I don't wanna ramble
But lately, I've been pretty hard to handle
Got internal conflicts and dozens of other mental battles
I'm just nervous
And worried that I really don't deserve this
Kim
Havia passado por muitos desafios no seu curto tempo de vida adulta, a maioria impostos por seu pai, o que na visão de Kim, o deixara preparado pra enfrentar o próprio demônio, se esse existisse. A educação dada por ele não tinha sido nada complacente, afinal seu pai era exigente e cobrava um padrão alto de excelência de todos aqueles que estavam ao seu redor.
Mas como havia se enganado... Nada o havia preparado para o que passava naquele momento com um simples estudante de um bendito curso de jornalismo. Devia ser porque, como Skillar havia lhe dito uma vez , ele era "racional demais às vezes". Quando o assunto eram sentimentos, Kim não sabia lidar com eles. Eram complexos demais, voláteis demais... E se a maioria das pessoas no mundo, muito mais funcionais do que ele e com uma vida muito mais comum, tinham problemas com relacionamentos e romance, ele com sua história nada convencional de vida, estava ainda mais fodido.
É tão mais fácil e simples falar disso através da música... Acho que é a minha forma de terapia... Falar sobre sentimentos nunca foi encorajado pelo meu querido pai, afinal. Ele preferiu esquecer que tem um coração dentro do peito. Não sei se o que minha mãe fez acabou com o velho, ou se ele que acabou com ela primeiro.
Seja como fosse, Kim não negaria... Por mais que desgostasse do pai, saíra muito mais parecido com ele do que seus irmãos mais velhos, por mais que odiasse aquilo e fizesse seu estômago apertar só em pensar. Tentou imaginar a cara dele se lhe dissesse que estava interessado em Porchay Kittisawat. Sorriu por um instante com satisfação imaginando a cara de desaprovação e desgosto do homem. Mas voltou a ficar sério quando lembrou do beijo...
Não consigo esquecer aqueles gemidos, o jeito que seu corpo se encaixou tão bem no meu...O jeito que ele me olhou depois do primeiro beijo... Aquele garoto mexeu comigo de uma forma que me assusta. Eu sinto como se estivesse perdendo o controle sobre minhas vontades mais simples. Tudo em que eu consigo pensar e sentir agora é Chay. Mas eu não posso avançar enquanto não souber que ele está limpo.
Por mais que a unica coisa que quisesse, assustadoramente, fosse possuir Porchay da forma mais básica e instintiva que um ser humano poderia possuir outro, Kimhant Theerapanyakun nunca havia se deixado cegar pelos seus instintos mais básicos. Você não podia mudar sua natureza de um dia para outro, da mesma forma que não podia pedir ao sol que demorasse mais a se pôr para o dia durar mais. Algumas mudanças eram sim possíveis e levavam tempo, e esperava poder se tornar alguem mais humano do que seu pai jamais fora. No entanto, precisava se proteger primeiro e à sua família e ter certeza de que não havia nada errado com os Kittisawats.
Por isso, após o almoço, que seguiu até de uma forma cordial apesar do que acontecera no banheiro entre os dois ( teve vontade de elogiar o controle de seu jornalista ao vê-lo conversar com os demais como se nada tivesse acontecido), surpreendeu a todos ao dizer que teria que fazer mudanças no roteiro do dia e ir para casa do pai primeiro resolver umas pendências e que encontraria todos depois no estúdio. No rosto de Porchay pôde ver surpresa genuina, e percebeu como o rapaz relaxou no encosto da cadeira depois do aviso dele. Aquela reação o divertiu, mas se forçou a não deixar que nada transparecesse.
Se acha que vai escapar de mim hoje a noite, está muito enganado, Chay. Independente do que acontecer, eu não te deixarei escapar tão cedo.
Ninguém brincava com um Theerapanyakun. Ninguém enganava ou fugia de um, tampouco.
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Desafiando o desejo
Roman d'amourPorchay é um jovem estudante de jornalismo, em seu penúltimo período , que desesperadamente precisa provar seu valor como jornalista em seu último trabalho do semestre na mais prestigiada universidade da Tailância. Para isso, deve entrevistar o c...