Estamos de volta! Obaaaaa!
Obrigada de todo meu coração pelo carinho e pelas respostas maravilhosas com essa história! Vocês fazem uma escritora muito feliz! 🤍
Finalmente chegou o momento do confronto! Vamos com tudo...!
——
"Depois de todo esse tempo?
Sempre."
- J.K. Rowling.
Talvez desta Vez - Capítulo Sete
Ilgaz ouviu o som da campainha e franziu a testa em resposta. Já eram quase oito horas da noite e não estava esperando companhia.
O promotor colocou o último prato limpo no escorredor sobre a pia e secou as mãos em um pano de prato antes de dirigir-se ao hall de entrada de seu apartamento.
Para sua surpresa, encontrou Ceylin do outro lado da porta. A advogada parecia nervosa conforme apertava as abas de sua jaqueta mais firmemente em volta do corpo.
— Oi — Ilgaz a cumprimentou depois de segundos nos quais permaneceram encarando-se em silêncio. Algo no semblante de Ceylin o deixou apreensivo — está tudo bem? — Ele perguntou, estudando os arredores em busca de pistas que justificassem a presença dela ali.
— Sim — Ceylin confirmou com um sorriso amarelo, reparando na postura de Ilgaz. Ele segurava a coluna da porta com uma mão, seu corpo praticamente bloqueando a passagem. Ceylin tentou não alarmar-se com a postura defensiva do promotor — posso entrar?
Ilgaz hesitou, incerto.
Tivera praticamente a tarde inteira para refletir sobre os últimos eventos e as descobertas que fizera mais cedo naquele dia. Durante sua conversa com Eren, Ilgaz havia se permitido agir impulsivamente, um comportamento que abominava.
A reprovação que sentia por si mesmo o motivara a adotar uma atitude completamente prática em relação aquele assunto. Não podia mudar as circunstâncias atuais, assim como não puder mudar a natureza de Ceylin. Ela já havia lhe provado repetidas vezes que a melhor coisa que poderiam fazer era manter a distância um do outro.
Ao mesmo tempo, apesar de sentir-se traído, Ilgaz não desejava brigar com ela ou estar em maus termos com a advogada. A melhor coisa que poderiam fazer era manter uma relação estritamente cordial, sem qualquer envolvimento emocional.
Sim, Ilgaz decidira de forma bem prática. A partir de agora, trataria Ceylin com a mesma educação, cortesia e formalidade que qualquer outro conhecido ou colega de trabalho seu.
Quem sabe, eventualmente, passaria a enxergá-la apenas como tal.
Com um suspiro de resignação, o promotor deu um passo para o lado, permitindo que ela entrasse e o acompanhasse até a sala de estar.
Assim que chegaram ao centro do ambiente, Ilgaz apoiou as mãos no quadril e a fitou com uma expressão inquisidora no rosto, mantendo-se em completo silêncio.
Ceylin reparou na postura dominadora e intransigente do promotor e engoliu em seco. Ao não esboçar suas emoções, Ilgaz estava deixando ainda mais claro como estava aborrecido. Ela já o conhecia suficientemente bem para saber que sempre que Ilgaz erguia aquele muro invisível a seu redor, ficava ainda mais difícil acessá-lo e convencê-lo do que quer que fosse.
A advogada não tinha certeza de muitas coisas, mas sabia que teria uma longa e exaustiva batalha pela frente.
Incerta de onde começar, optou por falar sobre a primeira coisa que lhe veio à mente.
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Talvez desta Vez
RomanceApós dois anos morando em outra cidade, Ceylin se vê obrigada a retornar a Istambul. Uma ameaça à sua vida acaba por se tornar maior que o medo de enfrentar seu passado, forçando a advogada a encarar de frente tudo que havia deixado para trás. Não...