A caça e o caçador

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"Now there's no holding back, I'm making to attack

My blood is singing with your voice, I want to pour it out"

Porchay

Porchay leu a mensagem do seu irmão mais uma vez naquele começo de tarde - seria a décima? Ou a décima primeira? Tinha perdido a conta desde que tinha saído da universidade, passado em casa, e de lá se encaminhado direto para o estúdio de gravação, em um Uber, onde Kim havia pedido que o encontrasse.

Tinha sido a noite e a manhã mais louca da sua vida, primeiro ontem com a ligação de seu editor chefe, P'Athee, falando que a secretaria de WIK havia entrado em contato com o jornal, para falar que o cantor aprovava Porchat como jornalista e queria que o acompanhasse pela duração da turnê:

Flashback—--------------------

" Eu quase não acreditei, porque nunca havia ouvido falar do WIK chamando um jornalista em particular para acompanhá-lo nessas coisas, então seja lá o que você fez, continue fazendo, meu jovem. Você vai longe!"

- "O QUÊ? Mas como assim , acompanhá-lo? Eu tenho aulas na faculdade, Phi! Não posso faltar! O senhor havia me pedido apenas para entrevistá-lo. Seguir WIK pelo país é outra coisa!" Lembrava que o coração parecia ter parado e a boca secou. Não acreditava naquilo! Mas seu chefe não gostou muito do comentário, pelo tom irritado dele.

- "Ora, garoto, pense bem. Essa será a chance da sua vida. E do Jornal. Estamos falando de um herdeiro Theerapanyakun. E sei que um rapaz esperto como você sabe a história que está se desenrolando nos negócios do clã. Se você souber jogar as cartas certas, poderá nos ajudar a investigar isso também. Depois de segui-lo pelos shows. Poderá ver se ele solta alguma coisa."

- "Phi, é de Kim Therrapanyakun que estamos falando. Eu duvido. Mas posso tentar o resto. Estou sendo mandado para saber mais dele, não dessa parte." Queria deixar aquilo claro para o chefe. Não faria nada além do que havia sido pedido dele. Não se arriscaria a mexer com um homem que sabia, não devia provocar. Muito.

-"Se você fizer o seu trabalho bem, poderá seguir para esse próximo. Você tem um bom tino investigativo, Chay. E eu tenho uma mão boa para escolher bons repórteres. Faça o que for preciso para ganhar a confiança dele. Sei que escreverá uma boa coluna. Sobre a faculdade, vou mandar um ofício. Você pode tentar acompanhar online."

Respirou fundo, sabendo que não adiantaria insistir mais. E de qualquer forma, aquelas palavras lhe encheram de orgulho. Ele tinha a confiança de P'Athee, uma esperança de crescer ali, pelo que ele lhe havia dito. Era hora de confiar em si.

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Depois, foi a hora de avisar ao irmão sobre a "novidade", mas Porsche não atendeu, então lembrou que devia estar trabalhando até tarde. Era guarda-costas afinal. Escreveu uma mensagem avisando da oportunidade e que não se preocupasse, pois não deixaria de assistir suas aulas. Sabia que o irmão ia surtar se Porchay faltasse às aulas. Sempre disse que queria que o irmão mais novo tivesse as oportunidades que ele não tivera. O que deu forças a Chay para fazer aquilo também pelo irmão.

Em seguida tirou algumas roupas para fazer a mala. Se dormira umas cinco horas, foi muito. A adrenalina, o nervosismo e algo mais que não sabia descrever, o mantiveram acordado quase toda a madrugada.

Quando acordou, foi com uma mensagem de seu irmão, lá pelas 2 da manhã, feliz com a oportunidade, lhe desejando sorte, que ele não deixasse mesmo de ver as aulas, mas que fosse fundo naquela chance de escrever sobre um cantor tão famoso.

Desafiando o desejoOnde histórias criam vida. Descubra agora