bem, sim. Mas não tem prêmio melhor do que sentir o gosto da sua casa em um prato, isso diz muito sobre uma pessoa, gostos, personalidade, cultura, resumidamente de quem você é, e saber reconhecer as pessoas."

- Você leva as coisas muito pro sentimental, e positivo.

- E Isso é ruim?

- Não, mas você vai sempre tentar ver as pessoas como boas, e tentar entende-las. Vai dificultar, se você precisar machucar ou matar alguém.

- E quem te disse que eu vou fazer isso?

- Vai sim. Ou vai morrer. *Falou olhando sério pra mim*

- Nem sempre a violência é a solução.

- Não seja controlada pelo coração, assim vai conseguir se vingar.

- Eu não quero vingança!

- Sabe, eu estou louco pra ver como você vai reagir, quando se encontrar com o monstro que matou... não, que devorou sua mãe, enquanto ela ainda estava viva!

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