Polos Em Crise! Lilly e Miranda, Filhas do Infortúnio

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Mika é um sonho. Ela vem e vai. E eu sempre acordo. Eu ODEIO acordar EU ODEIOODEIOODEIOODEIO

Trecho encontrado na carta de suicídio de Daniel Magal, jovem de 15 anos, possível colega de Mika Catarina. A carta foi arquivada por anos até ser encontrada pelo Misterioso Sr. Rubro.


[...]


Miranda sorria com cara de boba. A dupla criminosa obteve êxito em fugir da polícia nas últimas investidas anarco-ambientais. Estavam na floresta e era mais um dia de trabalho, e de repente, Linz toca no rosto de Mika. A conspiradora sorri radiante. Mika está neutra, é claro que está.

Mas Mika estava? O que é Mika? Ela zomba de nós? Ela é indiferente? Ela sequer existe?

Algo aqui existe? gabe

Era a região mais afastada do distrito leste. Fazia frio, Miranda usava um casaco e se sentia mais quente do que nunca. Eufórica, energética, não percebia o frio. Mika não sente frio.

Miranda olhava o rosto de Mika, era tão lindo e frágil.... ela precisava proteger, precisava cuidar. Quis dizer algo, mas só sorriu e acariciou os cabelos de sua pequena. Suas pupilas sumiram. Ela desacordou por um momento. Mika continuou indiferente, mas se moveu.

"Mika, aconteceu alguma coisa?"

"..."

"Querida me desculpa, sabe é que eu..."

"Eu dormi."

Mais um silêncio constrangedor, como já acontecera tantas vezes ao falar com a garota misteriosa.

"Agora? Mas como assim, não pareceu..."

Ia parecer muito rápido... Uma figura de blusão azul, calça de couro e uma máscara abstrata. Mas era uma máscara? Pedaços estranhos de metal colados um nos outros...alguns tecidos mal recortados caindo pelos seus olhos e formas geométricas que não fazia muito sentido, tudo preto e desfigurado. Usava botas e luvas, nenhuma parte do corpo estava à mostra assim como o-

"...Rubro?", Linz pensou alto.

"Você é ridícula, Miranda."

Outra voz robótica.

"Isso não é nada engraçado. O que tá acontecendo? Você mudou de roupa?"

"Todos vocês são ridículos, ninguém a entende verdadeiramente. "

"R, o que tá acontecendo? Me explica, eu fiz tudo o que você falou!"

A figura se moveu, ou ao menos era o que tudo indicava, pois teletransporte seria muito mais estranho. Um barulho estridente ecoou, o vento de repente se fez mais forte e, num piscar de olhos, estava ao lado de Mika. Miranda tossiu (fumaça?) A voz robótica era tímida e sádica, mas alta o suficiente para que Miranda escutar.

"Só eu, por direito, tenho direito de porte da criança amaldiçoada."

"Você não vai..."

Ele sumiu. Mesmo fenômeno de outrora, era como se o som se manifestasse em forma humana e herdasse toda sua velocidade, deixando uma marca de névoa negra queimada semelhante à fumaça por onde passava. Um demônio do som, uma criatura desfigurada. Mas nada se comparava à fúria da conspiradora.

A Tragédia de Mika Sem Sobrenome e a Maldição dos PequenosOnde histórias criam vida. Descubra agora