Onde ele está?

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Asahi bateu pela quarta vez começando a se preocupar com a demora do amigo. Era rara as vezes onde o casal não estava em casa ou saia sem avisar o que fez com que Hamada olhasse mais uma vez a mensagem onde foi confirmado que Channie ficaria com os tios naquele dia.

O que estava errado então?

O aperto que sentiu no peito veio junto de
uma tontura repentina fazendo com que
Jaehyuk o segurasse com um braço enquanto no outro tinha a filha atenta a tudo, as pequenas mãozinhas segurando com força o moletom que o pai usava como se temesse que algo ruim estivesse acontecendo.

Usando a chave reserva, Asahi abriu a porta depois de se certificar de que Doyoung não estava vindo. Iria procurar por ele e Yedam até saber se estavam bem. A casa tinha objetos fora dos seus lugares de costume, o que ativou uma luzinha em sua mente e olhando ao redor rapidamente parecia que os donos do casal largaram tudo pela metade.

Jaehyuk caminhou na direção da sala onde deixou a filha no sofá rodeada de almofadas e alguns brinquedos antes de ir na direção dos quartos enquanto Asahi assumia o jardim e a cozinha, mas antes que o mais novo entre eles começasse a sua busca uma sombra na cozinha chamou sua atenção.

Caminhando com certa hesitação até lá, Hamada sentia que seu coração podia parar a qualquer momento, a respiração tensa e a mente indo para o ponto toda vez estava acabando com ele. Quando viu que era Doyoung caído a única coisa que pode fazer foi gritar por Jaehyuk e ir até o amigo tentando acordá-lo, mas não conseguiu nada além do corpo mole caindo sobre ele.

A partir de então tudo se tornou um borrão para Asahi. Foi junto na ambulância com Doyoung respondendo a uma chuva de perguntas dos paramédicos, entrou em contato com a médica do amigo e a sua mente focava em apenas uma coisa. A conversa que ele, Doyoung e Jihoon tiveram a quase cinco meses atrás mudou que toda a perspectiva deles.

Não podia ser real e ele não queria em partes aceitar isso, mas tentou o tempo todo ser presente e ficar positivo para Doyoung. O ajudou em tudo o que era possível e tentou muitas vezes fazer com que o amigo falasse com Yedam e os outros meninos, mas ao que parece não foi feito.

Assim que chegaram no hospital levaram
Doyoung para o centro cirúrgico deixando o casal para trás sem saberem se era grave ou não. Não demorou para que os outros meninos chegassem e começassem a perguntar pelo que tinha acontecido e se tinham notícias, mas o pior de tudo foi quando Yedam chegou completamente assustado e sem força alguma.

Hyunsuk foi quem o abraçou e confortou
falando que tudo ficaria bem se tivesse
calma, mas nem ele mesmo sabia se isso
seria possível. Jaehyuk saiu correndo para fora da sala de espera com Channie chorando escandalosamente nos seus braços, Jeongwoo se juntou ao namorado com um copo de água para Yedam também o abraçando enquanto do outro lado da sala Yoshi e Mashiho tentavam se manter firme pelos amigos mesmo estando completo desgastados por dentro. Asahi estava em uma pequena capela que ficava dentro do próprio hospital.

As horas que se seguiram foram como uma sessão interminável de tortura. A sala de espera estava em completo silêncio com exceção de pequenos suspiros e soluços que escapavam vez ou outra dos meninos. Quando a porta se abriu mostrando a médica que acompanhou Doyoung durante esses oito meses, todos se levantaram e olharam ansiosos a médica que apontou para Yedam que estava sendo mantido em pé por Junghwan e Jeongwoo.

-Onde ele está? Ele está bem, certo? A minha filha também? -Yedam perguntou baixinho com a voz completamente embargada.

- Venha comigo, querido.- A médica caminhou para um corredor esperando Yedam se acalmar um pouco antes de começar.

-Por favor.- Yedam sussurrou se apoiando na parede atrás de si e olhando para a médica com os olhos completamente embaçados pelas lágrimas. -Só me diz que eles tão bem.

-Ele não te contou? Doyoung está doente, Yedam.

Continua>>>>

𝑆𝑤𝑒𝑒𝑡 𝑁𝑖𝑔ℎ𝑡 | 𝐷𝑜𝑑𝑎𝑚 | 𝑇𝑟𝑒𝑎𝑠𝑢𝑟𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora