05° Uma Peça Moveu

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Mais um capítulo gostosinho dessa história.

Qualquer erro que encontrarem podem colocar esse emoji "📍" para aqueles que não gostam de comentar.

E comentem muito, adoro ver vcs se expressando na fic.

Boa leitura.

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Seul, Noite: Mansão da Casa Jeon às 22h23 mn.

Andando no jardim verde, os seus pés vestiam os costumeiros sapatos sociais pretos desfilando contra a escuridão da noite sendo visto o brilho de tão intocável era. Jungkook estava com um charuto em seus dedos andando até o seu irmão que estava um pouco perto dos soldados que se rebelaram contra ele a pouco dias quando começou a investigar coisas suas sumindo, territórios sendo afetados e informações sigilosas em reuniões saindo de fora da sala.

Estava de noite, fora da mansão e no jardim fazia frio, mas com seu costumeiro terno e tatuagens adornando seu pescoço e se perdendo ao fim da angola da camisa branca vestida por baixo do paletó, seu casaco de pelo vindo da França e feito a mão foi posto em seus braços e seu charuto segurado para recolocar a veste negra que pesou em seus ombros e seu corpo foi aconchegado no mar de pelos pretos. Jeon segurou entre seus dedos o charuto quase ao fim dando uma última tragada soltando logo em seguida contra o vento frio da noite.

Soldados estavam ajoelhados em fileiras no gramado, eles sabiam que não sairiam vivos, tão pouco teriam uma morte justa e um caixão com seus corpos velados. Eles descobririam da pior forma o quão ruim o mais velho da casa Jeon era, não teria pena daqueles pequenos insetos que transitavam em seu território sombrio. Se eles tinham famílias? Jeon não ligava, mas quem da família interferisse pagaria pela punição junto ao indivíduo.

Desde que tomou o poder a meses atrás, Jeon não parou, procurou todos que ainda deviam lealdade ao seu pai mesmo morto. O velhote estaria orgulhoso dos soldados perante ao juramento e devoto a sua pessoa, mas qualquer sentimento que habitava em si já não existia mais, já não tinha pena das pessoas, morte ou solidão, raiva ou tristeza, nada era sentido a muito tempo, nada mas o tornava estável naquele mundo. Era como se sua mente, depois de aceitar que seu menino morreu, finalmente se desligou do mundo.

Jeon olhou para sua mão ainda com o charuto, essa que adornava a tatuagem e a numeração da sua morte a alguns anos, aquela data mostrando em seus dedos mostra que perdeu uma coisa importante para sempre.

30.12…

Namjoon olhou para seu irmão que parou ao seu lado, o mais velho, ele olhava cada soldado apontado no gramado verde que daqui a pouco estaria manchado e mergulhado no banho de sangue que ficará marcado por alguns dias até alguém muito profissional vir tirar o estrago que seu irmão mais velho faria naquele jardim. Namjoon sentia saudades do irmão, mesmo que naquela época ele falasse pouco consigo, ainda sentia saudades do Jungkook que mesmo cansado ou proibido pelo seu pai de brincar com ele, ainda sim, cuidava de si e brincava escondido para seu pai não ver.

Sabia que o irmão matou seu pai, se sentiu triste pela morte dele, como também pelo irmão, sabia que sua mente se desligou de tudo e agora queria alcançar uma coisa que nem ele sabe que o irmão mais velho procurava. Mas, Namjoon guardava segredos e um deles era que ele escondia a pessoa dada como morta. Jungkook não poderia saber, era claro, todo cuidado é pouco, seu irmão é esperto e se desconfiar que escondeu isso dele, não saberia o que faria quando esse dia chegasse, mas sabia que não estaria mais ali quando seu irmão descobrisse.

Os músculos presos dentro da roupa revestido no casaco de pelos e a estrutura alta e loira, fazia o ar daquela noite onde caia pouco respingos tenebrosa a loucura da espera de sua matança.

A Dor da Traição [ Ela é Nula ]ᵗᵃᵉᵏᵒᵒᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora