Sigam em Frente

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— Seja gentil... — Geralmente, essa frase sai daquele que está dando, mas o Kazuha é um ativo bem estranho.

— Por que está me pedindo isso? Você que vai me comer. — Cruzei os braços, e o rapaz riu um pouco, um riso de vergonha e desespero.

Eu estava sentado na banheira, entre as pernas de Kazuha, sentindo seu pau roçando as minhas costas.

— Isso é nojento, não acredito que você ficou duro. — Reclamei, e o rapaz riu ainda mais de vergonha.

— É impossível não ficar! Olha essa situação! V-você está tão... Tão próximo... — Me apoiei para trás, vendo Kazuha gemer baixo. — A-ah~

— Eu não vou fazer sexo em uma banheira, Kaedehara. — Reclamei, cruzando os braços. — Mas já que você é um pervertido, vai ficar aí sendo atiçado.

— A-ah tenha piedade de mim... — Revirei os olhos, apertando mais o rapaz para trás. — K-kuni a-ah~

— Acho que vou mudar de ideia, quero te fazer de passiva... — Cocei o queixo, e o rapaz se manteve em silêncio. — Nha, eu posso te judiar em qualquer posição.

— Hmm... P-por fazer o que você quiser.

— Haha bom garoto, vou pensar depois.

* * *

A doença estava desaparecendo, em todos os lados, e isso havia passado apenas duas semanas, Tighnari e Kazuha estavam certos o tempo todo, desde o começo eles eram a voz da razão e nós duvidamos dele.

Ah, e eu consegui dar para o Kazuha, mas isso não importa, quem gostaria de ver isso? Que invasão de privacidade eu hein! Felizmente, sem bebês, eu não quero engravidar por enquanto, quem sabe mais para frente? A vida é tão difícil... Mas ainda temos uma coisa para resolver.

— Tighnari foi solto, ele está indo com o Cyno para o lado dos humanos ver a Collei. — Minha mãe falou, e eu olhei para ela surpresa.

— Oh... Eu pretendia falar com ele... — Falei cabisbaixo, e Kazuha botou a mão no meu ombro.

— Por que? — A mulher perguntou, enquanto ajeitava os papéis na mesa.

— Eu pretendia devolver o cargo dele, o Tighnari estava certo o tempo todo. — Suspirei, abraçando meus próprios braços. — Me sinto um pouco culpado, mesmo com os métodos que ele usou.

— Eu já ofereci. — Fiquei surpreso, e olhei para minha mãe incrédulo.

— Você já ofereceu?! M-meu deus... Pensei que você jamais consideraria algo assim.

— Ele é um ótimo jardineiro, além de ser inteligente e dedicado, mas ele mesmo negou, ele quer ir morar na vila como uma pessoa normal junto com a Collei. — Comentou, abrindo um sorriso singelo. — E o Cyno decidiu ir com ele, então a guarda da Nahida é oficialmente minha.

— Oh... — Senti algo estranho no meu peito.

Eu não sei se era a decepção de não ter conseguido me despedir deles, ou fato de eu não ter conseguido agradecer ao Tighnari por descobrir toda a verdade, talvez seja uma mistura de ambos os fatores.

— Não se preocupe Kuni, a Diona já está se recuperando, sabia? Você vai poder voltar a dar aulas para as crianças na biblioteca! — Comentou animada, sorrindo para mim.

— Oh... Isso vai ser legal, o Kazuha pode ir comigo?

— O Kazuha fica te seguindo para cima e para baixo o dia todo, eu nem sei porque você perguntou isso. — A mulher deu de ombros, e eu ri baixo.

Olhei para Kazuha, vendo o rapaz avermelhado de vergonha, até que ele tomou coragem de falar algo.

— Ela tem razão. — Sorriu, se ajoelhando e me assustando. — Majestade eu quero trabalhar no palácio, eu quero ajudar você e o meu namorado a levarem o reino.

Prisioneiro Sem CulpaOnde histórias criam vida. Descubra agora