Peão de rodeio

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MS estava debaixo do chuveiro a um tempo, com a água resfriando seu corpo em chamas, tentava acalmar sua ira a todo custo, não conseguindo pensar em outra coisa a não ser o que aconteceu mais cedo na aula, e como aquilo estava mexendo consigo. Queria gritar com seu cérebro e ordena-lo a parar de dar replay naquela cena que estava o torturando.

"Diego..."

O sul-mato-grossense sentiu uma onda de calor invadir seu corpo, percorrendo seus pontos mais sensíveis, junto com uma faísca de eletricidade que o fez arrepiar por inteiro.

— Mas que porra! — socou a parede do banheiro, cerrando os dentes. — Por que continuo ouvindo ele...? — Soltou um suspiro.

Com os músculos relaxando a medida em que perdia-se em si, denunciavam que estava pensando na maneira aveludada que Minas havia chamado seu nome, tão genuíno e doce.

Não conseguia parar de imaginar como seria o próprio nome num tom mais arrastado, entre suspiros ofegantes do mineiro, após tomar seus lábios num beijo molhado e quente.

— Ah...quer saber...que se foda.Desligou o chuveiro, entrando na banheira quente. Se seu corpo já não estivesse pegando fogo, poderia sofrer um choque térmico.

"Num é nada...é que...'ocê tem um nome bonito."

Sentado com as pernas abertas, o cowboy levou a mão até seu membro, deixando um gemido rouco escapar quando sentiu outro choque eletrizar seu corpo no momento em que tocou ali. Sabia muito bem que o motivo de ter ficado tão bravo com aquilo era muito mais do que ser chamado de fofo.

Foi porque havia ficado duro na mesma hora. Era a confirmação que precisava para entender suas reações que tentou a todo custo evitar.

"Um nome todo fôfin com um jeitinho esquentado?nossinhora!"

— Que ridículo...não acredito que vou fazer isso.

Deslizou a mão ao longo da intimidade, envolvendo o tamanho em sua mão para fazer uma certa pressão com a mesma, estremecendo toda vez em que o ouvia chamar seu nome nos pensamentos. Descia e subia em movimentos de sucção, se deliciando com o prazer que lhe consumia por completo e alimentava sua luxúria que tanto reprimiu, permitindo entregar-se a água que transbordava conforme o deslize de seu corpo na banheira, deixando-o quase que imerso.

Deitado na borda com a cabeça jogada para trás, desatava o nó antes feito em sua garganta, desprendendo gradualmente a voz em sons obscenos que matrimoniavam perfeitamente com o barulho feito pelo movimento da mão, que imergia e retornava a naufragar consecutivamente.

O desapego momentâneo a sua dignidade e orgulho advertia de todas as formas que masturbar-se fantasiando com aquele que implicava tanto custaria suas próximas noites de sono com reflexões e crises existenciais.

Realmente estava batendo uma pro mineiro que tanto odeia, mexendo freneticamente o quadril de modo censurável, se excitando mais ainda com a pouca-vergonha da situação em que se encontrava, imaginando-se açoitando o mineiro por trás.

Estava morrendo de vontade de foder com aquele cara lesado e sonso, mais perdido que cego em tiroteio.

— Ahh... — Arfou, cerrando os dentes enquanto deixava os ruídos roucos ecoarem pelo banheiro.

Eu vim do interiorOnde histórias criam vida. Descubra agora